sábado, 2 de maio de 2015


Lula de volta ao palanque com seu discurso velho de sempre

Ricardo Noblat
Desconstruindo o discurso de Lula na celebração do 1º de Maio, em São Paulo:
- Não me chame para briga porque eu volto. Eu não tenho intenção de ser candidato a nada, mas eu tenho vontade de brigar. A Dilma é presidente, e eu quero que ela governe esse país, e eu fico quieto no meu lugar para não dizer que eu estou tendo ingerência.
Lula dorme e acorda pensando em ser candidato. Queria ter sido no ano passado, mas Dilma não deixou. Pretende ser daqui a quatro anos. Não será se o segundo governo Dilma for um desastre.
Lorota de que fica quieto no seu lugar para não dizerem que ele se mete no governo de Dilma. Mete-se, sim. É só o que faz. Não perde uma oportunidade de fazê-lo. Porque o fracasso de Dilma será o dele.
- Essas revistas brasileiras são um lixo e não valem nada. Eu certamente serei criticado por estar sendo agressivo, mas queria dizer que peguem todos os jornalistas da Veja e da Época e enfiem um dentro do outro que não dá 10% da minha honestidade neste país.
A birra de Lula com a Veja é antiga. A referência à Época tem a ver com uma reportagem da revista sobre a suspeita de que ele faz lobby internacional para empreiteiras brasileiras.
Sempre que se vê acuado, Lula apela para a agressividade. Ao invés de contestar acusação por acusação, se imola como vítima de injustiças e diz que ninguém é mais honesto do que ele. Ou mais inocente do que ele.
- O que me assusta profundamente é o medo que a elite brasileira tem que eu volte à Presidência da República. É um medo inexplicável porque nunca eles ganharam tanto dinheiro na vida como no meu governo.
No ano passado, o que Lula chama de elite bateu à sua porta suplicando para que fosse candidato. Ela temia o desastre de um eventual segundo governo de Dilma. Pelo jeito tinha razão.
Por ter ganhado tanto dinheiro nos dois mandatos de Lula, a elite, de fato, queria sua volta ao poder. Portanto, ele sofisma. Esgrima com falsos argumentos. Como, de resto, é seu hábito.
- Cada um que olhe para o seu rabo. Se alguém acha que cheguei até onde cheguei, que fez o que eu fiz neste país, que vou baixar o rabo e minha crista por conta de insinuação. Eu estou quietinho no meu lugar. Não me chame para briga porque eu sou bom de briga.
O trecho acima novamente se refere à reportagem da Época. O que Lula quer dizer quando se refere a “rabo” é o seguinte: “Cuidem do seu. Porque não tenho rabo preso com ninguém”. Com as empreiteiras, tem.
Lula pede para ser deixado em paz. Porque do contrário topa brigar.
- Não tenho intenção de ser candidato a nada, mas eu tenho vontade de brigar. Está aceita a provocação. Aos meus detratores, vou começar a percorrer o país outra vez. Vou conversar com o povo brasileiro.
Lula adverte seus desafetos: se o provocarem mais ele partirá para a briga. Quanto a percorrer o país ... Até poderá fazê-lo, mas sob a garantia de que não será hostilizado.
Dito de outra maneira: aceitará convites para falar aos brasileiros, mas em lugares sob o controle do PT.

Lula discursa em evento da CUT no dia do trabalho


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