Marco Maia e Planalto em crise por cargo no BB
Marco Maia Presidente da Câmara |
Sessão abandonadaMaia ficou particularmente irritado com a contraproposta feita pelo governo de oferecer um cargo a seu apadrinhado no BB de Angola. Aliados confidenciaram que Maia teria considerado a proposta do governo "uma ofensa". Numa conversa áspera pelo telefone com a ministra-chefe de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ele expressou seu descontentamento com o Planalto e o modo como era tratado pelo governo. Aborrecido, Maia desligou o telefone na cara da ministra.
Ninguém entendeu nada quando Marco Maia levantou da cadeira da presidência, no final da tarde de quarta-feira - 8 de fevereiro, e abandonou o plenário da Câmara. O relógio marcava 18h31. O plenário estava lotado e o governo, depois de muita negociação, calculava ter 320 votos para aprovar o Funpresp, matéria prioritária para Dilma Rousseff.
Tudo seguia o roteiro de sempre: a oposição faria obstrução, Cândido Vaccarezza coordenaria o trator da base e a matéria terminaria aprovada, em primeira votação, no final da noite. Mas… Maia, indignado por não ter sido atendido pelo Planalto em uma demanda pessoal no Banco do Brasil, resolveu suspender tudo e ir para casa. Uma das testemunhas do entrevero resume:
– Nunca antes na história desse país, o presidente da Câmara, numa quarta feira, 18h31, com o plenário cheio para votar questões importantes, encerrou a sessão para ir embora pra casa. Literalmente para casa. É histórico.
Além do cargo no BB, o presidente da Câmara também estaria empenhado em conseguir nomear para uma posição na área de saúde um indicado do ex-líder do PT na Câmara Paulo Teixeira (SP).
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