Saúde concentra um terço do desvio de verba federal

Nos últimos nove anos, o governo federal – que tem defendido novas
fontes de financiamento para a Saúde – contabilizou um orçamento
paralelo de R$2,3 bilhões que deveriam curar e prevenir doenças, mas
escorreram pelo ralo da corrupção. Esse é o montante de dinheiro
desviado da Saúde, segundo constatação de Tomadas de Contas
Especiais (TCEs) encaminhadas ao Tribunal de Contas da União (TCU),
entre janeiro de 2002 e 30 de junho de 2011. A Saúde responde
sozinha por um terço (32,38%) dos recursos federais que se perderam
no caminho, considerando 24 ministérios e a Presidência. Ao todo, a
União perdeu R$ 6,89 bilhões em desvios.
São números expressivos, mas refletem tão somente as 3.205 fraudes
ou outras irregularidades identificadas pelo Ministério da Saúde ou
pela Controladoria Geral da União (CGU). Para o Ministério Público
Federal (MPF), recuperar esse dinheiro é tarefa difícil. Mais
dramática é a persecução criminal de quem embolsa o dinheiro. Na
maioria dos casos, são prefeitos, secretários de Saúde ou donos de
clínicas e hospitais que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde
(SUS).
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