sexta-feira, 7 de setembro de 2012


Defasagem dos combustíveis no Brasil em relação aos Estados Unidos é de 27%

A defasagem dos preços dos combustíveis nas refinarias brasileiras em relação ao mercado dos Estados Unidos está em 27 por cento, segundo cálculos feitos pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
Os preços da gasolina nas refinarias do Brasil estão 27,2 por cento mais baratos frente aos valores praticados nos Estados Unidos, estimou o CBIE, e a defasagem do diesel está em 27,7 por cento.
Na semana anterior, a defasagem dos combustíveis estava maior por conta da passagem do furacão Isaac pela área produtora de petróleo do Golfo do México. O Isaac paralisou refinarias responsáveis por aproximadamente 40 por cento da capacidade de refino de petróleo dos Estados Unidos, provocando aumentos nos preços dos combustíveis no mercado referência dos preços internacionais.
A gasolina estava 33 por cento mais barata nas refinarias do Brasil na semana passada e o diesel estava com defasagem de 29 por cento durante a passagem do furacão.
O CBIE calcula semanalmente as diferenças entre os preços praticados no mercado doméstico e no internacional, levando em consideração os valores dos combustíveis nas refinarias do Golfo do México, utilizados como referência, e o câmbio.
Os preços dos combustíveis no mercado norte-americano, por sua vez, flutuam de acordo com as cotações do petróleo.
No Brasil, os preços se mantiveram inalterados no período porque não seguem a volatilidade internacional, de acordo com a política do governo, controlador da Petrobras.
Recentemente, o governo permitiu que a estatal aumentasse os preços do diesel duas vezes nas refinarias, em 3,9 por cento e 6 por cento, nos dias 25 de junho e 16 de julho, respectivamente.
A gasolina teve os seus preços reajustados apenas uma vez, em 7,83 por cento nas refinarias, em 25 de junho.

Perdas
A defasagem entre os preços internacionais e os domésticos é uma das causas das dificuldades financeiras da Petrobras, que reportou perdas de 1,34 bilhão de reais no segundo trimestre, o primeiro prejuízo trimestral da companhia em mais de 13 anos.
A estatal importa gasolina e diesel a valores mais altos para atender à demanda crescente do mercado nacional, mas revende os combustíveis a preços menores do que paga pelas importações.

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