Conselhos de psicologia vão à
Procuradoria contra internação compulsória de drogados

Internações e abrigamentos compulsórios por uso de álcool ou outras
drogas, práticas que vêm sendo adotadas ou discutidas em vários
Estados do Brasil, foram questionadas formalmente pelo Conselho
Federal de Psicologia e três de seus braços regionais. O Conselho
Federal de Psicologia ingressou com representações no Ministério
Público Federal com argumentos de que as práticas citadas violam a
Constituição. "Os conselhos solicitam ao Ministério Público a adoção
de medidas legais, inclusive com o ajuizamento das ações
competentes, que visem à suspensão imediata de práticas de
internação e abrigamento compulsórios pelos governos Federal e
estaduais, de modo a privilegiar a utilização de medidas
sócio-educativas aos usuários de crack, álcool ou outras drogas,
como também aos portadores de doenças mentais", diz nota divulgada
pelo conselho. A solução, continua o texto, "deve privilegiar os
princípios de um cuidado em meio aberto, humanizado, com equipes
multiprofissionais qualificadas, que tenham condições de trabalho
dignas garantidas, no âmbito das políticas de saúde mental e
coletiva e da assistência social". O documento lista a participação
de três Estados na ação: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
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Vítor Vieira |
"A representação é um absurdo. Drogados não
têm livre arbítrio, são absolutamente tomados pela droga. São em
geral incapazes de escolher o tratamento. No caso dos drogados
pelo crack, matam por qualquer um real que possa significar mais
uma pedra para seu consumo imediato. Essa gente precisa ser
segregada da sociedade para ser tratada de maneira compulsória,
porque não tem qualquer capacidade própria de reação."
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