MEC cortará vagas: Pronatec e Ciência sem Fronteiras
Ministério priorizara o investimento em creches e no ensino básico
Com cortes em seu orçamento por causa do ajuste fiscal, o Ministério da
Educação (MEC) já definiu alguns programas que serão afetados, e entre
eles estão o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
(Pronatec) e o Ciência sem Fronteiras (CsF), que terão o número de vagas
reduzidos em relação a 2014.
“As ofertas ainda serão definidas, mas quantitativamente serão em número
inferior ao do ano passado”, informou a assessoria do MEC, em nota.
Sem informar de quanto será a redução, o ministério disse apenas que o
tamanho dos cortes “será divulgado em breve”. Segundo a pasta, o ensino
básico deve ser preservado ao máximo, com os cortes atingindo mais
programas de ensino técnico e superior.
O ministério afirma ainda que as verbas de custeio, responsáveis pelos
investimentos nas universidades federais e pagamentos de funcionários
terceirizados, estão garantidas.
Desde o ano passado, o corte na educação fez com que universidades
entrassem em crise por falta de remuneração de seus funcionários
terceirizados. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a maior
federal do país, suspendeu suas atividades devido à falta de serviços de
limpeza, segurança e portaria. Alunos chegaram a ocupar a reitoria da
instituição requisitando regularização dos pagamentos.
“O Ministério também atua no sentido de garantir os recursos de custeio
necessários para o funcionamento das universidades e dos institutos
federais”, informou o MEC.
O Pronatec foi um dos principais programas citados pela presidente Dilma
Rousseff na campanha presidencial. O governo prometeu, no entanto,
poupar dos cortes outro programa que foi também uma das bandeiras do
governo na eleição: a criação de creches. Dilma prometeu construir mais 4
mil unidades em seu segundo mandato.
GASTOS ACIMA DO MÍNIMO
Além disso, outros serviços ligados à educação básica, como a merenda e o
transporte, também não terão impactos com o ajuste fiscal, segundo o
MEC.
“Programas como Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), além de
merenda e transporte escolar, não receberam cortes em relação à Lei
Orçamentária Anual (LOA), e ainda apresentaram aumento em relação ao
empenhado no ano de 2015”, diz o ministério na nota.
O MEC afirmou ainda que, apesar dos cortes nos programas, o ajuste
fiscal “preserva os programas e ações estruturantes e essenciais” da
pasta e “mantém os gastos do ministério acima do mínimo constitucional”.
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