Peões trabalham duro para garantir que estrelas da Expointer brilhem
Rotina dos tratadores começa antes de o sol nascer e se encerra à noite. Mas em meio às lidas do dia a dia, também há espaço para diversão.
Deixar os animais com o pelo reluzente exige dedicação dos peões |
Quem vê cavalos, touros e ovelhas impecáveis na Expointer, talvez não imagine o trabalho que dá cuidar desses animais. Para garantir que as estrelas da feira agropecuária realizada em Esteio brilhem, um batalhão de anônimos dá duro durante horas a fio. São os peões, essenciais para tratar do rebanho de 7.927 animais inscritos no evento.
Eles são centenas, espelhados por todo o Parque de Exposições Assis Brasil. Cerca de 250 dormem no alojamento provisório montado em um canto do parque. Outros se instalam em caminhões, trailers, motorhomes e até mesmo em barracas. Desde 2008, por determinação do Ministério Público do Trabalho, os tratadores estão proibidos de passar a noite dentro de galpões ou pavilhões da feira, junto dos animais.
Como nas estâncias, a lida diária dos peões começa cedo, antes do sol nascer. A maioria está de pé por volta das 5h. Só em dias de julgamentos ou leilões, eles precisam levantar cerca de 1h30 antes, para dar aquela caprichada no visual dos bichos. O tratamento de beleza inclui banho, corte, escovamento e secamento dos pelos, entre outros cuidados. Alguns passam até óleo para dar brilho.
De pá, carrinhos de mão ou baldes. |
Depois de limpos, os animais são alimentados com feno, ração ou um “verde”. De barriga cheia, eles são levados para um passeio pelo parque, para não ficarem parados nos boxes ou pavilhões. A vigilância dos peões é mantida durante todo o dia. De pá e carrinhos de mão ou baldes, eles recolhem o esterco das baias, para que os animais não voltem a se sujar. No caso do gado da raça charolês, de pelo branco, não precisa muito para causar um tremendo estrago.
Em meio a lida diária, peões também encontram tempo para prosear durante o churrasco ou rodas de chimarrão e de viola |
Mas nem só de trabalho duro é feita a rotina diária dos peões na Expointer. Nas poucas horas de folga, há algum espaço para momentos de lazer. É o modo que muitos encontram para esquecer a distância da família. É comum vê-los reunidos proseando em torno do churrasco, carreteiro ou chimarrão. Ninguém dispensa um bom trago, bom para espantar o frio.
Durante o dia, os peões passeiam pelo parque para assistir a competições como o Freio de Ouro ou dar uma olhada no agito da feira. Também conferem os produtos gaudérios vendidos nos estandes, embora os preços não sejam tão convidativos. Quando a noite cai, muitos ainda encontram disposição para participar de rodas de viola, bailes ou shows. Hábitos simples da vida no campo, reproduzidas na cidade grande.
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