Color de Melo diz que foi vítima de "golpe parlamentar"
O senador Fernando Collor (PTB-AL) afirmou em seu programa eleitoral na
televisão, que foi vítima de um "golpe parlamentar" que lhe tirou da
Presidência da República em 1992. Candidato à reeleição ao Senado,
Collor negou que tenha havido um "golpe popular" para derrubá-lo e
destacou que os movimentos das ruas - uma referência indireta às
passeatas protagonizadas pelos caras-pintadas - foram todos
"orquestrados". "Fui afastado da Presidência da República supondo que as
acusações que me faziam à época eram verdadeiras. Sem nenhuma prova
disso", declarou. No início da propaganda, uma locutora afirmou que a
carreira política de Collor foi interrompida por "falsas acusações" e
que ele foi "perseguido e cassado por políticos". O ex-presidente
exaltou o fato de ter sido absolvido pelo Supremo Tribunal Federal em
duas ocasiões, em 1994 e em abril deste ano. Neste último caso, o STF o
absolveu por falta de provas do crime de peculato. Ele era suspeito de
desviar dinheiro público de contratos de publicidade. O programa
apresenta o discurso que Collor fez na tribuna do Senado no dia 28 de
abril, no qual comemorou sua última absolvição pelo STF. E cobrou
reparações por causa do processo de impeachment a que foi submetido.
"Quem poderá me devolver tudo aquilo que eu perdi, a começar pelo meu
mandato presidencial?", questionou. Na ocasião, em cena exibida na
propaganda, senadores do PT se solidarizaram com o ex-presidente por
conta do resultado do julgamento. Ao final, a locutora pediu aos
adversários de Collor para não usar de "baixarias": "Collor é ficha
limpa. O guerreiro resistiu e venceu".
Nenhum comentário:
Postar um comentário