França rejeita extraditar acusada de planejar genocídio em Ruanda
Agathe Habyarimana |
A Justiça francesa rejeitou o pedido de extradição da ruandesa Agathe Habyarimana, de 69 anos, viúva do ex-presidente Juvenal Habyarimana, que estava no poder quando estourou uma onda de genocídio em Ruanda, em 1994. Agathe vive na França há mais de 15 anos, após ser retirada de seu país de origem por um avião francês logo após os eventos de violência estourarem. Ela é acusada pela promotoria ruandesa de estar envolvida no planejamento de evento que causou o massacre de 800 mil pessoas em Ruanda, a maior parte delas da etnia minoritária tutsi. Agathe nega o envolvimento. Um promotor entrou com um mandado de prisão internacional contra a viúva do ex-presidente há cerca de dois anos, afirmando que ela deveria responder por genocídio e crimes contra a humanidade em seu país de origem. A polícia francesa a deteve no ano passado, mas Agathe foi solta sob a condição de permanecer na França. A Justiça de Ruanda ainda pode fazer uma segunda requisição, mas é pouco provável que tenha sucesso em nova tentativa. A ruandesa responde ainda um processo civil em uma corte francesa começado por grupos ativistas de direitos humanos. O marido de Agathe, Juvenal Habyarimana, pertencia à etnia hutu, e foi morto quando seu avião foi atacado no aeroporto de Kigali em 6 de abril de 1994. Em algumas horas, uma campanha de violência, promovida principalmente pelos hutus contra os tutsis, se espalhou pelo país.
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