Licença e afastamento tiram 6 mil professores da rede estadual do 
Rio Grande do Sul
Em muitas escolas, alunos sem aula são obrigados a voltar para casa.
Secretaria da Educação promente novo concurso para suprir déficit.

Mais de 6 mil professores estão de licença ou afastados das escolas da rede estadual do Rio Grande do Sul, segundo a Secretaria da Educação. O número preocupa pais e pode prejudicar o desempenho dos alunos.
Um aluno afetado pelo problema ficou quase um mês em casa porque a professora tirou licença e não havia substituto. A solução encontrada pelo colégio da Zona Sul de Porto Alegre foi juntar turmas e trocar alunos de turno.
“Ter essa pausa durante o meio do ano prejudica com certeza, porque ele já estava em um ritmo e infelizmente interromperam”, reclama a mãe do aluno - que trabalha como operadora de caixa.
Outro problema enfrentado pelo Colégio é a falta de professores de Geografia. No total, 15 turmas da escola estão prejudicadas. Sem aulas, muitos alunos precisam ir para casa.
“Quando não tem professor, nós não temos solução. A única coisa a fazer fazer, infelizmente, é mandar (os alunos) embora”, diz a diretora da escola.
 De acordo com o presidente da Federação das Associações e Círculos de Pais e Mestres do Rio Grande do Sul (ACPM), a situação é semelhante em escolas de todo o estado.
“Tem alunos que passam até um semestre sem conhecer o professore de Geografia, de História. E isso só vem a prejudicar o aprendizado”, afirma o presidente da entidade, Robison Minuzzi.
Atualmente, mais de 6 mil professores estão de licença ou afastados para concorrer a cargos nas eleições. A Secretaria de Educação pretende começar a chamar em outubro os aprovados no último concurso do magistério e já pensa em uma nova seleção para suprir as vagas.
“Estamos já elaborando um novo concurso e queremos que ele ocorra nos primeiros dias de 2013 para no máximo em maio chamar novos professores”, afirma a diretora de Recursos Humanos da Secretaria de Educação, Virgínia Nascimento.