Ministro petista chama de péssima
a proposta dos 10% do PIB na Saúde

O ministro petista Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) afirmou que
"seria péssimo" se o Senado aprovasse a proposta do ex-senador Tião
Viana (PT-AC) que obriga o governo federal a destinar 10% do PIB
para a área da saúde. Segundo ele, o governo espera
"responsabilidade" do Senado na apreciação da regulamentação Emenda
Constitucional 29, que traça uma nova divisão para custear a área
entre governo federal, Estados e municípios. O ministro afirmou que
a presidente Dilma Rousseff "não tem pressa" em aprovar uma nova
forma de financiar a saúde, que o atual momento de crise
internacional é de "desoneração", não "de se falar em um novo
imposto". "A sociedade precisa amadurecer a saúde que ela deseja. O
SUS requer investimento", concluiu o ex-secretário da prefeitura de
Santo André, na gestão do assassinado prefeito petista Celso Daniel.
Sobre a decisão que cabe ao Senado, Carvalho afirmou que o Planalto
"não quer demagogias". Segundo o ministro, que foi chefe de gabinete
do ex-presidente Lula, o extinção da CPMF pelo Congresso em 2007 foi
"um capricho da oposição". "Tínhamos o PAC da Saúde pronto quando
sofremos o golpe da perda dos R$ 40 bilhões do imposto. A saúde no
Brasil hoje estaria bem melhor", afirmou. Sobre o fato de a CPMF não
ir para a Saúde, Gilberto Carvalho disse que os recursos do imposto
"aos poucos" estavam "migrando" para a área. Perguntado se o mesmo
poderia ocorrer com uma nova contribuição, isto é, de os recursos
serem desviados para outras áreas, Gilberto Carvalho defendeu a
seriedade do governo atual: "O que garante [que novos recursos irão
mesmo para a Saúde é a seriedade com que nosso governo tem
trabalhado".
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