Roberto Jefferson diz que
pretende voltar ao Congresso
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Roberto Jefferson |
O deputado federal cassado e presidente do PTB, Roberto Jefferson
(RJ), afirmou que pretende voltar ao Congresso, mas descartou a
possibilidade de a Câmara aprovar uma anistia para os parlamentares
que perderam os mandatos acusados de envolvimento no mensalão. Na
semana passada, o deputado federal mensaleiro João Paulo Cunha
(PT-SP), também réu no processo que tramita no Supremo Tribunal
Federal sobre o caso, incluiu a proposta de anistia na pauta da
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Após ser questionado
sobre a manobra, o parlamentar, que preside a comissão, afirmou que
retiraria o projeto da pauta. Na avaliação de Roberto Jefferson, a
cassação de seus direitos políticos por 13 anos foi "um excesso",
mas, mesmo que o projeto volte a tramitar, a pressão da sociedade
impedirá sua aprovação. "Não creio na aprovação. A pressão da
opinião pública é muito grande contra isso. Não haverá anistia para
nenhum cassado", sentenciou. Além de Jefferson, a anistia
beneficiaria ainda José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-SP),
também cassados acusados de envolvimento no esquema, que poderiam
disputar as eleições do ano que vem. O presidente do PTB confirmou
que gostaria de voltar a disputar uma vaga de deputado federal. "Eu
fui cassado por 13 anos. É um excesso. Só posso voltar em 2018. É
muito tempo", avaliou o petebista, que não acredita no julgamento do
caso pelo Supremo antes do pleito de 2012. "A ação não será julgada
ano que vem, porque é muito em cima da eleição. Haverá pressões
políticas e o Supremo é sensível a essas pressões. Creio que esse
julgamento virá no segundo semestre, depois das eleições, ou em
2013", disse. Para o ex-deputado, homenageado pela Assembléia
Legislativa de Minas Gerais, o mensalão, que, consistia pelo PT de
apoio de parlamentares a projetos do governo Lula, não funciona
mais. Mas, para ele, o esquema foi o "prelúdio" da série de
escândalos que tem atingido o governo da presidente Dilma Rousseff:
"Não houve nunca antes na história desse País uma coleção tão grande
de escândalos. O mensalão foi o prelúdio, mas hoje nós estamos
vivendo toda a história. As condutas são muito irregulares".
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