quarta-feira, 19 de setembro de 2012


Morre o líder espanhol Santiago Carrillo

O histórico líder espanhol Santiago Carrillo, figura primordial na transição para a democracia na década de 1970, morreu, na casa onde vivia, em Madri. Seu filho, também chamado Santiago Carrillo, disse que seu pai morreu dormindo, placidamente, enquanto tirava a sesta: "Morreu tranquilo, depois de alguns dias nos quais foi se debilitando, perdendo forças, mas não perdeu o ânimo nem a cabeça em momento algum". O rei Juan Carlos e sua esposa, Sofia, foram à casa de Carrillo dar os pêsames à viúva, Carmen Menéndez, e aos filhos. Passaram 15 minutos no local e depois falaram sobre um homem que atravessou quase um século da história espanhola. As Centrais Operárias disseram que o velório ocorrerá nesta quarta-feira, das 10 às 21 horas (hora local), na sede da entidade sindical. Em telegrama, o primeiro-ministro conservador Mariano Rajoy salientou "o papel que (Carrillo) desempenhou durante a Transição e sua contribuição para a ordem constitucional, para o novo marco de convivência e para um futuro comum, sem abandonar suas profundas convicções, que permanecem como referência para a política espanhola". Carrillo, última figura pública a participar ativamente na Guerra Civil, passou um período no exílio após ser perseguido pelo franquismo, e envolveu-se ativamente na tensa transição para a democracia depois da morte do ditador Francisco Franco, que governou o país por mais de 40 anos.


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