quinta-feira, 28 de maio de 2015


Após prejuízo recorde em 2014, Petrobras vai pagar R$ 1,04 bilhão em bônus a funcionários
Acordo de petroleiros determina remuneração mesmo ‘na ausência de lucro’

Depois de anunciar prejuízo recorde de R$ 21,58 bilhões em 2014, a Petrobras informou à Federação Única dos Petroleiros (FUP) que vai pagar nos próximos dias R$ 1,04 bilhão em participação nos resultados do ano passado aos funcionários, segundo documento publicado pela entidade em sua página na internet. Segundo o sindicato, o bônus é previsto em acordo da categoria mesmo quando a empresa não registra ganhos e não paga dividendos aos acionistas.


A falta de pagamento de dividendos aos acionistas este ano foi duramente criticada na Assembleia Geral Extraordinária no último dia 25.maio.2015, quando as demonstrações contábeis foram apresentadas pela empresa e aprovadas.
A federação afirma que o Acordo Coletivo de Metodologia para Definição e Pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no Sistema Petrobras, fechado em 2014, diz que os petroleiros devem ser remunerados, “inclusive na ausência de lucro, desde que alcançados os resultados operacionais, conforme as metas dos indicadores acordados com a categoria”.
Dessa forma, o acordo prevê que o trabalhador receberá metade de um salário acrescido de metade do menor valor pago da PLR em 2014, referente ao lucro de R$ 23,6 bilhões obtido em 2013. Em 2014, segundo a FUP, a nova metodologia garantiu que a PLR 2013 tivesse um piso 36% maior.
Os funcionários receberão o dinheiro nos dias 10 e 17 de junho, conforme a carta enviada pela estatal à FUP pela Petrobras. Os petroleiros poderão ver quanto receberão no simulador que a empresa disponibilizou em seu portal.
O prejuízo anunciado pela empresa teve impacto de perdas de R$ 44,63 bilhões em função da desvalorização de ativos e de outros R$ 6,194 bilhões relativos a valores desviados no esquema de corrupção revelado pela Operação Lava-Jato.
A entidade diz ainda, na nota oficial publicada em seu site, que os “acionistas choram por dividendos”.
“Os acionistas da Petrobrás (sic) bem que tentaram, mas desta vez não receberão dividendos. Revoltados, chegaram a criticar a empresa por agir de forma diferente com os trabalhadores”.
“Os resultados positivos registrados pela empresa em 2014, assim como os lucros fabulosos que marcam sua história, são fruto direto do trabalho dos petroleiros. O acordo de regramento da PLR consolida esse direito”, diz a FUP.



Dados de 294 mil cartões brasileiros à venda na web
Relatório elaborado pela Dell listou produtos e serviços, com seus respectivos preços, oferecidos em mercados ilegais

As ações de hackers como as que vitimaram grandes redes do varejo americano no ano passado tinham uma finalidade: ganhar dinheiro. Os dados roubados não são usados para fazer compras em sites de comércio eletrônico, como muitos podem imaginar, mas para serem vendidos em mercados ilegais na chamada web profunda, onde criminosos conseguem manter o anonimato. O relatório “Underground Hacker Markets”, elaborado no fim de 2014 pela divisão de segurança da Dell, vasculhou um desses endereços e listou os “produtos” oferecidos. Entre as ofertas estavam dados de 294 mil cartões de crédito brasileiros.

Segundo o relatório, Brasil fica atrás apenas dos EUA em número de cartões de crédito 
comercializados em mercado ilegal na web profunda

“Cartões de crédito roubados dos EUA, Canadá, Reino Unido, Brasil, Argentina e Geórgia parecem ser especialmente abundantes”, diz o relatório, que indica que dados de um cartão podem chegar a US$ 35, com descontos progressivos dependendo da quantidade. “Esse site anunciava que tinha 14 milhões de cartões americanos para venda, 294 mil brasileiros, 342.179 de diversos países, 212.100 do Canadá, 75.992 do Reino Unido, e 26.873 da União Europeia”.
Os preços variam dependendo da quantidade pedida. Um único cartão sai por até US$ 35, mas caso o comprador queira um lote com dez, cada cartão sai por US$ 13. Se o lote for de dois mil números, o preço cai para US$ 9 cada.
Mas não é apenas de dados de cartões de crédito que esses criminosos sobrevivem, eles também comercializam manuais e softwares usados para o crime virtual. Tutoriais que ensinam a hackear caixas eletrônicos ou a realizar ataques de negação de serviço podem ser adquiridos por US$ 1 cada, ou por US$ 30 num pacote com vários guias.
Os pesquisadores encontraram pacotes de malwares com preços que variam entre US$ 20 e US$ 50, que incluem trojans de acesso remoto populares, como o “blackshades”. Esses programas maliciosos permitem que hackers tenham acesso ao computador à distância e roubem informações valiosas, como números de cartões de crédito, senhas e outros dados pessoais.
Para ataques de negação de serviço, os criminosos oferecem o “aluguel” de exércitos de máquinas zumbi, que estão infectadas e podem ser acionadas para derrubar um site na internet. Um pacote com mil máquinas infectadas nos EUA sai por US$ 140, mas se os computadores estiverem na Ásia, o preço é de apenas US$ 4.
Os criminosos também se oferecem para realizar o serviço completo. Um ataque contra um site custa entre US$ 100 e US$ 200, dependendo da reputação do hacker. Ações de negação de serviço são cobrados de acordo com o tempo. Uma hora custa entre US$ 3 e US$ 5, e uma semana custa entre US$ 350 e US$ 600. O doxing, que consiste em reunir o máximo de informações sobre uma determinada pessoa, custa entre US$ 25 e US$ 100.



A coroa da rainha Elizabeth 2ª
A rainha Elizabeth 2ª abriu o ano parlamentar no palácio de Westminster.
A cerimônia é marcada todos os anos pela coroação simbólica da rainha.

A coroa da rainha Elizabeth 2ª tem 177 anos de idade, pesa 795 gramas e é repleta de joias. Ela foi feita originalmente para a coroação da Rainha Vitória, em 1838, pelos joalheiros da coroa da época (Rundell, Bridge & Co.). Antes, havia uma outra versão da coroa, que pesava quase 5 kg e foi destruída na época da Revolução Puritana (séc. 17), quando o país foi governado por Oliver Cromwell e a monarquia inglesa foi interrompida temporariamente.
A coroa fica trancada na Torre de Londres, um prédio que recebe visitas o ano todo. Além da coroa, há diversos itens da realeza expostos no lugar, que funciona como um museu.
Na coroa, há o quarto maior diamante polido do mundo. Quando a pedra bruta foi encontrada na África, em 1905, ela pesava 3.601 quilates. Depois a pedra foi cortada em pedaços — um deles, de 317,4 quilates, foi parar na coroa imperial. Além disso, há também quatro rubis, 11 esmeraldas, 17 safiras, 277 pérolas e nada menos do que 3.000 diamantes pequenos na coroa.
A coroa pesa sete libras, o que são 795 gramas. Segundo o biógrafo da rainha, ela acha que a coroa é muito pesada. A revista "People" dá uma base de comparação para o peso: é o mesmo que dois burritos de chipotle.
A coroa foi reformulada quando houve a primeira coroação de Elizabeth: os arcos foram abaixados e ela ficou mais leve, para ser mais "feminina".

Elizabeth II na Câmara dos Lordes, ao lado do marido, Philip, 
do príncipe Charles e de Camilla








Salário mínimo poderá passar de R$ 788 para R$ 855 em janeiro de 2016
Governo reduz para 1% projeção de crescimento do PIB em 2016

O governo reduziu a projeção de crescimento da economia no próximo ano, de 1,3% para 1%, e aumentou ligeiramente a estimativa para o valor do salário mínimo.
A expectativa agora, segundo informou o Ministério do Planejamento na quarta-feira (27.maio.2015), é que o mínimo passe de R$ 788 para R$ 855 em janeiro de 2016 e feche o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff em R$ 958,80.
Até então, o governo calculava que no ano que vem o valor seria de R$ 854, mas teve que elevar a projeção ao rever a trajetória para a inflação este ano.
Por lei, o salário mínimo tem que ser corrigido com base na inflação do ano anterior e da variação do PIB de dois anos antes. O valor exato do aumento de 2016, portanto, só vai ser conhecido depois de calculada a inflação deste ano.
Por ora, o governo trabalha com a projeção de alta de 8,26% do IPCA em 2015 (projeção anterior era de 8,2%). A estimativa é que a inflação baixe para 5,6% no ano que vem, e atinja o centro da meta, de 4,5%, apenas em 2017.



Documentos ligam ex-diretor da Petrobras a propina de US$ 2 milhões

Documentos enviados pelas autoridades de Mônaco aos procuradores da Operação Lava Jato indicam que US$ 2 milhões (equivalentes a R$ 6,3 milhões) depositados numa conta do ex-diretor da Petrobras Renato Duque no exterior tiveram como origem pagamentos feito pelo estaleiro coreano Samsung, acusado de pagamento de suborno.
Os papéis mostram que em abril de 2011 a Samsung transferiu US$ 3 milhões para o consultor da área de petróleo Raul Schmidt Felippe Jr., que ajudou Duque a abrir uma conta no banco Julius Baer, em Mônaco. No mesmo mês, Schimdt fez repasse de US$ 4 milhões para o empresário francês Judas Azuelos.
Dois meses depois, Azuelos devolveu US$ 2 milhões para Schmidt e transferiu US$ 2 milhões para uma empresa que é controlada por Duque, segundo as autoridades de Mônaco, a Milzart Overseas.
Os documentos indicam que os repasses foram associados a um contrato da Petrobras com a empresa americana Pride Internacional, de quem alugou um navio-sonda construído pela Samsung.
O contrato, no valor de US$ 864 milhões (R$ 2,7 bilhões) foi assinado em 2008. Auditoria interna concluída pela Petrobras neste ano apontou sobrepreço de R$ 118 milhões no contrato e pôs em dúvida os estudos que justificaram a contratação da nova sonda.


'PROBLEMA'
O executivo Júlio Camargo, que trabalhou para a empresa Toyo Setal e hoje colabora com as investigações da Lava Jato, apontou esse contrato como um dos que envolveram o pagamento de propina a Duque, que é ligado ao PT e está preso em Curitiba.
Em depoimento à Justiça neste ano, Camargo disse que participou de três reuniões na Petrobras como um representante da Samsung para acertar o negócio do navio-sonda, todas com a participação do ex-diretor da área internacional Nestor Cerveró, que também está preso no Paraná.
Segundo o relato de Camargo, quando parecia tudo resolvido, a secretária de Cerveró avisou-o que Duque queria falar com ele. "Julio, estamos com um problema", disse Duque, segundo Camargo.
De acordo com o executivo, Duque disse-lhe que a empresa que comprara a sonda para alugar à Petrobras, a Pride, tinha um contrato de exclusividade com o lobista Hamylton Padilha, e o negócio iria prosseguir sem Camargo.
Duque, afirmou o executivo, marcou então nova reunião com a Samsung e avisou que Padilha seria o intermediário no lugar de Camargo.
Schmidt, 56, fez carreira na área internacional da Petrobras antes de ir para a iniciativa privada. Desde 2007, quando deixou a presidência da subsidiária brasileira da Sevan Marine, empresa norueguesa que constrói plataformas de petróleo, passou a intermediar negócios com a Petrobras. Ele vive entre Paris, Genebra e Londres.

OUTRO LADO
O advogado Alexandre Lopes, que defende o ex-diretor da Petrobras Renato Duque nos processos da Operação Lava Jato, disse que ele não cometeu irregularidades nem recebeu propina no período em que foi diretor de Serviços da estatal, entre 2003 e 2012.
Lopes evitou discutir as contas associadas a Duque no exterior, questionando a legalidade dos procedimentos adotados pelos procuradores da Lava Jato para obter os documentos fornecidos pelas autoridades de Mônaco.
Os documentos foram enviados primeiro por e-mail, diretamente para o Ministério Público Federal em Curitiba, e não para a autoridade em Brasília que deveria receber esse tipo de documentação, o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional).
O advogado de Duque foi à Justiça para questionar esse procedimento e quer que os documentos obtidos dessa maneira sejam desconsiderados na investigação, o que a Justiça ainda não decidiu. Os procuradores negam irregularidades na obtenção dos documentos de Mônaco.
A reportagem telefonou duas vezes para o escritório da Samsung no Rio. Uma funcionária informou que não havia ninguém autorizado a comentar o assunto. A Pride não quis se manifestar sobre as suspeitas. A reportagem não localizou Raul Schmidt Felippe Júnior e Judas Azuelos, por telefone, em Genebra e Paris.




Congresso aprova mais uma medida do ajuste e coloca pressão sobre o Planalto



Câmara aprova fim da reeleição para presidente, governador e prefeito
Emenda à Constituição extingue dispositivo criado em 1997 e ainda precisa de novo aval dos deputados para depois ir ao Senado

A Câmara dos Deputados aprovou o fim da reeleição para cargos no Executivo. Após todos os partidos orientarem suas bancadas a favor da emenda no âmbito da PEC da Reforma Política, a reeleição foi extinta para prefeitos, governadores e presidente da República a partir das próximas eleições por 452 votos. Apenas 19 deputados foram contra a mudança. Houve uma abstenção.
O fim da reeleição foi o segundo item da reforma política aprovada pela Câmara, após uma série de rejeições ocorridas. Os deputados já haviam aprovado, na noite de quarta-feira, 27.maio.2015, a inclusão de uma emenda na Constituição autorizando empresas privadas a fazem doações para as campanhas eleitorais dos partidos políticos. Além disso, o texto autoriza pessoas físicas a doarem diretamente para os candidatos.
A Câmara retomará nesta quinta-feira (28.maio.2015) a votação de outras emendas da PEC da Reforma Política, como a coincidência ou não das eleições para presidente, governador, prefeito, senador, deputado federal e estadual e vereador num mesmo pleito e não mais a cada dois anos, como ocorre hoje. A pauta também inclui o fim do voto obrigatório.




Mensagem de texto pode dar bug no iPhone
O erro é causado por uma sequência específica de caracteres enviada por mensagem e que faz o sistema iOS reiniciar

Donos de iPhones, cuidado. A mais nova falha do aparelho é uma vulnerabilidade a mensagens, tanto via iMessage quanto por SMS, que faz o celular reiniciar. O problema é que depois do restart há o risco de o usuário não conseguir mais acessar o histórico de suas mensagens. O gatilho para o problema é ativado ao receber o conteúdo com caracteres arábicos.
A sequência de caracteres, porém, é tão específica que é muito improvável de ser mandada por engano. Ou seja, caso a mensagem chegue, é certo que foi de propósito. O código pode ser enviado de iPhone para iPhone, ou de Android para iPhone.
Há algumas dicas para corrigir o estrago. Quem enviou a mensagem original pode mandar outra "cancelando" o efeito da primeira, ou o próprio dono do aparelho pode mandar uma para si mesmo, também com o cancelamento, mas via assistente de voz Siri ou pelo Mac.

Diversas falhas já foram encontradas no iOS, e agora o gatilho é uma mensagem de texto.



ONU diz que, com empenho político e social, é possível erradicar a fome
Segundo relatório das Nações Unidas divulgado, 167 milhões de pessoas deixaram a condição de famintas na última década

A Organização das Nações Unidas (ONU) acredita que é possível erradicar a fome no mundo. Para isso, ressalta a entidade, deve haver compromisso político e social. Segundo um relatório sobre o estado da insegurança alimentar divulgado por três agências da ONU, embora 795 milhões de pessoas ainda passem fome no mundo, 167 milhões de pessoas deixaram a condição de famintas na última década.

Criança desnutrida em Monróvia, na Libéria

Segundo o documento, divulgado pelas agências Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) e Programa Mundial de Alimentos (PMA) na quarta-feira (27.maio.2015), em Roma, o número de pessoas que passam fome nos países em desenvolvimento é de 780 milhões, ou 12,9% da população mundial - nos países desenvolvidos, cerca de 15 milhões de pessoas também passam fome. Em 1990, havia 991 milhões de pessoas nessa condição, o equivalente a 23,3% da população daquele ano.
Em 2000, a ONU estipulou entre as Metas de Desenvolvimento do Milênio reduzir à metade a proporção de população faminta no mundo em quinze anos. De acordo com o relatório divulgado, 56% dos 129 países em desenvolvimento do mundo alcançaram a meta. "A mensagem principal e mais importante é que 72 países em desenvolvimento já alcançaram esse objetivo. Podemos erradicar a fome", declarou o diretor-geral FAO, José Graziano da Silva, que destacou a necessidade de desenvolver "políticas ativas".
Segundo Silva, a vontade política é fundamental para explicar a redução da fome nestes países, embora ele também tenha apontado o compromisso social, já que "é a sociedade que quer erradicar a fome e a que leva isso como a grande prioridade".
Entre as regiões que mais avançaram está a América do Sul, onde menos de 5% da população passa fome hoje, uma redução de mais de 50% em 25 anos. Ásia Central, Sudeste Asiático e partes do norte da África também mostraram progressos significativos.
O sul da Ásia enfrenta a maior situação de fome no mundo, em número de afetados, com 281 milhões de pessoas sem comida suficiente, de acordo com as agências da ONU. O relatório assinala que a África subsaariana tem a maior prevalência de fome: mais de 23% da população não tem o suficiente para comer.



Casa mais cara do mundo está sendo construída em Los Angeles nos Estados Unidos
O incorporador espera vendê-la por meio bilhão de dólares

Uma casa planejada para ser uma das maiores já construídas nos Estados Unidos está sendo erguida na cidade de Los Angeles. O incorporador responsável pelo projeto espera conseguir vendê-la pelo valor de 500 milhões de dólares, o equivalente a 1,5 bilhão de reais, o que o tornaria o imóvel mais caro da história. Quando ficar pronta, em março de 2017, a propriedade terá mais de 9.200 metros quadrados, garagem para 30 carros e um cinema particular com 45 lugares.

Projeto da mansão que está sendo construída em Los Angeles

A mansão será erguida sobre uma colina com vista para o Oceano Pacífico em Bel Air, área nobre da cidade, onde vivem celebridades como Jennifer Aniston e o bilionário fundador do PayPal, Elon Musk. Entre os antigos moradores do bairro estão Ronald Reagan e Alfred Hitchcock. O responsável pelo empreendimento é Nile Niami, produtor de Hollywood e incorporador, que em 2008 construiu e vendeu uma mansão por 18 milhões de dólares, cerca de 56,5 milhões de reais.
Além da sala de cinema exclusiva, a casa também oferecerá aos seus futuros moradores uma boate, um cassino e um "quarto de águas vivas", decorado com tanques onde os animais poderão ser observados. A área externa vai contar com um jardim de mais de 1.800 metros quadrados e quatro piscinas, entre elas uma de borda infinita com 54 metros de comprimento.
O arquiteto que desenvolveu o projeto, Paul McClean, afirmou a Bloomberg que estudou prédios comerciais como hotéis, museus e galerias de arte para criar o design da mansão. "É muito similar a um palácio," afirmou.
Caso o valor exigido pela casa seja alcançado, ele representará mais do que o dobro do preço da casa mais cara já vendida em todo o mundo. Em 2008, o bilionário indiano Lakshmi Mittal pagou 117 milhões de dólares, ou 367 milhões de reais, por uma mansão em Londres. Entre as propriedades com valores mais altos ainda à venda está um apartamento em Mônaco, com piscina na cobertura e vista para o Mediterrâneo, por 400 milhões de dólares (1,2 bilhão de reais).



Confiança da indústria em maio é a menor em dez anos
Segundo a FGV, índice de confiança do setor teve retração de 21,2% em maio deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 1,6% em maio ante abril, passando de 72,8 para 71,6 pontos, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice atinge o menor nível da série mensal iniciada em outubro de 2005. Dos 14 segmentos pesquisados, dez registraram queda na margem. Na comparação com maio de 2014, a retração foi de 21,2%.
A queda do ICI na passagem de abril para maio foi impulsionada tanto pela avaliação da situação atual como pela expectativa para os próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 2,0%, para 74,6 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) recuou 1,3%, para 68,7 pontos.

A maior contribuição para a queda do Índice da Situação Atual veio do item 
que sinaliza a satisfação com o ambiente geral de negócios.

A maior contribuição para a queda do ISA veio do item que sinaliza a satisfação com o ambiente geral de negócios, que recuou 3,7% ante abril. No período, a proporção de empresas avaliando a situação atual dos negócios como boa passou de 8,1% para 8,4% do total. No entanto, a parcela daquelas que avaliam como fraca aumentou em grau mais forte, passando de 38,1% para 41%.
No IE, a única influência de baixa foi o indicador de produção prevista, que caiu 5,7% entre abril e maio, atingindo 85,5 pontos, o menor nível da série mensal iniciada em outubro de 2005. De acordo com a FGV, a proporção de empresas prevendo aumentar a produção nos três meses seguintes caiu de 13,4% para 13,2%, ao passo que a parcela das que esperam reduzir a produção aumentou de 22,7% para 27,7%.
Na avaliação do superintendente adjunto para ciclos econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr., a diminuição da satisfação com a situação presente dos negócios e a queda do nível de utilização da capacidade sinalizam um desempenho fraco do setor no segundo trimestre de 2015. Para ele, as perspectivas também são negativas. "Embora a desvalorização do câmbio nos últimos meses traga algum alento ao setor, as expectativas de curtíssimo prazo continuam sem dar sinais de melhora", disse, em nota.



Polícia suíça detém dirigentes da Fifa

José Maria Marin
O ex-presidente da CBF José Maria Marin, 83, e outros seis dirigentes da Fifa foram detidos na quarta-feira (27.maio.2015) pela polícia suíça em uma operação surpresa, realizada a pedido das autoridades dos Estados Unidos. Os cartolas são investigados pela Justiça americana em um suposto esquema de corrupção.
As autoridades suíças relataram que os detidos devem ser extraditados para os Estados Unidos, onde a Procuradoria de Nova York faz a investigação.
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, a maior parte do esquema envolvia subornos e propinas entre dirigentes da Fifa e executivos do setor na comercialização de jogos e direitos de marketing de campeonatos como eliminatórias da Copa do Mundo na América do Norte, a Concacaf, a Copa América, a Libertadores e a Copa do Brasil – esta última, organizada pela CBF.

As autoridades também investigam o pagamento de propina envolvendo o patrocínio da CBF por uma grande empresa dos EUA, a escolha da África do Sul como anfitrião da Copa de 2010 e as eleições presidenciais da Fifa em 2011.


ESQUEMA DE MAIS DE US$ 100 MILHÕES
As acusações, segundo a polícia suíça, estão relacionadas a um vasto esquema de corrupção de mais de US$ 100 milhões dentro da Fifa nos últimos 20 anos, envolvendo fraude, extorsão e lavagem de dinheiro em negócios ligados a campeonatos na América Latina e acordos de marketing e transmissão televisiva.
Em nota, autoridades suíças divulgaram que contas dos acusados foram bloqueadas no país. Elas eram usadas para recebimento de subornos.
Além dos detidos na quarta-feira (27.maio.2015), outros sete dirigentes e empresários foram acusados de corrupção no caso por lavagem de dinheiro e fraude. "Era um esquema que atuava há 24 anos para enriquecer dirigentes através da corrupção no futebol internacional", informa nota da Justiça americana.
Segundo autoridades dos Estados Unidos, quatro acusados detidos confessaram culpa no caso na quarta-feira (27.maio.2015).
Além da investigação nos EUA, as autoridades suíças recolheram documentos na sede da Fifa, em Zurique, em uma apuração relacionada à escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022.
"A Fifa vai cooperar plenamente com a investigação e apoiará a busca por provas. Como observado pelas autoridades suíças, a coleta de provas está sendo realizada numa base de cooperação. Estamos satisfeitos em ver que a investigação está sendo energicamente perseguida para o bem do futebol e acredito que vai ajudar a reforçar as medidas que a Fifa já toma", informou a entidade em nota divulgada para a imprensa.
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, 14 pessoas serão acusadas formalmente por envolvimento no caso.
Réu confesso, José Hawilla, 71, dono da Traffic Group, maior agência de marketing esportivo da América Latina, que tem os direitos de transmissão, patrocínio e promoção de campeonatos de futebol e jogadores, além de empresas de comunicação no Brasil, também é citado pela Justiça americana.
Segundo a nota do governo dos Estados Unidos, o executivo teria concordado com o confisco de US$ 151 milhões (R$ 473 milhões na cotação atual) de seu patrimônio – US$ 25 milhões (R$ 78 milhões) deste total já teriam sido pagos no momento da confissão.


ELEIÇÃO ESTÁ CONFIRMADA
O diretor de Comunicação da Fifa, Walter de Gregório, disse em entrevista coletiva que a entidade é parte "prejudicada" pelo episódio, e que está colaborando com as autoridades.
Segundo ele, apesar do momento difícil, a operação é uma "coisa boa" para a entidade.
De acordo com o assessor, as autoridades suíças relataram que escolheram quarta-feira (27.maio.2015) para as prisões por causa da facilidade em encontrar todos os dirigentes acusados no mesmo lugar. A Fifa confirmou a realização da eleição para a próxima sexta-feira (29.maio.2015).
No cargo desde 1998, Blatter deve ser reeleito com tranquilidade – seu único adversário é o príncipe da Jordânia, Ali bin Al-Hussein. Em comunicado comentando a operação da polícia suíça, Ali disse que "hoje é um dia triste para o futebol".
O ex-jogador português Luís Figo era candidato até semana passada, quando saiu da disputa disparando contra o comando da entidade. Junto dele também desistiu da candidatura o dirigente holandês Michael van Praag. Ambos apoiam agora o príncipe da Jordânia.
Em um comunicado, Figo criticou a eleição de sexta e classificou de "ditadura" o atual modelo de comando da Fifa.
Ao todo, 209 federações votam no pleito. Até agora, do ponto de vista relevante, o príncipe da Jordânia recebeu apenas o apoio dos cartolas europeus, sobretudo do presidente da Uefa, Michel Platini, mas insuficiente para derrotar Blatter.

INVESTIGAÇÕES SOBRE PROPINA EM CONTRATOS COM A CBF
A Nike divulgou que está cooperando com as investigações da Justiça americana sobre os casos de corrupção envolvendo a empresa e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
A parceria entre a CBF e a Nike foi firmada em 1996, sob a gestão do então presidente da entidade, Ricardo Teixeira, e continua em vigor. Após aditivos, foi renovada para até 2017.
O acordo, anunciada à época como o maior da história do futebol, era para ser o início da história da Nike no esporte, território dominado até então pela rival Adidas.
Mas essa primeira demonstração de força rapidamente virou polêmica. Na época, ao romper com a Umbro – que hoje pertence à Nike –, a confederação brasileira cedeu parte de seu controle sobre a seleção para os americanos e irritou dirigentes e políticos.
Em 2014, a CBF recebeu R$ 359,4 milhões apenas em patrocínios, segundo balanço da entidade. No ano anterior, foram R$ 278,1 milhões.

Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, parte do valor do contrato entre a empresa norte-americana [Nike] e a entidade brasileira [CBF] foi desviada em propina para J.Hawilla e um "alto dirigente da CBF", que não é identificado. A investigação é a mesma que levou à detenção de sete dirigentes do futebol, incluindo o ex-presidente e atual vice da confederação nacional, José Maria Marin.
Segundo nota das autoridades americanas, as investigações incluem acusações sobre pagamento de suborno em relações ao contrato da CBF com uma grande marca esportiva americana e também pagamentos em relação a contratos da Copa do Brasil.
A principal patrocinadora da CBF é a Nike, que é a fornecedora da entidade desde a década de 1990.
"Como todos os nossos fãs ao redor do mundo, nós somos apaixonados pelo jogo e estamos preocupados com essas acusações muito sérias. A Nike acredita fortemente em ética e fair play tanto nos negócios como no esporte, e repudia fortemente toda e qualquer forma de manipulação ou propina. Nós já estamos cooperando, e seguiremos cooperando, com as autoridades", informou a Nike, via assessoria de imprensa.



quarta-feira, 27 de maio de 2015


Conselho do FGTS libera R$ 10 bilhões ao BNDES

O Conselho Curador do FGTS aprovou a liberação de R$ 10 bilhões para reforçar o caixa do BNDES no financiamento de infraestrutura.
Essa dívida do banco deverá ir para um fundo de investimento em que o trabalhador terá a opção de aplicar até 30% do saldo de sua conta.
O novo fundo deverá render 7% mais TR (Taxa Referencial). Hoje, as contas no fundo de garantia são corrigidas pela TR mais 3% ao ano – 3,8% em 2014.


Essa foi a saída encontrada para socorrer o banco, que não terá neste ano recursos vindos do Tesouro.
O FGTS sempre investiu em infraestrutura. A partir de 2008, o fundo decidiu criar um veículo específico – chamado FI-FGTS – para comprar ações e dívidas de empresas do setor.
No início, o fundo recebeu papéis do BNDES, mas ficou proibido de repetir esse investimento. De acordo com o estatuto do FI-FGTS, não é mais possível aplicar em dívidas de bancos públicos.
Por isso, a liberação dos R$ 10 bilhões do FI-FGTS exigiu uma engenharia financeira. Nas próximas semanas, caberá ao comitê de investimento do FI-FGTS definir de que forma esse dinheiro será destinado ao BNDES.
A solução será a criação de um outro fundo – o FIC FI-FGTS – que receberá os papéis do banco estatal no valor de R$ 10 bilhões.
É nesse fundo que os trabalhadores poderão aplicar parte de seus saldos. Mas isso ainda depende da aprovação do Congresso.
"Precisa alterar a lei. Estamos analisando isso com a Fazenda para fazer uma lei", disse o ministro Manoel Dias (Trabalho), que preside o Conselho Curador do FGTS.
Além de permitir ao trabalhador elevar o retorno do fundo de garantia, a proposta visa enfraquecer o projeto de lei do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de subir a correção do FGTS de 3% para 6% mais TR. O governo se opõe à nova correção porque ela encareceria os financiamentos de imóveis populares.
O dinheiro do FGTS é hoje a principal fonte de recursos para financiar a habitação popular, incluindo o programa Minha Casa, Minha Vida, além de obras de infraestrutura e de saneamento básico.

CASA PRÓPRIA
O conselho do FGTS também aumentou em R$ 4,9 bilhões uma linha de financiamento para a compra da casa própria por trabalhadores que têm contas no fundo, o chamado Pró-cotista.
Essa linha tem juros um pouco menores que os cobrados normalmente pelos bancos que se utilizam do dinheiro da poupança.
Além de aumentar esses recursos, que eram de R$ 800 milhões por ano, o conselho também reduziu o valor máximo do imóvel do Pró-cotista, passando de R$ 750 mil para R$ 400 mil.
Com essa medida, a expectativa é que o fundo possa compensar parte das perdas pelos saques da poupança. Segundo o ministro, com essa medida e também com a aprovação de um financiamento para o BNDES de R$ 10 bilhões, o fundo vai melhorar o rendimentos dos trabalhadores.

IMÓVEIS NOVOS
Segundo Cláudio da Silva Gomes, representante da CUT no conselho, o aumento da linha de crédito do Pró-cotista vai ajudar também a manter empregos na construção civil, já que 60% dos recursos terão que ser emprestados para imóveis novos.
"O dinheiro para o BNDES também vai na linha de garantir empregos já que é para projetos de infraestrutura", diz Gomes.
Uma proposta do setor da construção civil para aumentar o teto do imóvel dos beneficiários do Minha Casa, Minha Vida, hoje em R$ 190 mil, não foi analisada pelo conselho. Segundo o ministro Dias, ela poderá voltar à pauta na próxima reunião do conselho se os estudos dos comitês técnicos estiverem concluídos.




Como e onde estão os ex-diretores da Petrobras envolvidos na Lava Jato



Ajuste Fiscal: as medidas do pacote econômico



Levy passa semana que vem fora do Brasil

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, embarca sexta-feira (29.maio.2015) para os Estados Unidos.
Levy já tinha essa agenda de viagens programada há algum tempo. Vai aos EUA para ter reuniões no FMI (Fundo Monetário Internacional), cuja sede é em Washington, e com empresários, em Nova York. Depois, segue para Paris, onde participará de um evento na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que nessas datas (2 a 3 de junho) promove o OCDE Forum, bem como uma reunião dos ministros dos países associados à instituição.
O ministro da Fazenda só deve voltar ao Brasil durante o feriado de Corpus Christi (de 4 a 7 de junho). Deve estar em Brasília novamente apenas em 8 de junho.
A OCDE é uma organização internacional com 34 países membros. O Brasil não é um deles. Em anos recentes, houve várias tentativas de atrair o Brasil para o clube. Mas a equipe econômica e a “intelligentsia” do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (presidente de 2003 a 2010) consideravam que o Brasil não deveria sucumbir ao convite. Essa abordagem permaneceu no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (2011-2014).
A OCDE é vista pelo establishment petista como um clube de países ricos e representantes do neoliberalismo, abjurado pelo partido.



MEC cortará vagas: Pronatec e Ciência sem Fronteiras
Ministério priorizara o investimento em creches e no ensino básico

Com cortes em seu orçamento por causa do ajuste fiscal, o Ministério da Educação (MEC) já definiu alguns programas que serão afetados, e entre eles estão o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e o Ciência sem Fronteiras (CsF), que terão o número de vagas reduzidos em relação a 2014.
“As ofertas ainda serão definidas, mas quantitativamente serão em número inferior ao do ano passado”, informou a assessoria do MEC, em nota.
Sem informar de quanto será a redução, o ministério disse apenas que o tamanho dos cortes “será divulgado em breve”. Segundo a pasta, o ensino básico deve ser preservado ao máximo, com os cortes atingindo mais programas de ensino técnico e superior.
O ministério afirma ainda que as verbas de custeio, responsáveis pelos investimentos nas universidades federais e pagamentos de funcionários terceirizados, estão garantidas.
Desde o ano passado, o corte na educação fez com que universidades entrassem em crise por falta de remuneração de seus funcionários terceirizados. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a maior federal do país, suspendeu suas atividades devido à falta de serviços de limpeza, segurança e portaria. Alunos chegaram a ocupar a reitoria da instituição requisitando regularização dos pagamentos.
“O Ministério também atua no sentido de garantir os recursos de custeio necessários para o funcionamento das universidades e dos institutos federais”, informou o MEC.
O Pronatec foi um dos principais programas citados pela presidente Dilma Rousseff na campanha presidencial. O governo prometeu, no entanto, poupar dos cortes outro programa que foi também uma das bandeiras do governo na eleição: a criação de creches. Dilma prometeu construir mais 4 mil unidades em seu segundo mandato.

GASTOS ACIMA DO MÍNIMO
Além disso, outros serviços ligados à educação básica, como a merenda e o transporte, também não terão impactos com o ajuste fiscal, segundo o MEC.
“Programas como Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), além de merenda e transporte escolar, não receberam cortes em relação à Lei Orçamentária Anual (LOA), e ainda apresentaram aumento em relação ao empenhado no ano de 2015”, diz o ministério na nota.
O MEC afirmou ainda que, apesar dos cortes nos programas, o ajuste fiscal “preserva os programas e ações estruturantes e essenciais” da pasta e “mantém os gastos do ministério acima do mínimo constitucional”.



Vacina em desenvolvimento pode controlar 
pressão por seis meses
Estratégia pode livrar hipertensos da necessidade de tomar remédio diário

Hipertensão afeta quase 25% da população adulta no Brasil,
segundo pesquisa Vigitel divulgada neste mês

Quem sofre de hipertensão pode, no futuro, livrar-se da obrigação de tomar comprimidos diários. Cientistas estão desenvolvendo uma vacina capaz de controlar a pressão arterial por até seis meses, o que diminuiria os riscos relacionado à falta de aderência ao tratamento.
Trata-se de uma vacina de DNA que tem como alvo um hormônio, a angiotensina II, que provoca um aumento da pressão ao contrair os vasos sanguíneos.
A estratégia foi testada em ratos, que receberam três doses da imunização, com intervalo de duas semanas. Segundo os pesquisadores, a vacina não apenas diminuiu a pressão sanguínea por até seis meses, mas também reduziu os danos ao tecido do coração e dos vasos sanguíneos associados à hipertensão.
"Pesquisas adicionais sobre essa vacina de DNA, incluindo o aumento do período de redução da pressão sanguínea, pode levar a uma nova opção terapêutica para pacientes hipertensos", diz o médico Hironori Nakagami, um dos autores da pesquisa e professor da Universidade Osaka, no Japão. Um artigo descrevendo o experimento foi publicado na revista "Hypertension".

Vacina é alternativa aguardada
O cardiologista Marcus Vinícius Bolívar Malachias, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, observa que o desenvolvimento de uma vacina como essa é uma alternativa muito aguardada pela comunidade médica justamente por causa da dificuldade dos pacientes em aderir ao comprimido diário.
Malachias cita que 90% dos pacientes hipertensos precisam usar medicamentos diários para controle da pressão. Dados do Brasil mostram que cerca de 80% dos hipertensos estão fora da meta do controle de pressão. “Ou não tomam o medicamento regulamente ou não tomam na dosagem correta.”
Entre os fatores que contribuem para a falta de adesão às drogas está o fato de que a hipertensão é geralmente assintomática. “O paciente não sente nada e por isso não vê a importância de tomar remédio”, diz o cardiologista. Pesa também o fato de o tratamento ser crônico e poder continuar ao longo de toda a vida.
“Existem também crendices acerca dos medicamentos. O homem teme que o remédio interfira no desempenho sexual. A mulher tem maior aderência ao tratamento, mas teme ganhar peso ou alterações de pele.”
"As pessoas têm que se conscientizar que hipertensão é uma doença silenciosa que mata ou traz consequências muito ruins para coração, cérebro e rins", diz o cardiologista Roberto Kalil.
"Se um dia, daqui algumas décadas, depois de estudos experimentais, tiver uma vacina que controle a pressão, você reduziria em grande parte a mortalidade da população por derrame cerebal e infarto", completa Kalil.


terça-feira, 26 de maio de 2015


Câmara começa votar a reforma política

Após descartar o trabalho da comissão especial que debateu o tema nos últimos quatro meses, o plenário da Câmara começará a votar nesta terça-feira (26.maio.2015) sua proposta de reforma política.


Dois pontos terão prioridade para a votação no plenário
O primeiro trata da mudança do atual sistema de eleição dos deputados, o proporcional, para os modelos conhecidos como distritão ou distrital-misto. O distritão é a bandeira do PMDB. Já o distrital-misto é defendido pelo PSDB e pelo PT, que por falta de apoio abandonou sua proposta original, a do voto em lista fechada de candidatos.
O modelo atual, o proporcional, leva em conta toda a votação dada nos candidatos de um partido ou coligação, além do voto na legenda, para distribuir as 513 cadeiras da Câmara dos Deputados. No distritão, são eleitos os mais votados em cada Estado. O distrital-misto elege metade dos candidatos pelo sistema atual (a partir de uma lista fechada de candidatos definida pelos partidos) e a outra metade pelo voto majoritário por região dos Estados.
O chamado voto em lista fechada, que era defendido pelo PT, não tem chance de aprovação. Nele, o eleitor vota em uma lista de candidatos definida previamente pelos partidos políticos.
O distritão é criticado por quase toda a ciência política por fragilizar ainda mais os partidos e dificultar a já trabalhosa eleição de representantes de minorias para o Congresso.


O segundo ponto diz respeito ao financiamento das campanhas, que hoje é público e privado. A maioria dos deputados defende a proposta da manutenção desse modelo, com algumas travas extras, e a sua inclusão na Constituição.
Isso tem como objetivo barrar a inclinação do Supremo Tribunal Federal de proibir as empresas de doarem para candidatos. A proposta da constitucionalização das doações privadas tem amplo apoio na Câmara, com exceção do PT, que defende o financiamento exclusivamente público das campanhas.
Além do sistema eleitoral e do financiamento das campanhas, a Câmara votará a manutenção ou não da reeleição no Executivo, a alteração no tamanho dos mandatos (com pouquíssima chance de mudança), a unificação das eleições a cada quatro anos (hoje ela ocorre de dois em dois anos), a instituição de cota para mulheres nos cargos eletivos, o fim das coligações de partidos nas eleições de deputados e vereadores e regras para barrar a proliferação de partidos nanicos.
Como se trata de emenda à Constituição, qualquer dessas alterações precisa do voto de pelo menos 308 deputados (60% do total), em dois turnos de votação. As medidas têm que passar ainda pelo Senado, também com apoio mínimo de 60% da Casa.



O FIES e o Tesouro Nacional

Depois do anúncio oficial do corte de R$ 69,9 bilhões no orçamento do Executivo. O ministro Renato Janine (Educação) afirmou, de forma indireta, que o governo federal passa por um momento de "dificuldades" diante da redução de recursos dos ministérios. Desse total, R$ 9,4 bilhões serão no MEC, pasta principal do lema adotado pela presidente Dilma Rousseff em seu segundo mandato – Pátria Educadora.
O ministro defendeu o corte e destacou que, a partir dele, será possível ter um cenário mais claro sobre uma nova edição do Fies no segundo semestre, o que ainda não está definido.
"A sinalização da presidenta é muito importante, existem cálculos no orçamento que têm que ser feitos. (...) Então, dentro disso vamos dedicar particular atenção ao Fies. É uma questão de poucos dias para terminar a tensão e nós podermos ter um resultado claro", afirmou Janine em vídeo enviado ao portal 'G1'. A resposta do ministro sobre o tema foi enviada da Coreia, onde ele participou de um congresso internacional de educação.
O ministro Janine, também, escreveu em seu perfil no Facebook, no último sábado (23.maio.2015), que: "Com a definição do orçamento, agora vamos trabalhar o Fies".
O dinheiro que vai para o financiamento, no entanto, não sai do orçamento do MEC, alvo do corte de R$ 9,4 bilhões. Os recursos têm como origem a emissão de títulos da dívida pública, feita por outra área do governo, o Tesouro Nacional.



Auditoria encontra alunos já mortos e de alta renda no sistema do ProUni

Auditoria da CGU (Controladoria-Geral da União) apontou "fragilidades" no sistema do ProUni, que disponibiliza informações sobre número de bolsas e instituições de ensino participantes, por exemplo.
O trabalho analisou dados de pouco mais de 1 milhão de bolsistas, 1,5 milhão de candidatos inscritos em processo seletivo e 1,8 milhão de familiares indicados pelos estudantes no sistema. Os dados fiscalizados correspondem aos anos de 2005 a 2012.
A partir desse universo, constatou-se, por exemplo, a existência de 47 beneficiários — 0,0047% do total de bolsas — já mortos na situação "em utilização-bolsista matriculado" e 4.400 bolsistas cuja renda per capita não atende os critérios definidos no programa (limite de até três salários mínimos).
Diante da presença de beneficiários já falecidos, a CGU sugeriu à Sesu (Secretaria de Ensino Superior) "criar rotinas" de cruzamento das informações do sistema do ProUni com o sistema de controle de óbitos. Após a sugestão, a CGU informou que fez um novo pente-fino no início de 2012 e não mais identificou esse cenário.
"De modo a verificar a informação apresentada pela Secretaria realizou-se novo cruzamento de dados com o Sisobi e a base do Prouni referente ao 1º semestre de 2012, tendo sido verificada a inexistência de bolsistas falecidos registrados como ativos", afirma trecho da auditoria.
"Embora os resultados demonstrem que o sistema apresenta rotinas adequadas de realização de críticas, verificaram-se fragilidades, tendo em vista a existência de inconsistências em sua base de dados concernentes à ausência de preenchimento de campos essenciais de identificação do bolsista, bem como registros relacionados aos critérios de elegibilidade exigidos pelo programa", afirma trecho do documento.
A CGU fez recomendações à secretaria do Ministério da Educação responsável pelo programa e foi informada de que a pasta tem aumentado o controle das informações prestadas pelas instituições de ensino, além de realizar auditorias no sistema do ProUni.
Em nota, o MEC argumentou que cabe às instituições de ensino averiguar os critérios de elegibilidade dos estudantes e atualizar os dados dos bolsistas semestralmente, no sistema do programa.
"Após a notificação das IES, dos 46 estudantes identificados pela CGU como falecidos após a concessão da bolsa, 29 tiveram as bolsas encerradas em razão de se ter confirmado o falecimento, 11 em razão de evasão do bolsista, e os demais por inexistência de matrícula, esgotamento de prazo de suspensão ou não comparecimento em processo de supervisão ordinária de bolsistas. A própria CGU, em seu relatório final, apontou que a questão estava solucionada já em 2012", diz trecho da nota.



Após divergências sobre cortes, Levy diz que não pensou em sair do governo

Após ter faltado ao anúncio do corte do Orçamento, na sexta-feira (22.maio.2015), e deixado se espalhar nos bastidores seu descontentamento com o valor do contingenciamento – R$ 69,9 bilhões –, bem abaixo do que desejava, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse na segunda-feira (25.maio.2015) que "não houve divergência" quanto aos números e que, em nenhum momento, pensou em sair do governo.
"Não pensei em nada de sair", disse o ministro em entrevista a jornalistas após reunião da coordenação política do governo Dilma Rousseff.
"Não houve divergências. Eu estava realmente resfriado ou gripado. Houve um certo alvoroço em torno dessa história, mas eu expliquei o que estava acontecendo", completou.
Oficialmente, a versão da assessoria de Levy e do Palácio do Planalto foi a de que o ministro não compareceu ao anúncio do corte porque estava gripado. Levy confirmou a tese e, inclusive, fez questão de tossir perto do microfone ao falar do assunto durante a entrevista, o que provocou risos dos presentes.
Ao lado do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, Levy fez uma defesa do ajuste e pediu agilidade do Senado para votar as medidas provisórias do ajuste fiscal que, caso não sejam aprovadas até 1º de junho, perderão validade. Segundo o ministro da Fazenda, "delongas não favorecem a retomada do crescimento."
A votação do projeto de lei que trata da desoneração da folha de pagamento já foi adiada no Congresso para o início de junho, o que preocupou o governo. "Os setores se prepararam para desoneração", disse Levy. Para ele, o setor privado "não quer privilégios, mas segurança e clareza."

O ministro da Fazenda Joaquim Levy

SEM RECEITA
Ao justificar o corte, Mercadante afirmou que o governo "não tem receita" para executar o Orçamento aprovado em 2015. "Nós não temos a receita para podermos executar o Orçamento que foi aprovado tardiamente. Precisamos do contingenciamento e vamos ter que trabalhar com os recursos disponíveis", disse.
Levy, por sua vez, defendeu que a nova previsão de receitas presente no decreto de contingenciamento é realista, mas que vai demandar aumento de eficiência da economia e eliminação de perdas.
Mais cedo, Levy falou que o país tem problema de arrecadação e que os dados contidos no Orçamento, enviado há um mês, não têm "conexão com a realidade".
Entre as ações de aumento da eficiência, Levy defendeu a abertura de capital da área de seguros da Caixa Econômica e a reforma do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).
"Agenda de aumento da oferta é o que o Brasil precisa. O Brasil precisa ser mais competitivo para ter mais salários subindo", disse o ministro.
Segundo ele, a responsabilidade do governo com essas medidas é de garantir um "equilíbrio futuro" nas contas, para dar confiança aos investidores.
"É uma ilusão pensar que as pessoas vão investir se elas virem problema fiscal. É uma ilusão que alguém vai botar dinheiro em infraestrutura (...) se as pessoas têm receio de que em dez anos a Previdência vai estar em desequilíbrio grave."



PREVIDÊNCIA - As mudanças na aposentadoria aprovadas na Câmara

Sobre o debate do fator previdenciário, incluído na MP 664 do ajuste fiscal em derrota do Palácio do Planalto, o governo anunciou uma comissão técnica para discutir a previdência.
A comissão será formada pelos ministros Carlos Gabas (Previdência Social), Joaquim Levy (Fazenda), Aloizio Mercadante (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Comunicações) e Nelson Barbosa (Planejamento) e vai desenvolver a proposta do governo que servirá de alternativa ao fator previdenciário. O projeto deve ser apresentado no fórum criado por decreto por Dilma para discutir o tema.
O ministro da Casa Civil disse que o fórum será instalado na próxima semana. A presidente já havia pedido pressa em convocá-lo, mas, até agora, não houve nenhuma reunião do grupo.
"O fator previdenciário só pode ser discutido na sustentabilidade da Previdência. O fórum de discussão será instalado na semana que vem para discutir esse e outros temas, como a terceirização", disse Mercadante.


Disposição de vetar
A presidente Dilma Rousseff mantém, segundo assessores, a disposição de vetar a nova fórmula proposta pela Câmara dos Deputados para o cálculo das aposentadorias, apesar do conselho que recebeu do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sancionar essa mudança.
O Palácio do Planalto decidiu apresentar uma alternativa à nova fórmula a sindicalistas e empresários, num fórum criado pela presidente, com um mecanismo de ajuste automático ao longo tempo de acordo com o aumento da expectativa de sobrevida.
Segundo assessores, o caminho mais cômodo para a presidente seria sancionar a mudança, porque ela não tem impacto fiscal significativo em seu governo, mas Dilma disse que não quer deixar essa herança para gerações futuras.
Lula comentou com aliados que a presidente deveria ter indicado, desde o início, a intenção de sancionar a proposta, porque ela tem o apoio das centrais sindicais. Seria uma forma de reduzir seu desgaste com os trabalhadores.
Técnicos do governo calculam que os gastos da Previdência podem subir R$ 40 bilhões nos próximos dez anos com a mudança proposta pela Câmara, que substitui o fator previdenciário pela fórmula 85/95 – soma, para mulheres e homens, da idade do trabalhador com o tempo de contribuição.
A principal sugestão do governo deve combinar o fator 85/95 com uma escala móvel, levando em conta a expectativa de sobrevida do brasileiro. Ou seja, a soma de idade e tempo de contribuição subiria ao longo de tempo e não seria estática, como na fórmula aprovada pela Câmara.

Senado pode derrubar ajuste se Dilma negar mudança na aposentadoria
Alguns senadores ameaçam barrar as duas MPs do ajuste fiscal (664 e 665) caso o governo não dê sinais de que vai manter a implantação da fórmula 85/95 na aposentadoria por tempo de contribuição. A medida, aprovada na Câmara como emenda à MP 664, garante benefício integral, sem o corte do fator previdenciário, sempre que a idade do segurado e seu tempo de contribuição der, no momento da aposentadoria, 85, para a mulher, e 95, para o homem.
A MP 665, que está na pauta do Senado, impõe mudanças no seguro-desemprego e no abono salarial. A outra medida provisória, a 664, deve ser analisada pelos senadores.
Técnicos do governo calculam que os gastos da Previdência podem subir R$ 40 bilhões nos próximos dez anos com a mudança proposta pela Câmara.

Nova Fórmula
O governo quer uma proposta alternativa, combinando o fator 85/95 com uma escala móvel, levando em conta a expectativa de sobrevida do brasileiro. Ou seja, a soma de idade e tempo de contribuição subiria ao longo do tempo e não seria estática, como na fórmula aprovada pela Câmara.
A ideia do Palácio do Planalto é vetar a emenda feita na MP 664 e encaminhar projeto ao Congresso com a nova fórmula, mas a solução não agrada aos congressistas. Nem o PT, partido da presidente, vai votar de forma unida em favor da medida provisória. Os senadores Paulo Paim (PT-RS) e Walter Pinheiro (PT-BA) vão votar pela mudança feita pela Câmara.
O senador Paim também ameaça ir contra a outra MP do ajuste fiscal caso Dilma insista na versão do veto à mudança no cálculo das aposentadorias. A MP 665 traz como principal alteração o aumento do tempo de trabalho para que a pessoa requeira pela primeira vez o seguro-desemprego: de seis para 12 meses. O governo queria originalmente 18 meses, mas foi obrigado a recuar.
A medida também endurece a regra para concessão do abono salarial. Até então, a exigência do tempo mínimo trabalhado para ter acesso ao benefício era de um mês. O governo queria ampliar para seis, mas o Congresso reduziu para três.
Sobre o seguro-defeso – benefício concedido a pescadores no período de restrição à pesca –, o governo também queria dificultar o acesso, mas o Congresso não deu sequência à tentativa.


Nem todos ganham mais com nova regra para cálculo da aposentadoria
Nem todo mundo ganha com a nova regra proposta pela Câmara para as aposentadorias, que garante benefício integral se a soma da idade e do tempo de contribuição der 85, para a mulher, ou 95, para o homem.
Para ter o benefício sem o corte previsto pelo fator previdenciário, grande parte dos segurados da Previdência terá que trabalhar mais que o necessário para se aposentar se o novo sistema prevalecer.
Um homem que possa se aposentar com 54 anos de idade precisaria adiar a aposentadoria por três anos para não sofrer cortes, dizem especialistas. Ou seja, o novo modelo só traria vantagem para ele se ele puder esperar e abrir mão do benefício da Previdência nesse período.
"O trabalhador mais velho começa a ter mais gastos, com cuidados médicos, novos produtos etc., e vê a aposentadoria como um complemento de renda. Se aposenta assim que pode e continua trabalhando", afirma o advogado Wladimir Novaes Martinez, especialista no tema.
Segundo o Ministério da Previdência, mais da metade (55%) das aposentadorias por tempo de contribuição eram concedidas a segurados com até 54 anos em 2013, e 87% eram concedidas a pessoas com até 59 anos de idade.
Os mais beneficiados pela mudança seriam os que se aposentam perto dos 60 anos – só 11% dos segurados se aposenta entre 60 e 64 anos. "Essas pessoas já são beneficiadas pela regra atual", diz o consultor Newton Conde.
Para ele, dificilmente alguém que tenha que trabalhar por mais tempo para aproveitar a nova regra adiará o pedido da aposentadoria. O advogado Daisson Portanova concorda. "Se o desemprego aumentar, mais gente vai optar pela aposentadoria o quanto antes", afirma.



segunda-feira, 25 de maio de 2015


Matemático John Nash morre em acidente de táxi nos Estados Unidos
Filme "Uma mente brilhante" foi inspirado na vida do acadêmico

John Nash e sua esposa em foto de 2002, 
na 74ª cerimônia do Oscar
O matemático John Forbes Nash Jr, de 86 anos, prêmio Nobel de Economia de 1994 e que inspirou o filme "Uma Mente Brilhante", morreu em um acidente de carro em Nova Jersey, nos Estados Unidos, no sábado (23.maio.2015). Ele estava em um táxi com sua esposa, Alicia Nash, de 82 anos, que também morreu.
O motorista do táxi teria perdido o controle do veículo ao tentar fazer uma ultrapassagem, e houve uma colisão, na qual morreram Nash e sua esposa Alicia.
Com o impacto, o casal foi lançado para fora do carro, e por isso a primeira impressão é de que ambos não usavam cinto de segurança, disse ao portal de notícias "NJ.com" o sargento da polícia estadual Gregory Williams.
O motorista foi retirado de dentro do veículo e levado com ferimentos, mas sem risco de morrer, ao hospital universitário Robert Wood, na cidade de New Brunswick, ainda segundo o site.
O matemático recebeu o Nobel por sua "Teoria dos Jogos", e sua carreira e sua luta contra a esquizofrenia foram imortalizadas por Russell Crowe em "Uma Mente Brilhante", que em 2002 ganhou quatro Oscar.
"Atordoado... meu coração está com John e Alicia e a família. Um casal espetacular. Mentes maravilhosas, corações maravilhosos", disse Russell Crowe pelo Twitter.
Nash desenvolveu sua carreira na Universidade de Princeton e no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), e obteve o Nobel por suas revolucionárias teorias matemática aplicadas à solução de incógnitas econômicas.
Com problemas mentais desde a juventude, Nash se viu envolvido ao longo da vida em várias polêmicas, incluindo acusações de antissemitismo - que ele negou.
Junto com a mulher, ele fez campanha durante anos para sensibilizar a opinião pública sobre as doenças mentais.
No início da semana, Nash (junto com Louis Nirenberg) estava na Noruega para receber o prêmio Abel para a matemática - considerado o "Nobel da Matemática". O prêmio é oferecido pela Academia Norueguesa de Ciências e Letras, que reconheceu o trabalho de Nash em equações diferenciais parciais.