sábado, 1 de setembro de 2012
O petista mensaleiro João Paulo Cunha não fica na rua da amargura
A Justiça já decretou, por nove a dois que o petista mensaleiro João Paulo Cunha é corrupto, peculatário e lavador de dinheiro público, mas isso não significa que ele vá ficar na rua da amargura. Não, isso não ocorre no petismo. Na noite de quinta-feira (30 de agosto), em reunião com dirigentes petistas, ele apresentou sua fatura para retirar a candidatura à prefeitura de Osasco. Em uma clara demonstração de que a condenação por corrupção não abalou sua desenvoltura em fazer política por meios sub-reptícios, cobrou a manutenção de cargos na Ceagesp, o maior entreposto de distribuição de alimentos da América Latina, vinculado ao Ministério da Agricultura, e que o PMDB já trabalha para abocanhar caso o PT perca a hegemonia em Osasco. O braço de João Paulo na Ceagesp é sua irmã, Ana Lúcia Cunha Pucharelli, que comanda todo o setor de Recursos Humanos. Hoje, mais de dez cargos de chefia são ligados ao PT, entre eles o diretor-presidente, Mário Maurici. Maurici ingressou na política em Franco da Rocha (Grande SP), onde foi prefeito, e fez carreira em Santo André como secretário do prefeito petista corrupto Celso Daniel (assassinado em 2002). É homem do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), que também foi secretário de Santo André na gestão de Celso Daniel, assim como a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Há tempos, a Ceagesp paulista é um cabide de petistas. Até um sobrinho do ex-presidente Lula tem cargo na empresa: Edison Inácio Marin da Silva é responsável pelo departamento de entrepostos da capital. Na política brasileira, os cargos de confiança pagam "pedágio" para seus chefes políticos. No caso, o pagamento de pedágio significa o recolhimento compulsório, mensalmente, de uma significativa parcela do rendimento do CC. Isso dá um polpudo "salário" extra, "na contabilizado" (no linguajar delubiano), fora as facilidades para pressionar e cobrar "contribuições" de fornecedores de serviços e produtos ao serviço público. O cara acaba de ser condenado, terá seu mandato cassado, mas permanece com a natureza de sanguessuga, não desgruda do setor público. Por que será?
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