terça-feira, 4 de setembro de 2012


Pela primeira vez na história política do Rio Grande do Sul um secretário sentenciado por improbidade administrativa continua no cargo

Stela  Farias
O governador Tarso Genro decidiu manter a deputada Stela Farias (PT) no cargo de secretária da Administração do Estado, apesar de condenada pela justiça por improbidade administrativa, ter seus direitos políticos cassados e condenada a pagar multa pelos atos praticados em Alvorada.
Quando prefeita de Alvorada, Stela Farias mandou aplicar - em junho de 2004 - R$ 3 milhões do fundo de aposentadoria dos funcionários municipais no Banco Santos, obedecendo a orientação nacional de seu partido de reforçar o caixa do banco, que notoriamente estava mal das pernas, e faliu quatro meses depois. O dono do Banco Santos era ligado ao ex-presidente Lula e a petistas paulistas.
Observe-se que o negócio foi realizado contra o parecer expresso dos representantes dos servidores que dirigiam o fundo, os quais denunciaram a ilegalidade ao Ministério Público, autor da representação julgada pelo juiz Roberto Coutinho Borba.
Resultado: pela primeira vez, nos cerca de 300 anos de organização política do Estado do Rio Grande do Sul, um governante atreve-se a sustentar na direção de uma secretaria (logo daquela que cuida exatamente da probidade administrativa de todos os funcionários) alguém condenado por desonestidade em função pública.
E o que dizem sobre este caso inédito as ONGs, sindicatos, federações, entidades estudantis e a própria mídia? Nada.
Nenhum deputado da oposição cobrou a demissão da secretária Stela Farias ou representou contra ela na Comissão de Ética da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Ao contrario de hoje, no fim do século XIX e início do século XX a conduta reta e a probidade dos administradores dos bens públicos eram marcas do chão farroupilha.

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