Tumulto e incêndio acabam com apuração das escolas de samba em São Paulo
Uma confusão generalizada interrompeu na tarde desta terça-feira - 21 de fevereiro - a apuração que definiria a campeã do Carnaval de São Paulo. Um torcedor da escola Império da Casa Verde que acompanhava a leitura das notas pegou os envelopes e rasgou as fichas. Em seguida, outros torcedores invadiram o local, chutaram a taça e espalharam os demais papeis.
Torcedores invadem área de apuração de votos |
Um princípio de incêndio atingiu uma área no Anhembi reservada aos carros alegóricos e destruiu uma alegoria da escola de samba Pérola Negra. O fogo foi controlado minutos depois. Os carros seriam utilizados no desfile das campeãs, na sexta-feira - 24 de fevereiro.
Imagem do Incêndio que atingiu carros alegóricos no Anhembi |
Após a invasão da área isolada onde era realizada a apuração, torcidas começaram a descer a arquibancada. Cadeiras de plástico chegaram a ser arremessadas. Neste momento, a torcida da Gaviões da Fiel caminhou pela pista lateral da Marginal Tietê em direção à quadra da escola. A polícia militar fez a escolta dos manifestantes em direção à Gaviões.
Cadeiras voam durante início da confusão na apuração das escolas de samba paulistanas |
Integrantes da Gaviões da Fiel aguardam em frente à quadra da escola de samba |
Um dos motivos para a confusão seria a troca não anunciada de dois jurados momentos antes do desfile no Anhembi. O presidente da Liga das Escolas de Samba (Liesa), Paulo Sérgio Ferreira, comentou: "Tem escola que não sabe perder. A escola vem na avenida, canta o samba errado e depois quer tirar o julgador de samba-enredo". O dirigente não soube informar se as cédulas que foram destruídas tinham cópias.
Cinco pessoas foram detidas pela Polícia Militar, entre elas o torcedor que invadiu e rasgou os documentos, identificado como Thiago Faria, 29 anos, dirigente da Império. Além dele, a Polícia Militar também deteve Cauê Santos Pereira, da Gaviões. Eles foram encaminhados ao 13º Distrito Policial e podem responder pelo crime de danos contra o patrimônio ambiental.
A Liesa decide agora como será definida a escola campeã de São Paulo. A escola de samba Mocidade Alegre liderava a disputa no momento em que houve a interrupção da apuração.
Invasão e depredação interrompem apuração do carnaval de São Paulo
A confusão começou quando um representante da escola Império de Casa Verde invadiu o local onde eram lidas as notas, no sambódromo do Anhembi, e rasgou os envelopes durante a divulgação dos pontos do último quesito.
O representante da Império de Casa Verde que rasgou as cédulas com as notas foi detido pela Polícia Militar pouco depois do tumulto. Outro integrante da Gaviões da Fiel também foi preso. Além deles, outras três pessoas acabaram detidas pelo tumulto ou porte de entorpecentes.
Parte dos torcedores saiu do sambódromo e interditou a pista local da Marginal Tiête. Placas que separavam a Marginal do sambódromo foram depredadas e arrancadas pelo grupo.
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