Getúlio Vargas: influenciado pelas ideias
de Nietzsche
Getúlio Vargas |
Ali, aos 25 anos, surge um Vargas seduzido pela filosofia de Nietzsche (“esse alucinado genial”) e crítico à condição da mulher de então (“Amesquinhada, ser inferior, serpente tentadora do mal”).
Noutro trecho, investe contra o cristianismo (“A moral cristã é contrária à natureza humana, inimiga da civilização”) e ataca sua moral sexual (“O cristianismo desnaturou a grandeza da sexualidade” ou seja, “a união dos seres numa transfusão do magnetismo amoroso, considerado pelos cristãos como um comércio impuro”).
Se hoje tal discurso já causaria polêmica para um político, há cem anos impediria qualquer carreira de decolar. Por isso, os anos se passaram e Vargas trancafiou o libelo (= o escrito, o texto), do qual nunca mais se teve notícia.
Escondeu o seu conteúdo da própria família. Em 1977, Alzira, sua filha, doou uma série de documentos à Fundação Getúlio Vargas (FGV ), mas, por escrito, recomendou expressamente sobre o texto inflamado: “não pode e não deve ser publicado, sob hipótese alguma”.
A recomendação não foi respeitada por Lira Neto.
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