Pesquisa Ibope
Marina abre 10 pontos sobre Aécio e venceria Dilma no 2º turno
Pesquisa Ibope mostra candidata do PSB 9 pontos à frente da presidente em disputa direta
Marina abre 10 pontos sobre Aécio e venceria Dilma no 2º turno
Pesquisa Ibope mostra candidata do PSB 9 pontos à frente da presidente em disputa direta
Marina Silva está isolada na segunda colocação da corrida presidencial,
com 29%, na primeira pesquisa Ibope na qual consta como substituta de
Eduardo Campos e candidata do PSB. Ainda líder, Dilma Rousseff tem 34%, e
Aécio Neves (PSDB) caiu para o terceiro lugar, com 19%. Num 2.º turno
contra a petista, Marina venceria se a eleição fosse hoje.
Embora o cenário de 1.º turno testado pelo Ibope seja diferente do da
pesquisa anterior, que ainda trazia Campos como candidato, é possível
verificar que a entrada da ex-ministra do Meio Ambiente na disputa tirou
eleitores de Dilma e Aécio: ambos perderam 4 pontos. Os demais
candidatos, somados, perderam 3. Também houve queda na taxa dos que
anulariam ou votariam em branco (6 pontos) e na dos indecisos (3
pontos).
Além de medir a intenção de voto - ao apresentar a lista de candidatos e
pedir ao entrevistado que aponte seu preferido -, o Ibope cita o nome
de cada concorrente e pergunta se o eleitor votaria nele com certeza, se
poderia votar, se não votaria de jeito nenhum ou se não o conhece o
suficiente para responder. A soma das duas primeiras respostas -
“votaria com certeza” e “poderia votar” - é o potencial de votos, isto
é, o teto de votação em determinado momento.
A candidata do PSB é a que tem o teto mais alto: 65% afirmam que
votariam nela com certeza ou poderiam votar. Dilma e Aécio têm 52% e
48%, respectivamente.
Segunda etapa
Em um 2.º turno, Marina seria eleita com 45%, contra 36% da petista. Há,
porém, ainda 11% de indecisos e outros 9% que anulariam o voto. Já
contra Aécio, Dilma ainda seria reeleita: 41% a 35%. Nesse cenário, há
mais indecisos e eleitores que anulariam: 12% em cada grupo.
A pesquisa mostra que a realização de um 2.º turno é praticamente certa:
os adversários de Dilma, somados, têm 51%, 17 pontos a mais do que os
34% da presidente. Para encerrar a disputa já na primeira rodada, um
candidato precisa obter maioria absoluta dos votos.
Segmentos do eleitorado
Na simulação de 1.º turno, Marina aparece à frente de Aécio em quase
todos os segmentos do eleitorado. As exceções são os que têm mais de 55
anos (empate técnico de 20% a 19%, respectivamente) e os que têm renda
superior a cinco salários mínimos (28% a 32%).
A candidata do PSB colhe seus melhores resultados entre os mais jovens,
os mais escolarizados e os evangélicos. Lidera entre quem tem curso
superior, com 33%, ante 27% para o adversário tucano e 24% para a
petista. No segmento evangélico, chega a abrir 10 pontos de vantagem
sobre Dilma (37% a 27%).
Marina empata tecnicamente com a atual presidente no eleitorado com
renda entre dois a cinco salários mínimos e com mais de cinco salários.
Nas faixas de renda, a candidata petista só abre vantagem significativa
entre os que ganham até um salário mínimo (46% a 23%).
Na divisão do eleitorado por regiões, Dilma só se mantém na liderança
isolada no Nordeste e no Norte/Centro-Oeste. No Sul, ela empata
tecnicamente com a adversária do PSB (31% a 27%, no limite da margem de
erro). E o Sudeste tem a disputa mais embolada: Marina com 30%, Dilma
com 27% e Aécio com 25%.
O apoio à presidente é maior nas cidades de até 50 mil habitantes (43%) e
menor nas com mais de 500 mil (28%). Com Marina, acontece o oposto (24%
e 31%, respectivamente).
Rejeição
Dos três primeiros colocados, a candidata do PSB tem a menor rejeição.
Só 10% dizem que não votariam nela de jeito nenhum, contra 36% que não
votariam em Dilma, e 18% que rejeitam Aécio.
Reações
A pesquisa foi recebida com preocupação nos comitês tucano e petista. Os
dirigentes, porém, atribuem o desempenho de Marina à comoção pela morte
de Campos, em 13 de agosto. “Daqui para frente é avaliar a exposição
dela como candidata, aí teremos uma avaliação correta”, disse o
coordenador-geral da campanha de Aécio, senador Agripino Maia (DEM).
“Não se sustenta por muito tempo. É como uma espuma que se desmancha no
ar porque a candidatura de Marina não é sólida”, atacou o
vice-presidente do PT, deputado José Guimarães.
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