quarta-feira, 1 de setembro de 2010


Dilma atribui a ‘Lula’ a libertação dos presos de Cuba


Em entrevista concedida ao ‘Jornal da Globo’, Dilma Rousseff afirmou que Lula participou da negociação que levou à libertação de presos políticos de Cuba.
Mais que isso, a presidenciável petista disse que seu cabo eleitoral foi “responsável pela soltura”. Trata-se de uma declaração no mínimo controversa.
O mundo ficou sabendo no dia 8 de julho que Cuba decidira soltar, até outubro, 52 prisioneiros de consciência. Atribuira-se a novidade a dois fatores:
1. O êxito de uma negociação que a Igreja Católica abrira com a ditadura da ilha caribenha havia meses.
2. O constrangimento a que Cuba vinha sendo submetida graças à repercussão mundial da greve de fome de quatro meses do dissidente Guillermo Fariñas.
No dia seguinte, 9 de julho, Lula comentaria o fato. Realizava um giro pela África. Estava no último estágio da viagem, em Johannesburgo.
Em entrevista, o presidente classificou o acordo de “ótimo”. Disse ter recebido a informação com “alegria” e “felicidade”.
Porém, o própria Lula informou aos repórteres que não estava a par das negociações da Igreja com o regime cubano.
Com as declarações no ‘Jornal da Globo’, Dilma traz ao noticiário que o Brasil participara das tratativas. E que Lula fizera "gestões discretas"; uma versão que o próprio presidente refugara há mais de um mês.
De duas uma: ou o governo desdiz Lula e demonstra qual foi a participação brasileira no episódio ou Dilma passará por propagadora de uma inverdade.

PS: Quando da morte e da greve de fome de dissidentes Cubanos, Lula fizera uma comparação infeliz. O presidente equiparara os presos políticos de Cuba aos bandidos recolhidos às cadeias de São Paulo.
Noutro trecho da entrevista, Dilma foi inquirida sobre a guerrilha colombiana: Por que hesita em chamar as Farc de narcoguerrilha?
E ela: “Jamais hesitei em chamar”. Disse que, além dela, o governo Lula acha que as Farc tem ligação com “o crime organizado e o tráfico de drogas”.





Míriam Leitão
Festa na véspera

Então é isso? Uma eleição cuja campanha começou antes da hora acabou antes que os votos sejam depositados na urna? A vencedora de véspera já estendeu a mão, magnânima, à oposição; seus dois maiores caciques começaram uma briga intestina; cargos são distribuídos entre os partidos da base e os assessores já preparam os planos e projetos. Fala-se do futuro como inexorável.
O quadro está amplamente favorável a Dilma Rousseff, mas é preciso ter respeito pelo processo eleitoral. Se pesquisa fosse voto, era bem mais simples e barato escolher o governante. Imagina o tempo e o dinheiro poupado se pesquisas, 30 dias antes do pleito, fossem suficientes para o processo de escolha? A estrutura da Justiça Eleitoral, as urnas distribuídas num país continental, mesários trabalhando o dia inteiro, computadores contando votos; nada disso seria necessário. Mas como eleição é a democracia num momento supremo, respeitá-la é essencial. Os que estão em vantagem, e os que estão em desvantagem, não podem considerar o processo terminado porque isso amputa a melhor parte da democracia, encerra prematuramente o precioso tempo do debate e das escolhas.
Dilma já sabe até o que fará depois de ser eleita, como disse na sexta-feira: “A gente desarma o palanque e estende a mão para quem for pessoa de boa vontade e quiser partilhar desse processo de transformação do Brasil.” Os jornalistas insistiram, ela ficou no mesmo tom: “Estendo a mão para quem quiser partilhar. Eu não sei se ele (Serra) quer. Você pergunta para ele, se ele quiser, perfeitamente.” Avisou que se alguém recusasse, não haveria problema: “Pode ficar sem estender a mão, como oposição numa boa que vai ter dinheiro.” Já está até distribuindo o dinheiro público.
Feio, muito feio. Por mais animador que seja para Dilma os resultados da pesquisa — e deve ser difícil segurar a ansiedade — ela deveria pensar em algumas coisas antes. Primeiro, que falta o principal para ela ganhar: o voto na urna. Segundo, que o eleitor muda de ideia na hora que quer, porque para isso é livre. Terceiro, que, novata em eleição, deve seu sucesso a fatores externos a ela: o presidente Lula, o momento econômico e a eficiência dos seus marqueteiros. Aliás, o marketing de Dilma tem sido tão eficiente em aparar todas as arestas de sua personalidade que criou uma pessoa que nem ela deve conhecer.
O salto alto não é só dela, a bem da verdade. A síndrome das favas contadas se espalha por todo o seu entorno, cada vez mais desenvolto. Por isso já começaram a brigar os generais de cada uma das bandas: Antonio Palocci e José Dirceu. Da última vez que brigaram, os dois caíram. A disputa dos partidos da base de apoio pelos cargos públicos, como se fossem os despojos da guerra já vencida, é um espetáculo que informa muito sobre valores, critérios e métodos do grupo.
A desenvoltura do já ganhou é tanta que até o presidente Lula, dono da escolha autocrática de Dilma, parece meio enciumado e reclamou que já falam dele no passado. E avisou: “Ainda tenho caneta para fazer muita miséria.” A declaração inteira é reveladora: “Tem gente que fica falando aqui como se eu já tivesse ido embora, mas ainda tenho quatro meses e alguns dias de governo. Alguns falam como se eu já tivesse ido. Tem gente que se mata para ser presidente por um dia e ainda tenho quatro meses e alguns dias. Ainda tenho a caneta para fazer muita miséria nesse país.”
O sentimento é um perigo. O presidente Lula já está fazendo miséria. Atropelou o calendário eleitoral, zombou das multas na Justiça, pôs o governo que dirige para trabalhar pela sua candidata como se a máquina pública fosse um partido político.
Há uma lista enorme de misérias econômicas que o governo Lula tem feito nesse final dos tempos. Os gastos foram inchados, aumentos salariais ao funcionalismo já foram concedidos no próximo orçamento, restos a pagar se aproximam dos R$ 100 bilhões, projetos são precipitados sem análise de risco, o Tesouro vai emitir uma montanha de dívida para capitalizar a principal estatal. Enfim, o governo no finalzinho não lembra em nada o comedido início. Aliás, a razão da briga entre os generais José Dirceu e Palocci é exatamente esse ponto: se é melhor ter uma cara de austeridade, ou continuar fazendo miséria.
O curioso da insegurança que bateu no presidente Lula é que foi ele mesmo que explicitou o clima de “fui” na campanha de Dilma Rousseff com aquele filmete do: “entrego em suas mãos.”
Na sexta, Dilma disse mais: “Meu projeto político é ficar quatro anos. Na próxima eleição, digo o resto do projeto.” Então ela já começou a pensar na eleição de 2014? Mas pelos cálculos petistas, a história brasileira está decidida até 2022. É Dilma, agora. Depois, Lula em dois mandatos. Está tudo decidido para os próximos doze anos. O país teria assim um período de 20 anos de governo petista.
Quando Dilma brigou com Palocci em 2005 e disse que o projeto de zerar o déficit público era rudimentar, ela usou a conhecida expressão de Garrincha: “Falta combinar com os russos.” Agora, falta combinar com os brasileiros.




Novo mínimo será de R$ 538,15

O governo entregou ao Congresso Nacional projeto de lei orçamentária para 2011, que traz os parâmetros de recursos para o primeiro ano do próximo mandato. Segundo o Ministério do Planejamento, o salário mínimo foi fixado em R$ 538,15. O reajuste do mínimo é calculado somando-se o crescimento real do PIB de dois anos antes e a taxa de inflação do ano em curso, neste caso, a de 2010.




CNI: Indústria brasileira foi a 2ª mais afetada pela crise entre Brics

A indústria brasileira foi a segunda entre os Brics - grupo que reúne ainda Rússia, Índia e China - a ser mais afetada pela crise financeira internacional, de acordo com estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo o documento Indústria Brasileira em Foco, a produção industrial brasileira recuou 2,5% entre setembro de 2008 e junho deste ano, um impacto bem menor que o registrado na indústria Russa, que teve queda de 32,1% no mesmo período.
Já os setores industriais da Índia e da China foram mais resistentes à crise, com crescimentos de 14,7% e 24,3%, respectivamente, desde o agravamento da turbulência global.

O gráfico abaixo mostra que a indústria brasileira foi a segunda mais afetada pela crise internacional entre os quatro países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China)





TSE tira do ar publicidade que comparava político "ficha-suja" a falso dentista

O Tribunal Superior Eleitoral determinou que as redes de rádio e TV deixem de veicular uma peça institucional da Justiça Eleitoral que pede para a população verificar o passado de seus candidatos, utilizando o exemplo de um falso dentista que deixava seus pacientes com amnésia por quatro anos. A decisão do tribunal ocorreu após apelo do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, que a considerou ofensiva para a categoria, dizendo-se "indignado frente ao conteúdo veiculado".




Terroristas do Hamas matam quatro israelenses na Cisjordânia na véspera da inauguração de diálogo de paz

O grupo terrorista islâmico Hamas assumiu a autoria do atentado a tiros que matou quatro israelenses em um carro em Kiryat Arba, perto de Hebron, na Cisjordânia. O ataque ocorreu na véspera da retomada do diálogo direto de paz entre Israel e os palestinos, suspensos desde dezembro de 2008. Autoridades israelenses estão preocupadas com ações terroristas para minar os esforços de paz, que acontecem ainda sob grande desconfiança e resistência entre os dois lados. Segundo o jornal israelense "Haaretz", o ataque ocorreu na estrada Route 60. Terroristas armados atiraram contra o veículo de passeio perto de Bnei Naim, sul de Kiryat Arba. Os terroristas se aproximaram dos veículos e atiraram várias vezes à queima roupa. As vítimas eram dois homens e duas mulheres, todos com idade entre 25 e 40 anos. Uma das mulheres israelense estava grávida. A Cisjordânia tem sido palco de vários ataques de terroristas palestinos islâmicos. Em junho passado, um policial israelense foi morto e outros dois feridos em um ataque a tiros contra o veículo em que viajam nos arredores de Hebron. No mês anterior, dois israelenses foram feridos por vidro quebrado quando tiros atingiram seu carro. Apesar do ataque, Israel anunciou que não suspenderá o relançamento das negociações de paz com os palestinos, marcada para esta quinta-feira. Tzviki Bar Hai, chefe do conselho regional em Kiryat Arba, disse que o incidente "alimenta pensamentos sobre a vontade de nossos vizinhos de coexistir. Toda vez que começamos a conversar, eles respondem com guerra".




Equipe de transição na Presidência terá verba de R$ 2,8 milhões

O presidente eleito terá uma verba de R$ 2,8 milhões e poderá contratar 50 funcionários para o governo de transição, que vai da proclamação da eleição (que em geral ocorre dois dias após o pleito) até 31 de dezembro. O custo da transição, caso o presidente seja eleito no primeiro turno, será de R$ 32,1 mil ao dia e, se eleito no segundo, de R$ 42,4 mil/dia. O Ministério do Planejamento criou um grupo de trabalho formado por 30 servidores de vários órgãos que ficarão responsáveis por fornecer à transição as informações necessárias sobre o governo federal. Com esses dados, será formada a "agenda dos 120 dias", com todos as medidas de curto prazo, como contratos, pagamentos a serem feitos, ações institucionais que precisam ser cumpridas. A idéia da agenda é garantir que o próximo presidente não seja surpreendido por prazos e para dar continuidade a ações em andamento.




França diz que é "inaceitável" jornal iraniano chamar Carla Bruni de prostituta

O governo francês classificou como "inaceitáveis" os insultos feitos por um jornal iraniano e divulgados em várias páginas da internet contra a primeira-dama francesa, Carla Bruni-Sarkozy, chamada de "prostituta". A França comunicou às autoridades de Teerã que "as injúrias proferidas pelo jornal Kayhan e reconhecidas pelos sites de internet iranianos contra várias personalidades francesas, incluindo a senhora Carla Bruni-Sarkozy, eram "inaceitáveis", declarou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores francês, Bernard Valero. A mensagem foi enviada a Teerã pelas "vias diplomáticas habituais", disse Valero.
O jornal conservador iraniano Kayhan, diretamente ligado ao alto clero islâmico que domina o país, chamou de "prostituta" a mulher do presidente francês, Nicolas Sarkozy, em uma notícia em que também afirma que o estilo de vida de Carla Bruni faz com que ela mereça o mesmo castigo que a iraniana condenada à morte por apedrejamento por adultério. O jornal também culpou Carla Bruni pelo divórcio de Sarkozy de sua segunda mulher.

PS: Carla Bruni-Sarkozy afirmou em 23 de agosto, em uma carta aberta, que a "França não abandonará Mohammadi-Ashtiani".




Após furto, filha de ex-prefeito de Nova York fará trabalho voluntário

Uma das filhas do ex-prefeito de Nova York Rudolf Giuliani foi condenada a um dia de trabalho voluntário, devido a um furto em uma loja de cosméticos, informou a promotoria.
Caroline Giuliani, 21 anos, foi flagrada no início de agosto por funcionários de uma loja de cosméticos do Upper East Side quando furtava produtos das gôndolas.
A filha do ex-prefeito que se tornou famoso nos anos 1990 por ter combatido a criminalidade de Nova York com seu regime de "tolerância zero" foi condenada a um dia de trabalho comunitário pela juíza Jennifer Shecter de uma corte criminal de Manhattan.




Cinquenta mil médicos entram em greve na Argentina

Cinquenta mil médicos e trabalhadores da área de saúde realizavam uma greve em 200 centros de saúde da Argentina, para exigir aumento salarial, informou um dirigente do setor.
O movimento de mais de 50.000 médicos e profissionais afins teve "uma adesão de 85%" em 11 das 24 províncias da Argentina.
Segundo os sindicatos, 70% das enfermeiras da empobrecida província de Santiago de Estero (norte) "ganham 680 pesos mensais (171 dólares) por 30 horas de trabalho semanais".
Na Argentina, o salário-mínimo é de 1.500 pesos (378 dólares).




Morte de venezuelano em greve de fome provoca críticas contra governo

A morte do agricultor Franklin Brito, que estava em greve de fome há meses para protestar contra a política de expropriação de terras - da qual ele mesmo foi vítima -, provocou críticas contra o silêncio do governo do presidente Hugo Chávez.
Depois de seis anos de protestos para recuperar a plena propriedade de suas terras e oito greves de fome, o agricultor de 49 anos faleceu no hospital militar de Caracas, onde estava internado - contra sua vontade, segundo sua família.
Em 2005, o governo tomou posse das terras de Brito, localizadas no estado de Bolívar, no sul; o agricultor iniciou seus protestos no mesmo ano. No fim de 2009, o executivo venezuelano revogou a ordem de intervenção da propriedade e reafirmou a posse de Brito sobre suas terras.
O agricultor, no entanto, reagiu semanas depois, exigindo que o Instituto Nacional de Terras (Inti) lhe entregasse uma carta anulando a expropriação e uma indenização. Naquele momento, Brito responsabilizou Chávez por seu destino.




Cabelo de estrela de futebol americano vale um milhão

Há quem ame o seu cabelo e que faça de tudo para mantê-lo saudável e seguro. É o caso de Troy Polamalu. O jogador de futebol americano, imagem da marca 'Head & Shoulders' nos EUA, viu os seus longos fios de cabelo serem segurados em um milhão de dólares.
Segundo a imprensa internacional, o investimento da conhecida marca, anunciado, deveu-se ao fato de o cabelo de Troy não ser um simples acessório: "É real e é espetacular".
O jogador não o corta desde o ano 2000 e o faz em honra dos seus antepassados de Samoa.





20º aniversário da unificação alemã

A Alemanha celebrou o 20º aniversário da assinatura do tratado da sua unificação.
A celebração ocorreu no Palácio do Príncipe, em Berlim, onde o texto foi assinado em 1989.

Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os líderes dos Estados Unidos, Reino Unido e da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) se encontraram e decidiram dividir a Alemanha em quatro zonas de ocupação: Francesa no sudoeste, Britânica no noroeste, Americana no sul, e Soviética no leste. Em 1949 os três primeiros setores federalistas, foram agrupados formando a Alemanha Ocidental de governo capitalista
( República Federal da Alemanha - RFA, em alemão Bundesrepublik Deutschland - BRD ), sendo que o último setor se transforma na Alemanha Oriental de governo comunista ( República Democrática Alemã - RDA, em alemão Deutsche Demokratische Republik - DDR ).

PS: A chanceler Angela Merkel, cresceu na Alemanha Comunista




Sismo abala mina no dia em que sonda começa a escavar












A terra voltou a tremer na região da Mina de São José, com os sismógrafos a registrarem um abalo de 4,7 graus de magnitude na escala de Richter. Nada que tivesse interrompido os trabalhos de salvamento dos 33 mineiros presos a quase 700 metros desde 5 de Agosto. A escavadora Strata 950 já começou a perfurar. Na semana passada, outros dois sismos de fraca intensidade atingiram a zona.




SITUAÇÃO





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