segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012


Marina, filha de Guido Mantega, 
acusada de lobby.
Suspeita de que  Marina Mantega poderia estar envolvida em lobby na Caixa e no Banco do Brasil; negócio envolveria empréstimo de R$ 1,6 bilhão 
para o grupo Bertin.

Marina  Mantega
Não andam fáceis os dias do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Há alguns meses, ele lida com um sério problema de saúde em família: o câncer da esposa Eliane Berger, que já o fez pensar em deixar o governo, para acompanhar o tratamento. Além disso, ele tem sido cobrado pela presidente Dilma Rousseff para encerrar de vez a guerra interna no Banco do Brasil, onde alas rivais travam duelos de vida ou morte. E, dentro do próprio governo, especula-se que três nomes poderiam assumir sua vaga. Seriam eles Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Luciano Coutinho, presidente do BNDES, e Nelson Barbosa, secretário-executivo da Fazenda. Agora, ele tem mais um problema para administrar. Reportagem da revista Veja revela que lobistas, em Brasília, estariam usando o nome da filha do ministro, Marina Mantega, para fechar negócios bilionários no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, duas instituições que estão subordinadas ao Ministério da Fazenda. A reportagem menciona até uma operação específica: um empréstimo de R$ 1,6 bilhão para o grupo Bertin, um dos principais do País na área de carnes e leite.
Mantega reagiu com indiferença à reportagem. Disse que não irá processar as pessoas que estariam usando – em vão – o nome de sua filha. No entanto, não é a primeira vez que Marina traz problemas ao pai. Na campanha presidencial de 2010, um dossiê preparado pelo PT revelou que ela mantinha encontros com o executivo Paulo Caffarelli, vice-presidente do BB, para encaminhar pedidos de patrocínio no banco. À época, os dossiês foram atribuídos à ala sindical do BB, liderada pelo deputado Ricardo Berzoini, e Mantega saiu ileso. Na verdade, saiu até fortalecido do episódio.
Agora, no entanto, sua família é exposta num momento de fragilidade. Mantega já foi alvo de denúncias no episódio da queda do presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci. O jornalista Vicente Nunes, do Correio Braziliente, também publicou a informação de que ele teria pedido demissão à presidente Dilma no início de fevereiro.


PS:  A revista Veja denuncia que uma empresa que diz ter parceria com a filha do ministro da Fazenda tenta conseguir negócios no governo. O nome da empresa é Fidelity e José Fernando Sarney, neto de Sarney, é um dos sócios.
A modelo e atriz Marina Mantega e seu sócio Bruno Queiroga, um advogado lobista e falastrão, segundo Veja, seriam parceiros da empresa. Um dos "agraciados" pelos contatos seria o grupo Bertin.


No Rio Grande do Sul, o grupo Bertin, associado a empresários espanhóis, tocará o projeto Cais Mauá Brasil, de R$ 500 milhões.

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