quinta-feira, 6 de setembro de 2012


O haraquiri político do peremptório 
Tarso Genro

Tarso  Genro
O governador do Rio Grande do Sul, o peremptório petista Tarso Genro, cometeu haraquiri político. Ele e mais cinco governadores entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal contra o cálculo de reajuste do piso nacional do salário do magistério público. A ação foi impetrada no Supremo Tribunal Federal e questiona o Artigo 5° da lei, que trata do cálculo do reajuste do piso. Pelas regras, o piso deve ser reajustado anualmente a partir de janeiro, tendo como critério o crescimento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Entre 2011 e 2012, o índice foi 22% e o valor do piso nacional passou de R$ 1.187,00 para R$ 1.451,00. Além do peremptório petista Tarso Genro, também assinaram a Adin os governadores de Mato Grosso do Sul, Goiás, do Piauí, de Roraima e Santa Catarina. O relator do processo no Supremo será o ministro Joaquim Barbosa. A Lei do Piso nacional do magistério foi sancionada em 2008, assinada pelo próprio Tarso Genro como ministro do governo Lula, e determina um valor mínimo que deve ser pago aos professores da rede pública com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, disse que foi surpreendido pela decisão: "A lei agora está sub judice. Estamos no limbo, porque tem um projeto na Câmara que trata dessa questão, um grupo de trabalho que está prestes a apresentar resultados, uma câmara de negociação no Ministério da Educação e os governadores dão mostra de que não querem negociar". Conforme Leão, se o Supremo acatar o pedido dos governadores e derrubar o artigo que regulamenta o reajuste, cada Estado poderá definir um cálculo para corrigir o piso, o que representará perdas para os professores: "Não existindo mais o balizador do reajuste, cada Estado vai fazer a sua luta, vai ter muito mais greve". O peremptório Tarso Genro, que passou a vida criticando outros governos, em uma relação siamesa com o sindicato Cpers, faz agora igual ao que faziam ex-governadores do Rio Grande do Sul.

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