sábado, 11 de setembro de 2010
Políbio Braga
Grupo RBS admite que usou serviços do sargento Rodrigues para espionagem
Foi uma surpresa tremenda a nota de sexta-feira(10) da RBS (Grupo Brasil Sul de Comunicações) , publicada na página 18 do jornal Zero Hora, admitindo que o sargento César Rodrigues de Carvalho bisbilhotava dados a seu serviço.
O reconhecimento público que faz a RBS é inédito na imprensa brasileira e tem efeitos devastadores para a credibilidade do grupo jornalístico do Rio Grande do Sul, até porque os leitores nunca souberam que fontes o jornal usava para suas reportagens.
Numa nota de duas colunas, intitulada “Rodrigues era fonte de informações à imprensa”, na qual o jornal troca “RBS” por “imprensa”, o diário gaúcho admite as relações permissivas que mantinha com o sargento:
- Rodrigues também era fonte de jornalistas do Grupo RBS. Os dados informados por ele à imprensa (RBS) referiam-se a pessoas envolvidas em ocorrências, inquéritos policiais e processos judiciais, com a finalidade de embasar matérias jornalísticas.
A sociedade gaúcha não sabe que dados são estes e a RBS não abre nada sobre os conteúdos que recebeu.
Falta a RBS admitir este mesmo tipo de relação carnal com a Polícia Federal.
O sargento Rodriguez acabará sendo solto com pedido de desculpas e promovido a tenente da Brigada, a menos que o promotor queira publicar a lista dos 100 possuidores de senhas do Infoseg que acessaram os nomes de Tarso Genro e Yeda Crusius nos últimos três meses.
PS: Políbio Braga faz parte da lista dos espionados pelo sargento Rodriguez. O jornalista constituiu advogado para requerer a entrega de todo material existente a seu respeito no Ministério Público. Políbio quer saber quem mandou investigá-lo e com que objetivo. O intenção de Políbio é saber se seus dados foram parar na RBS.
Vitor Vieira
É inacreditável que um grupo de comunicação reconheça que incentivava uma prática de violação constitucional de direitos das pessoas que eram espionadas pelo sargento a seu serviço. Mais inacreditável, ainda, que a RBS admita que "privatizava" os serviços de segurança do Estado para satisfação de seus interesses, não interessa de que tipo.
Jamais a RBS informou a seus leitores que utilizava esse tipo de fonte para rechear as suas reportagens.
Em nota diz a RBS: "Rodrigues era fonte de informações à imprensa”. Ou seja, usa um eufemismo, troca “RBS” por “imprensa”. E então admite as relações permissivas que mantinha com o sargento.
Agora fica faltando que a RBS admita os tipos de relações carnais que entretém com a Polícia Federal e com o Ministério Público Estadual. Quanto à Polícia Federal, no mínimo em duas oportunidade os veículos de comunicação do grupo jornalístico foram avisados para dar cobertura a ações policias que estavam em curso: na Operação Rodin, para que fossem fotografadas algemadas pessoas de grande destaque público, as quais foram providencialmente desembarcadas do camburão na frente do prédio da Superintendência do órgão, na Avenida Ipiranga, a poucos metros da sede do Grupo RBS, e agora durante o desenrolar da operação de investigações no Banrisul, quando os repórteres da RBS puderam fazer providenciais gravações da operação de apreensão de documentos na agência de publicidade SLM. No outro caso. No caso do Ministério Público Estadual, parece que ele "terceirizou" suas operações mais espetaculosas em benefício da RBS. Muitas dessas operações são derivadas de atuações de promotores da "área do grampo", ou seja, especialistas em operação do "Guardião", sistema de escuta de gravações de telefonemas, torpedos e e-mails. E ainda tem mais: esta RBS, assim como o Ministério Público Estadual, mostram uma grande seletividade na escolha de seus alvos. Por exemplo: investigam e "escracham" um sargentinho da Brigada Militar, mas deixaram, deixam, de investigar o major brigadiano Fábio Duarte Domingues, que bisbilhotava para o PT durante a CPI do Detran, em 2009, na Assembléia Legislativa. Os grandes beneficiários imediatos da arapongagem do major, cedido pela Brigada Militar para a coordenadoria do PT, eram os deputados estaduais petistas Bohn Gass e Stela Farias. É insuportável esta situação para os gaúchos. Mas os tempos são muito estranhos, tão estranhos que a OAB se acumplicia com esta desídia do Ministério Público, com seu tremendo silêncio. O Brasil já viveu uma ditadura. Muitas das pessoas que aí estão na área pública viveram no tempo da ditadura militar e a combateram. Mesmo quando havia gigantescas dificuldades para se fazer qualquer movimento de oposição, as pessoas encontravam brechas para se opor à ditadura. Hoje, impera a total canalhice, da imobilidade geral. E são fatos como esse que solapam a democracia todos os dias no País.
Banco do Estado do Rio Grande do Sul
O modo espalhafatoso com que o Ministério Público de Contas e a Polícia Federal conduziram-se na investigação de malfeitorias praticadas por funcionários subalternos do banco e duas agências de marketing, repercutiu muito mal. A revista inglesa The Economist tratou do assunto de maneira negativa.
O Banrisul possui ações em Bolsa e colocou seus papéis junto a poderosos fundos de investimentos localizados em Londres, Nova Iorque, Tóquio e Singapura. É possível que o banco seja obrigado a mandar seus diretores a estas cidades, visando acalmar os acionistas estrangeiros, já que é volumoso o número de pedidos de explicação que são exigidos diariamente.
Josias de Souza
Servidora diz que Receita mandou ‘legalizar’ o ilegal
O ‘Fiscogate’ deu à luz um filhote. Surgiu na Receita Federal uma zebra de segunda geração. Tentou-se legalizar o crime das violações ilegais com outro delito: procurações retroativas.
Convidado a assinar uma autorização de fancaria, um contribuinte deu queixa à Polícia Civil, em São Paulo. Ao inacreditável somou-se o inimaginável.
Deu-se o seguinte:
1. Edson Pedro dos Santos, brasileiro, aposentado, contribuinte da Receita Federal, foi procurado, em casa, na noite de segunda (6), por José Carlos Cano Larios.
2. José Cano, contador, é marido de Ana Maria Caroto Cano, servidora pública lotada na agência da Receita em Mauá (SP).
3. Na conversa com Edson, o senhor Cano sugeriu ao contribuinte que assinasse uma autorização de acesso aos seus dados fiscais.
4. A coisa pareceu estranha. A começar da data do documento: 5 de setembro de 2009.
5. A peça destinava-se a converter em acesso autorizado um ataque já realizado aos dados fiscais de Edson. Coisa feita na máquina da senhora Cano.
6. Ao pressentir que corria o risco de entrar pelo cano, o contribuinte Edson foi queixar-se à Polícia Civil de São Paulo.
7. A polícia deu uma batida no escritório do senhor Cano, localizado na mesma cidade de Mauá onde está assentado o ninho de violações do fisco.
8. Mexe daqui, remexe dali os policiais encontraram 23 documentos semelhantes ao que havia sido apresentado a Edson.
9. Em cada folha um nome diferente. Em todas elas a mesma mágica da autorização com data retroativa.
10. O casal cano foi à garra. Depois de detidos, foram inquiridos. Espreme daqui, aperta dali a senhora Cano borrifou gasolina nas labaredas.
11. Ela disse que corre na Corregedoria da Receita um procedimento administrativo para esquadrinhar as violações de Mauá. Até aí, coisa já sabida.
12. Súbito, a senhora Cano informou que recebera ordens da própria Corregedoria do fisco para apagar vestígios das violações.
13. Contou que, na máquina dela, foram feitos 31 ataques. E afirmou que foi orientada a procurarar as vítimas, obtendo delas as autorizações retroativas.
14. Depois de ouvidos, o senhor e a senhora Cano foram liberados. A Polícia civil encaminhou o papelório que recolheu à Polícia Federal.
15. Acomodado em posição constrangedora, o corregedor-geral da Receita, Antônio Carlos Costa D'Ávila Carvalho, negou que tenha ordenado a maquiagem do crime.
Para D’Ávila, a senhora Cano, sob investigação da corregedoria, tenta “desqualificar” o trabalho do órgão. Conseguiu.
Sandra Paulsen
Estocolmo - Eleições
Domingo, 19 de setembro, é dia de eleição na Suécia, em todos os níveis: parlamento, conselho dos condados e dos municípios.
E - grande surpresa(!) – eleição aqui também é diferente.
Para começar, o voto não é obrigatório. Mas as possibilidades para votar são inúmeras e só não vota, mesmo, quem não quer de jeito algum.
O cartão para o voto é enviado pelo correio a todas as pessoas registradas como residentes na Suécia. Dependendo do número de anos em que você vive no país e da sua cidadania, você pode ter direito a votar nas três eleições (local, regional e nacional), ou apenas nas eleições municipais e regionais. Apenas os cidadãos suecos votam para o Riksdag – o Parlamento.
Suecos no exterior também recebem seu cartão de voto em casa e podem exercer seu direito através do correio.
De posse do cartão de voto, que chega a todos os domicílios entre 1 e 6 de setembro, e da carteira de identidade, o eleitor pode votar por antecipação, em alguma biblioteca pública próxima da sua residência, em algum museu ou até pelo correio. Se não tiver uma carteira de identidade, o eleitor pode levar alguém com ele, que possa certificar sua identidade. Essa pessoa, então, deve possuir uma carteira de identidade.
Mais de um terço dos eleitores votou antecipado nas eleições passadas. Este ano. Espera-se uma proporção ainda maior de votos por antecipação.
O interessante é que você pode se arrepender do seu voto antecipado, depositado ou enviado entre 1 e 19 de setembro. Nesse caso, basta comparecer a um local de votação no dia da eleição e votar outra vez.
Na Suécia, você também pode votar através de um mensageiro. Isso é possível caso você esteja doente ou tenha problemas de locomoção que o impeça de transportar-se até um local de votação. Podem votar via mensageiro, também, aquelas pessoas que estão na prisão.
No dia da votação, os locais estão abertos entre 8 e 20 horas.
Acho que, para se entender o sentido da democracia sueca, é interessante, por exemplo, consultar os folhetos de informação sobre as eleições. Neles explica-se direitinho o sistema de democracia representativa sueco, o direito ao voto e tudo o mais relacionado com as eleições.
Os folhetos informativos estão disponíveis em mais de vinte línguas diferentes, incluindo, além de inglês, francês, espanhol, polonês, albanês, croata e finlandês, idiomas como tigrínia, curdo, turco, somali, árabe, romeno, russo, sírio e alemão.
A propaganda eleitoral está em toda parte, nas ruas, no metrô, nas escolas, nas praças. A televisão transmite debates vários e sabatinas mil com os diferentes líderes partidários e candidatos aos diferentes níveis de governo. É uma farra de informação, de promessas, de discussões sobre diferentes planos e programas de governo!
As eleições deste ano, me parece, estão mais disputadas do que de costume. As pesquisas mais recentes indicam um quase empate entre os dois grandes blocos políticos. A Aliança, no governo, tem cerca de 47% das intenções de votos, enquanto os três partidos de oposição chegam a 46%.
Apesar de quase empatadas em termos de blocos, as intenções de voto do Partido Social-Democrata, no entanto, caem de maneira alarmante para a postulante oposicionista ao cargo de primeiro-ministro, Mona Sahlin.
E está o maior suspense a respeito do futuro governo. Se a Aliança ganhar, será uma grande novidade, já que há muito a direita não recebe a confiança do eleitor para dois mandatos seguidos.
Não conseguindo a maioria, qualquer dos dois blocos enfrentar-se-á com o problema de como formar um novo governo.
E aí a grande incógnita, também outra grande novidade, diz respeito à hipótese de o partido Democratas da Suécia (Sverigedemokraterna-SD) conseguir chegar ao Parlamento e transformar-se em peça fundamental nas negociações.
Trata-se do antigo partido nazista nacionalista sueco, criado em 1988, a partir do movimento Mantenha a Suécia Sueca. Em 1991 o SD conseguiu chegar ao seu primeiro governo municipal. A partir do final da década de 1990, o partido tentou suavizar seus traços nazistas mais marcantes, para evitar assustar o eleitor. Apesar de não enganar a muita gente, o SD obtém mais e mais votos, principalmente entre os suecos do sul do país, com sua postura de oposição à imigração.
Entre os folhetos de informação em diversos idiomas e o risco de o partido nacionalista obter cadeiras no Riksdag, os suecos vão às urnas para decidir sobre o futuro do país nos próximos quatro anos.
Sem dúvida, um espetáculo de exercício de democracia que não se pode perder... Pra ninguém botar defeito!
PS: Sandra Paulsen, casada, mãe de dois filhos, é baiana de Itabuna. Fez mestrado em Economia na UnB. Morou em Santiago do Chile nos anos 90. Vive há mais de uma década em Estocolmo, onde concluiu doutorado em Economia Ambiental.
Josias de Souza
Genro de Serra também é vítima de procuração falsa
Como previsto, o advogado do casal Mônica Serra e Alexandre Bougeois, Sérgio Rosenthal, foi à Superintendência da PF, em São Paulo.
Autorizado a folhear o inquérito que apura a violação dos sigilos fiscais da filha e do genro de José Serra, o advogado deu de cara com uma novidade:
A exemplo de Verônica, também o marido dela foi atacado na delegacia da Receita em Santo André (SP) com uma procuração falsa.
O roteiro da fraude é o mesmo: o documento forjado atribuiu poderes ao petista renegado Antônio Carlos Atella para apalpar declarações de IR de Alexandre.
Na saída, Rosenthal juntou Santo André com Mauá, outro ninho do fisco onde as violações foram feitas na máquina da servidora Adeildda Ferreira Leão dos Santos.
E declarou: "Isso tem que ser apurado minuciosamente. É de pasmar que isso ocorra em um órgão federal, na Receita Federal...”
“...Os cidadãos não imaginam que seus dados sejam tratados dessa maneira".
Muitos, de fato, não sabiam. Outros intuíam. Agora, ninguém pode alegar desconhecimento.
Curiosamente, a Corregedoria da Receita continua um passo atrás do noticiário. No caso do genro de Serra, informara que o ataque ocorrera apenas em Mauá.
Dissera mais: Adeildda bisbilhotara somente o cadastro de Alexandre, uma janela onde estão armazenados dados não protegidos pelo sigilo.
Descobre-se agora que difundira-se uma lorota. Mais uma. Os segredos haviam sido quebrados em Santo André.
O filme "Lula, o filho do Brasil" está disputando a indicação para concorrer a melhor filme estrangeiro no Oscar.
Uma comissão do Ministério da Cultura anunciará o escolhido no dia 23 de setembro.
Na lista também está "Chico Xavier".
3 anos fora de casa
Embalado por compromissos que aliam agendas oficiais e de campanha, Lula atinge 1.103 dias em viagens
No ritmo das agendas oficiais casadas com eventos da campanha petista de Dilma Rousseff, o presidente Lula completou três anos de seu mandato em viagens.
A marca foi atingida duas semanas atrás, quando a aeronave da Presidência decolou de Brasília com destino a Mato Grosso do Sul.
Naquele dia, Lula cumpriu agendas oficiais em Dourados e Campo Grande e, à noite, discursou ao lado de Dilma num comício na capital sul-mato-grossense.
Essas agendas casadas têm sido comuns na atual campanha. Lula marca eventos oficiais num determinado Estado e, à noite, sobe num palanque com sua candidata. Foi assim, em Minas Gerais, por exemplo.
Até ontem, foram 1.103 dias dentro de um avião ou em agendas oficiais no Brasil ou no exterior, em sete anos e oito meses de governo.
As viagens lhe tomaram 40% dos dias de governo.
Na Presidência, Lula usou as viagens tanto para aproximação política e econômica com outros países como para fugir de crises no Planalto.
Foi assim no segundo semestre de 2005, por exemplo, quando buscou no interior do país a retomada da popularidade, abalada com o estouro da crise do mensalão.
Nos oito primeiros meses deste ano, Lula passou 61 dias em viagens oficiais, exatamente a mesma marca em igual intervalo de 2006, quando disputou a reeleição.
Seca em rios da Amazônia próxima ao nível recorde
A seca nos rios da região amazônica já está próxima do nível recorde, segundo um relatório divulgado pela Agência Nacional de Águas (ANA). Por causa da falta de chuva, os rios Javari, Juruá, Japurá, Acre, Negro, Purus, Iça, Jutaí, Solimões e Madeira estão com níveis abaixo da média.
A navegação noturna está suspensa na maior parte deles para evitar acidentes.
Comunidades nessas regiões já estão isoladas e falta água, alimentos, medicamentos e combustível em algumas delas.
No Porto de Manaus, o nível do Rio Negro estava em 20,67m na quarta-feira(8), mas vem baixando dia a dia. A menor cota já registrada no Porto foi de 13,64 m, em 1963. Em Tabatinga, há queda acentuada no nível do rio Solimões, o que dificulta a navegação até Tefé.
A população isolada está sendo obrigada a percorrer grandes distâncias para obter água potável. A qualidade da água disponível está comprometida devido à mortandade de peixes.
No início de setembro, a Defesa Civil do Amazonas emitiu alertas para 26 municípios do estado.
Começam as inscrições para o
BBB 11
Foi dada a largada para mais uma edição do Big Brother Brasil. Sexta-feira, 10, começou o período de inscrições para a 11ª edição do reality show, que deve estrear em janeiro de 2011. O próprio diretor da atração, Boninho, assinou o primeiro texto do blog da produção do programa. "Desejo sorte para todos, pra quem tem coragem de botar a cara no vídeo e dizer: 'Eu quero participar do BBB'", escreveu ele.
O diretor também deu conselhos para quem deseja entrar na casa mais vigiada do Brasil: "Não precisa inventar, seja você, mostre o que é!".
Quem quiser tentar entrar no programa e concorrer ao prêmio de R$ 1,5 milhão - ou mais, se o diretor resolver aumentar a bolada - tem duas formas de se inscrever: pela internet e pelos correios. Pela internet, basta entrar no site da Globo.com, se cadastrar e responder algumas perguntas da produção.
Para enviar a inscrição pelo correio, é preciso imprimir o formulário, também no site da Globo.com, preencher, assinar todas as páginas, e anexar uma foto 5x7 e o vídeo de inscrição. Em ambos os casos, o prazo termina no dia 31 de outubro.
SITUAÇÃO
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