Aumento da Brigada Militar Gaúcha
As promessas descumpridas por Tarso Genro é que irritaram os brigadianos do Rio Grande do Sul.
O que mais irritou os brigadianos gaúchos foi o total descumprimento das promessas de campanha feitas pelo governador Tarso Genro, que no ano passado assumiu com as associações o compromisso de elevar imediatamente os salários de praças e oficiais. Isto garantiu votação maciça no PT.
A promessa era totalmente irreal, mas os brigadianos acreditaram nela.
A estas alturas do governo, imaginava-se que os soldados já poderiam estar recebendo o piso nacional de R$ 3.500, de acordo com a PEC 300. Foi esta a esperança passada pelo candidato que dizia reunir as melhores esperanças do Mundo, do Brasil e do Rio Grande do Sul.
Nada mais falso.
Na primeira reunião feita com os soldados, a proposta do Governo Tarso Genro foi um reajuste parcelado de R$ 4,50.
A resposta dos brigadianos tem sido feroz.
Nas páginas 17 e 29 do seu Programa de Governo, eis o que prometeu Tarso Genro no ano passado:
(...) prisional, diante do colapso de vagas e da superlotação e, ainda, buscar um piso salarial mínimo para os policiais, como está sendo defendido pelo Ministério da Justiça.Brigadianos poderão entregar as chaves de Jacuí e do Presídio Central caso o governo estadual do PT não atenda nos próximos dias as reivindicações dos brigadianos alçados em movimentos diários de protesto, a ideia das associações de classe é dar um ultimato ao Governador Tarso Genro.
(...)Realizar políticas de valorização profissional do trabalhador em segurança pública com recomposição salarial. Promover a instituição de Bolsa Complementar de Formação.
A ideia é deixar os presídios gaúchos e entregar as chaves na Susepe.
O Presídio Central e a Penitenciária Estadual do Jacuí são dois barris de pólvora. A Susepe não tem como segurar os presos. A crise da segurança pública não terá precedentes na história do Rio Grande do Sul.
Os praças querem a elevação imediata dos seus salários, que passariam de R$ 1.172,30 para R$ 3.500,00 mensais.
Governo acena com propostas "suculentas", mas quer trégua nos protestos.
Não houve avanço algum na reunião de quinta-feira a tarde - 1º de setembro - entre os brigadianos e o governo estadual no Palácio Piratini, embora o encontro tenha durado uma hora e meia. O governo destacou seis Secretários e Secretários adjuntos, além do Comandante da Brigada, para conversar com os líderes do movimento.
A reunião foi muito dura, mas houve acordo para uma trégua até sexta-feira da semana que vem - 9 de setembro -.
Depois da reunião, o coronel Sérgio Abreu foi direto a Tarso para tentar reabrir as conversações.
O governo avisou que só apresentará sua proposta depois que acabarem os protestos que conflagram estradas federais e gaúchas ou que sejam apontados os responsáveis pelas 23 barricadas de fogo armadas através do Estado.
As lideranças dos brigadianos saíram da reunião com a promessa de uma "excelente" proposta, próxima do que está posto na mesa de discussões, mas primeiro teriam que fazer cessar as manifestações de protesto.
O governo também prometeu não punir ninguém.
Desde o início de agosto, foram realizadas 23 barricadas com a queima de pneus no interior do Estado e na Capital para reivindicar aumento de salário. Os PMs reivindicam aumento imediato de 25% e um calendário que aponte o salário da categoria em 2014.
Na última proposta, o governo ofereceu reajuste de 4,5% em outubro. E conforme, o chefe da Casa Civil - Carlos Pestana, considerando os 6% concedidos em abril, os PMs ganhariam ao final do ano mais de 11% de aumento, percentual acima do que ganhou outras categorias. Além disso, o governo promete outro reajuste de 4,5% em março de 2012.
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