domingo, 19 de fevereiro de 2012


Após deixar governo Dilma, Lupi vira assessor especial do Rio de Janeiro.

Carlos  Lupi
PDT
Três meses após sair do Ministério do Trabalho sob suspeita de irregularidades na pasta, Carlos Lupi (PDT) deve voltar a trabalhar em Brasília. Desta vez, como assessor especial do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB).
O peemedebista convidou o ex-ministro para, de acordo com Lupi, "fazer a interação com o governo federal".
A nomeação do pedetista foi publicada no "Diário Oficial" do município.
"Ele quer que eu faça um trabalho pelos interesses do Rio, possíveis emendas, projetos.
Fazer a ponte com Brasília. Como fui ministro e tenho boa relação com todo mundo, vou fazer esse meio de campo", afirmou o ex-ministro.
Presidente nacional do PDT, Lupi saiu do ministério após suspeitas de irregularidades em contratos com ONGs (organizações não governamentais).
Ele também foi acusado de ter acumulado dois cargos públicos irregularmente por cinco anos, prática vedada pela Constituição.
Ao analisar o seu caso, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República sugeriu, pela primeira vez, a exoneração de um ministro.
Em seus últimos dias no ministério, Lupi afirmou que só deixaria a pasta "a bala", o que desagradou a presidente Dilma Rousseff, que avaliou a declaração como uma ameaça velada. Depois, o ministro se retratou publicamente e disse que "amava" a presidente.
Apesar disso, Lupi afirma que mantém bom relacionamento com o Planalto.
Questionado se a saída do governo abalou o relacionamento com outros ministros e com a própria presidente Dilma, ele negou.
"Ao contrário. Estive lá na terça-feira, na reunião do conselho político, cumprimentei a presidente, com todo mundo", disse ele.
Professor concursado da prefeitura desde 1985, Lupi afirmou que nestes três meses desde que deixou o cargo no ministério gozou férias acumuladas. Estava lotado na Secretaria Municipal de Assistência Social.
"Sou funcionário efetivo da prefeitura. Para mim é até melhor ficar aqui porque fico com a matrícula", afirmou.
O ex-ministro disse que vai acumular a presidência de seu partido, o PDT.
O cargo de assessor especial 1, lotado no gabinete do prefeito, recebe uma remuneração mensal de R$ 8.511,78.
Candidato à reeleição, Paes tem o apoio do PDT.


Eduardo  Paes
PMDB
PS:  Carlos Lupi arranjou um emprego. Ou, por outra, deram-lhe uma ocupação.
O grão-pedetê ganhou um contracheque. Coisa de R$ 8.511,78 por mês. Dinheiro do contribuinte carioca.
Dois meses depois de expelido do ministério de Dilma Rousseff, o pedetê Lupi foi absorvido na assessoria do prefeito pemedebê Eduardo Paes.
O prefeito quer de verdade é que o PDT de Lupi não deixe de lhe entregar seu tempo de tevê. Planeja usá-lo em sua campanha reeleitoral. Garantido isso, pouco se lhe dá se Lupi fica no meio de campo ou na zaga.
Considerando-se o histórico do neo-assessor -- foi servidor fantasma na Câmara federal e na municipal --, não é negligenciável o risco de Lupi dar expediente na penumbra do vestiário.
Disse que só sairia de Brasília se fosse abatido a bala. 100% financiado pelo déficit público. Transformou-se em mais uma dessas balas perdidas do Rio de Janeiro.


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