quarta-feira, 21 de setembro de 2011


Discurso de Dilma pode ser classificado como “duro”
Presidente toca em temas polêmicos, critica postura de países ricos frente a crise e defende a Palestina.

A presidente Dilma Rousseff, durante 
discurso de abertura da 66ª Assembleia 
Geral das Nações Unidas, em Nova York.
Em português claro, pode-se dizer que a presidente Dilma Rousseff abriu a 66ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, com um discurso duro, sem medo de desagradar os chamados países ricos. Ela foi clara em relação ao pleito brasileiro de ter assento permanente no Conselho de Segurança -- “uma reforma que é debatida, sem que nada aconteça, há 18 anos”. Também não deixou dúvidas sobre a posição do País em relação ao reconhecimento da Palestina. Ao tocar na questão da crise econômica mundial, a presidente disse que a falta de solução não se dá por falta de recursos. "É por falta de recursos políticos e clareza de ideias", destacou. Na sua avaliação, uma parte do mundo não encontrou equilíbrio entre ajuste fiscal apropriado para demanda e crescimento. "E ficam presos na armadilha que não separa interesse partidário dos interesses legítimos da sociedade".
Em seu discurso a presidente do Brasil disse que o desafio colocado nessa crise é substituir teorias defasadas do mundo velho por novas formulações de um mundo novo. "A face mais amarga da crise é que o desemprego se amplia. É vital combater essa praga para ela não se alastrar. Nós, mulheres, sabemos, mais do que ninguém, que desemprego não é estatística, pois nos tira esperança e deixa a violência e a dor."
Dilma reiterou que é significativo que seja a presidente de um país emergente que fale hoje dessa tragédia que assola os países mais desenvolvidos. "O Brasil tem sido menos afetado pela crise mundial, mas sabemos que nossa capacidade de resistência não é ilimitada. Queremos poder ajudar os países onde crise é aguda. A cooperação é uma oportunidade histórica."


Nenhum comentário:

Postar um comentário