PSDB traiu o Brasil, acusam grupos pró-impeachment
À frente das manifestações contrárias ao governo Dilma Rousseff (PT),
movimentos de rua favoráveis ao impeachment da presidente reagiram na
quinta-feira (21.maio.2015) ao recuo do PSDB em apresentar neste momento
pedido de afastamento da petista.
Na avaliação do MBL (Movimento Brasil Livre) e do Revoltados Onlines,
grupos que participaram da coordenação dos protestos de março e de
abril, os tucanos estão "traindo" o Brasil ao desistir de um processo de
impeachment.
"O PSDB anunciou que não vai aderir à pauta do impeachment, traindo
assim os mais de 50 milhões de votos adquiridos na última eleição dos
brasileiros que apostaram nessa falsa oposição que continua nos
decepcionando todos os dias", criticou o MBL.
Para Marcello Reis, do Revoltados Online, ao desistir do afastamento da
presidente, o partido torna-se "farinha do mesmo saco" do PT.
"Aécio Neves [presidente nacional do PSDB] está sendo um covarde,
cúmplice desse governo federal corrupto e a mando do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso", afirmou.
PARECER
Na quarta-feira (20.maio.2015), o PSDB desistiu
de bancar pedido de impeachment ao receber parecer sobre sua
viabilidade jurídica, encomendado pelo partido ao jurista Miguel Reale
Júnior.
O documento não traz elementos que sustentem um pedido de impeachment,
mas aponta para a possibilidade de apresentação de ação penal contra a
presidente por causa das manobras fiscais usadas para fechar as contas
do governo federal no primeiro mandato da petista.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, porém, já se manifestou
sobre a impossibilidade da petista ser processada por crime cometido
antes do atual mandato.
Na quinta-feira (21.maio.2015), Aécio Neves se reuniu com os principais
partidos de oposição ao governo federal para analisarem o parecer do
jurista.
O PSDB espera ter uma posição oficial sobre o impeachment antes da
próxima quarta-feira (27.maio.2015), quando o MBL e o Revoltados Online
farão protesto em Brasília e devem protocolar pedido de afastamento da
presidente.
"Vamos pressionar tanto o Poder Legislativo como o Poder Judiciário.
Faremos um 'cornetaço' no Supremo Tribunal Federal", disse Marcello
Reis.
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