O filme 'Innocence of Muslims' retrata Maomé como um
aproveitador
Produção só ganhou notoriedade quando
versão em árabe
foi parar na internet.
Cena do filme 'Innocence of Muslims' |
A revolta de grupos religiosos islâmicos, que resultou na morte do embaixador dos Estados Unidos, J. Christopher Stevens, e de outras três pessoas ligadas ao serviço diplomático americano, foi causada por um filme que, segundo o jornal New York Times, foi postado no YouTube em julho, por um usuário que se identifica como Sam Bacile, e não chamou muita atenção até ser traduzido para o árabe e ser promovido pelo pastor Terry Jones, conhecido por queimar páginas do Corão.
Trata-se de Innocence of Muslims (A Inocência dos Muçulmanos, em livre tradução do inglês), uma produção de baixo orçamento que, em tom de pastelão, mostra Maomé como um aproveitador mulherengo que abusava de crianças. Há, ainda, cenas em que ele incita massacres.
O trailer de 14 minutos publicado no YouTube com legendas em árabe foi o estopim de uma onda de revoltas contra os Estados Unidos no Oriente Médio e norte da África. Em mais de uma semana de protestos, 28 pessoas foram mortas em manifestações que muitas vezes acabam com prisões e derramamento de sangue.
De acordo com o Wall Street Journal, um homem que disse ser Sam Bacile telefonou à redação. Ele se identificou como um californiano de origem israelense. O autor da ligação disse ainda que queria, com o filme, mostrar a religião islâmica como odiosa. "O Islã é um câncer", disse.
Ele alegou também não saber quem traduziu o filme para o árabe. Para produzir o filme, o autor da ligação afirmou que levantou cerca de 5 milhões de dólares e explicou que o longa, que tem duas horas de duração, foi realizado em aproximadamente três meses e contou com a participação de 60 atores e de uma equipe de produção de 45 pessoas.
Cena do filme 'Innocence of Muslims' |
Assista o trailer, publicado no
YouTube, do vídeo que deu origem aos protestos dos muçulmanos:
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