terça-feira, 21 de fevereiro de 2012


Revelações de advogada espiã corrupta, continuam sem investigação.
A parte em que a advogada dá mais detalhes de suas relações com Dias Toffoli ainda não apareceu.

A revista Veja informa na edição desta semana, que o ministério da Justiça quer saber por que as revelações da advogada que a máfia infiltrou no governo nunca foram incluídas nos inquéritos que investigam a corrupção no Distrito Federal.
Há controvérsia sobre a disposição do Ministro José Edurado Cardozo de desvendar tudo, mas o fato é que ele pediu à Polícia Federal cópia das gravações dos depoimentos da advogada Christiane Araújo de Oliveira, o que fez depois das revelações de Veja da semana passada. A Polícia Federal tinha a gravação em seu poder há mais de um ano, desde o final do governo Lula.
A advogada foi infiltrada no governo por uma máfia que desviou mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos. Nas gravações, ela contou detalhes escabrosos de relacionamentos pouco republicanos com o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e de cama, com o Ministro do STF, Dias Toffoli, quando ele ainda era Advogado Geral da União. Com ambos, trocou videos, áudios e informações para prejudicar adversários.
A revista revelou até agora alguns detalhes do tráfico de influência e das roubalheiras, mas não quis publicar dados sobre sexo e espionagem política.
Durante toda a semana, o governo fez
Gilberto Carvalho e o ministro 
do STF Antonio Toffoli
são apontados em escândalo
de conta de que não era com ele, a não ser pela atitude de Cardoso, que na prática não quer dizer nada. O assunto foi também esfriado no Congresso e na Comissão de Ética do governo. O PSDB e a mídia não quiseram aprofundar as investigações. Os acusados, como sempre, negaram tudo através de nota, mas nem de longe ameaçaram processar a advogada que foi para a cama com um deles e traficou influência com o outro. A Polícia Federal e o MPF apenas arquivaram as gravações, sem levar nada adiante.


PS:  O Ministério da Justiça confirmou, por nota, que solicitou informações à Polícia Federal e que, "desde que configurada a ocorrência de infração funcional ou de qualquer ilícito, serão abertos os procedimentos cabíveis". Uma fonte do Planalto confirmou que o ministro recebeu apenas uma parte do material (o vídeo). A Polícia Federal não quis se manifestar.

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