Mantega indica que haverá reajuste nos preços da gasolina em 2014
O ministro da Fazenda, Guido Mantega. |
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que em todos os anos houve
correção nos preços da gasolina e que o comportamento do governo é
continuar com reajustes normais, mas negou que haverá "tarifaço" após as
eleições de outubro.
"Todos os anos tem correção do preço da gasolina, uns mais outros menos,
todos os anos tem correção. Não teve nenhum ano que não teve aumento da
gasolina, essa é a regra", afirmou o ministro.
"Quando ocorrerá o aumento, essa é decisão que mexe com o mercado, com
ações, não se comenta. É questão das empresas responsáveis", acrescentou
o ministro, que também é presidente do Conselho de Administração da
Petrobras.
Mantega deu a declaração ao ser questionado se, com o arrefecimento da
inflação mais para o fim deste semestre, haveria espaço para ajustes nos
preços administrados.
"Nosso comportamento é continuar com reajustes normais, sem tarifaço", afirmou o ministro.
A diretoria da Petrobras, inclusive a própria presidente da estatal,
Maria das Graças Foster, tem pleiteado ao governo reajuste dos preços
dos combustíveis para reduzir a defasagem dos valores praticados no
Brasil com os vistos no exterior, algo que afeta as finanças da
companhia.
A gasolina tem um peso importante no IPCA, índice que baliza a meta de
inflação do governo que é de 4,5 por cento ao ano, com margem de
tolerância de dois pontos para mais ou para menos.
Com o IPCA em 12 meses acima do teto da meta atualmente, o governo tem
menos espaço para elevar preços administrados como os dos combustíveis.
Em junho, o indicador acumulava alta de 6,52 por cento em 12 meses e
deve ter subido a 6,60 por cento em julho.
A última vez em que houve reajuste nos preços da gasolina foi em
novembro do ano passado, quando a Petrobras anunciou aumento médio de 4
por cento da gasolina e de 8 por cento no diesel nas refinarias. Na
época, especialistas calcularam que a alta da gasolina ao consumidor
final seria de cerca de 3 por cento.
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