terça-feira, 1 de novembro de 2011


TV Globo estuda processar os "camaradas" que agrediram a repórter Monalisa Perrone em link ao vivo do Jornal Hoje

A Central Globo de Comunicação afirmou que estuda maneiras para punir os responsáveis pela agressão à jornalista Monalisa Perrone, ocorrida na edição de segunda-feira - 31 de outubro, do Jornal Hoje.
“Trata-se de pessoas cujo propósito é aparecer. Não é a primeira vez. Como houve agressão, a TV Globo estuda que medidas legais tomar”, diz a nota da emissora.
A repórter estava em um link que entrava ao vivo , em frente ao hospital Sírio Libanês, no Itaim Bibi, zona sul da capital paulista, quando dois homens derrubaram a faixa de proteção que separa a área da entrada do hospital reservada aos repórteres. A repórter foi empurrada propositalmente pelos militantes do blog Merd TV. E um deles agrediu a jornalista por trás.
"Um deles me deu uma joelhada nas costas e me empurrou. Não ouvi o que eles falaram, estava com um fone de ouvido para entrar ao vivo" - disse a repórter.
Quando foi atacada, a jornalista falava a respeito do ex-presidente Lula, que voltou ao hospital para realizar uma sessão de quimioterapia para tratar de um câncer na laringe. Em março deste ano, o mesmo grupo havia promovido “bullying” em outro link da emissora, durante a cobertura da internação do ex-vice presidente José Alencar. A Globo também foi alvo de outros ataques, como a do profissional de telemarketing Rodolfo Gouveia Lima, que se auto-intitulou “Palhaço do circo Isabella”. Em comunicado, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) disse repudiar as ações da equipe da Merd TV.




Leia a íntegra do comunicado da Associação Brasileira de Imprensa:
"A ABI, estarrecida com o ato de vandalismo contra a jornalista Monalisa Perrone durante sua participação ao vivo no Jornal Hoje, vem prestar solidariedade à jornalista e à direção de jornalismo da Globo, num momento tão delicado onde vândalos agridem a liberdade de imprensa e o trabalho do jornalista. Jamais, em tempo algum, ato de agressão física é aceito por qualquer motivo que seja. Debates e diferenças de ideias devem ser mostradas em discussões civilizadas e com o mínimo de dignidade. O ato de agredir publicamente um jornalista no desempenho de sua profissão e no desempenho da informação livre ao povo é o mais baixo de todos os atos, que deve ser punido como tortura contra a pessoa, que foi o que realmente aconteceu, além de ameaça direta e pública contra o povo livre. A ABI já viveu momentos de defesa da liberdade de imprensa contra as torturas e ameaças de violência contra a liberdade de ideias nos momentos mais triste do Brasil. Exatamente por isto não podemos deixar de passar este momento de agressão à mídia e à imprensa sempre prestarmos solidariedade à Rede Globo e repulsa a todos aqueles que agridem moral e fisicamente a liberdade".

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