O lenço do gaúcho
Conheça os tipos de nó e aprenda a amarrar
O lenço já foi a parte mais importante da pilcha do gaúcho. No fim do século XIX, servia para distinguir Maragatos, lenço vermelho, e Chimangos (também chamados de Pica-paus), lenço branco. Cada lado defendia formas diferentes de se fazer política, o que acabou dando origem à Revolução Federalista (1893-1895), uma tentativa de conquistar maior autonomia do estado do Rio Grande do Sul em relação à recém-proclamada República.
Atualmente, o adereço segue como item indispensável na indumentária do gaúcho, mas não tem mais conotação política.
Como se amarra o nó do lenço do gaúcho (veja o vídeo abaixo).
O diretor de divulgação da Confederação Brasileira de Tradição Gaúcha (CBTG), com um lenço carijó, misturando as cores vermelho e branco, explica que existem inúmeras formas de amarrar o adereço. A variedade de cores também aumentou.
"Tem o preto, que é o lenço que identifica o luto. Quando alivia o luto, vai usando cores mais claras. Tem o verde, que é uma cor neutra. Oficialmente, para eventos do movimento tradicionalista gaúcho, tem a determinação de cores lisas, no máximo carijó com duas cores. Mas em outros setores da sociedade, são usados outros modelos e cores também", explicou.
Antigamente, o lenço também servia para identificar se uma pessoa era rica ou não. Quanto maior, melhor. O tecido preferencial sempre foi a seda, pois ajudava até mesmo em uma batalha.
"Num período de guerra, a seda era uma coisa que deslizava a lâmina das facas. O lenço era enrolado no braço e defendia como escudo se não tivesse algo melhor para e defender. O nó antigamente não ficava tão perto do pescoço. Pois, se te puxassem pelo lenço, tu conseguia sair por baixo dele sem te degolar".
Nenhum comentário:
Postar um comentário