segunda-feira, 10 de setembro de 2012


Brasil perdeu 47 mil vagas de internação em hospitais, aponta CFM.

Mesmo com uma liminar judicial, a dona de casa Maria da Penha 
Ferreira não conseguiu um leito de UTI para a mãe, que morreu.

Os hospitais públicos brasileiros perderam cerca de 47 mil leitos de outubro de 2005 até junho deste ano. Nesse período, as vagas caíram de 374.707 para 327.636. Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), com base nos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/MS) e da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), mostrou que essa redução ocorreu em áreas como pediatria, obstetrícia e psiquiatria — devido à reforma implementada na área em 2001. Se computados os dados de 1990 a 2011, o número de leitos inativos passa de 200 mil. Apesar de o Ministério da Saúde informar que a desativação de leitos é uma tendência mundial por conta dos avanços tecnológicos que permitem tratar o paciente sem a necessidade de internação, especialistas criticam a postura da pasta.
Segundo o levantamento, o maior problema das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), por exemplo, é a má distribuição. Mais de 70% das 25 mil vagas que o país têm no setor estão concentradas nas regiões Sul e Sudeste.

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