A revista VEJA traz mais um caso escabroso de corrupção. Com um agravante: desta vez, dinheiro vivo de propina circulou a alguns metros do gabinete presidencial, quando a chefe da Casa Civil era Dilma Rousseff.
Vinícius de Oliveira Castro
Na Casa Civil, na gestão Dilma, a metros do gabinete de Lula: “Caraca! Que dinheiro é esse? Isso aqui é meu mesmo?” Eram R$ 200 mil em dinheiro vivo!
"Numa manhã de julho do ano passado, o jovem advogado Vinícius de Oliveira Castro chegou à Presidência da República para mais um dia de trabalho. Entrou em sua sala, onde despachava a poucos metros do gabinete da então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e de sua principal assessora, Erenice Guerra. Vinícius se sentou, acomodou sua pasta preta em cima da mesa e abriu a gaveta. O advogado tomou um susto: havia ali um envelope pardo. Dentro, 200 000 reais em dinheiro vivo - um “presentinho” da turma responsável pela usina de corrupção que operava no coração do governo Lula. Vinícius, que flanava na Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, começara a dar expediente na Casa Civil semanas antes, apadrinhado por Erenice Guerra e o filho-lobista dela, Israel Guerra, de quem logo virou compadre. Excitado com o pacotaço de propina, o neófito reagiu em voz alta : “Caraca! Que dinheiro é esse? Isso aqui é meu mesmo?”. Um colega tratou de tranqüilizá-lo: “É o ‘PP’ do Tamiflu, é a sua cota. Chegou para todo mundo”.
PP, no caso, era um recado — falado em português, mas dito em cifrão. Trata-se da sigla para os pagamentos oficiais do governo. Consta de qualquer despacho público envolvendo contratos ou ordens bancárias. Adaptada ao linguajar da cleptocracia, significa propina. Tamiflu, por sua vez, é o nome do remédio usado para tratar pacientes com a gripe A1N1, conhecida popularmente como gripe suína. Dias antes, em 23 de junho, o governo, diante da ameaça de uma pandemia, acabara de fechar uma compra emergencial desse medicamento — um contrato de 34,7 milhões de reais. O “PP” entregue ao assessor referia-se à comissão obtida pela turma da Casa Civil ao azeitar o negócio."
Claúdio Humberto
Só autoridade entraria com maços de dinheiro no Planalto
Os R$ 200 mil em dinheiro vivo que apareceram nas gavetas do então assessor da Casa Civil Vinícius Castro, revelados na revista Veja, só podem ter sido levados à Presidência da República por alguém com acesso à entrada de autoridades, que são dispensadas do crivo do sistema de segurança da entrada principal, incluindo raio-x. Isso no CCBB, onde funcionou temporariamente a Presidência, ou no Planalto.
Segundo a revista Veja, que revelou o fato, o assessor Vinícius Castro reagiu com espanto à dinheirama: “Caraca! Que dinheiro é esse?”
Vinícius é amigo, compadre e sócio de Israel, filho lobista de Erenice Guerra. Um colega explicou a ele: “É a PP (propina) do Tamiflu”.
Se investigar... Como no caso dos R$ 200 mil de Vinícius, outros pacotes suspeitos, com dinheiro, podem ter sido gravados pelas câmeras de segurança.
O problema, para verificar a circulação de dinheiro no Planalto, é uma certa “amnésia” das câmeras de segurança do general Jorge Félix...
SITUAÇÃO
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