Recessão já produz onda de desemprego nas grandes cidades do Rio Grande do Sul
São as grandes cidades – e as que concentram maior número de indústrias –
as mais atingidas pela redução dos empregos formais no Rio Grande do
Sul. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
mostraram, em julho, o terceiro mês consecutivo com fechamento de postos
de trabalho com carteira assinada. Embora o saldo do ano ainda seja
positivo, 15.382 empregos foram extintos entre maio e julho, com
retração acentuada na indústria, atingindo também setores como
construção civil, comércio e serviços.
Para especialistas, a crise internacional e o desaquecimento econômico
se somam ao clima de pessimismo empresarial e às eleições, fatores que
fazem os investidores retardarem decisões. Somente em julho, foram 6.390
empregos extintos, o pior resultado para o período desde 2005.
– A crise é um componente, mas não é só isso que explica. Existe uma
grande parcela de responsabilidade do Brasil, que não oferece um
ambiente de negócios adequado. Se a gente olhar o PIB, veremos que o
país entrou em recessão técnica, com dois trimestres consecutivos de
crescimento negativo. O nível de emprego não resiste a isso – analisa
Patrícia Palermo, economista-chefe da Federação do Comércio de Bens e
Serviços do Estado (Fecomércio-RS).
Diante do cenário, empresas de cidades industrializadas do Estado,
sobretudo na Região Metropolitana e em Caxias do Sul, estão tomando
medidas para reduzir custos.
Os piores números são das cinco maiores cidades do Rio Grande do Sul:
Porto Alegre, Canoas, Caxias, Pelotas e Santa Maria, com ênfase para o
setor metal-mecânico.
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