Caça chinês intercepta avião dos EUA
O governo do presidente dos EUA, Barack Obama, acusou uma aeronave
militar chinesa de conduzir uma “interceptação perigosa” contra um avião
de monitoramento e reconhecimento da Marinha norte-americana em espaço
aéreo internacional, na Costa da China. O secretário de Comunicação do
Pentágono, contra-almirante John Kirby, informou que Washington enviou
um protesto formal ao Exército chinês por meio de canais diplomáticos,
chamando as ações do piloto de “inseguras e não profissionais”.
Em uma coletiva de imprensa em Martha’s Vineyard, no Massachusetts, onde
Obama passa férias com a família, o vice-conselheiro de Segurança
Nacional, Ben Rhodes, considerou a interceptação uma “provocação muito
preocupante” e sugeriu que o incidente poderia atrasar os esforços pela
melhora das relações entre os países. “O que nós temos encorajado são
laços construtivos de Exército para Exército com a China e esse tipo de
ação claramente viola o espírito deste compromisso”, disse Rhodes aos
repórteres.
Kirby afirmou que a manobra do avião chinês, que ocorreu no dia 19 de
agosto, representou um risco para a segurança dos tripulantes
norte-americanos e era “inconsistente com a lei internacional habitual”.
Segundo ele, a ação complica os esforços para melhorar as relações
entre as forças militares da China e dos EUA, que muitas vezes são
tensas.
O secretário do Pentágono informou que a aeronave chinesa realizou uma
série de aproximações com o avião P-8 Poseidon da Marinha, chegando a
ficar até a 30 metros de distância. Ele contou que o jato da China
passou rolando sobre o Poseidon e também passou por debaixo do nariz do
avião norte-americano.
Ele disse que o incidente ocorreu a 217 quilômetros da costa da ilha
Hainan, na China. Em 2001, um jato chinês colidiu com uma aeronave de
monitoramento norte-americana nas proximidades da mesma ilha, matando o
piloto chinês e obrigando o avião dos EUA a realizar um pouso forçado.
Após o episódio, Washington cortou suas relações militares com os
chineses.
Local da interceptação foi na ilha Hainan, extremo sul da China |
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