terça-feira, 1 de novembro de 2011


Cineasta Mohsen Maklmalbaf critica Lula por aproximação com presidente do Irã

Mohsen  Maklmalbaf
O cineasta iraniano Mohsen Maklmalbaf, conhecido por filmes como "A Caminho de Kandahar" e "Salve o Cinema", criticou o governo brasileiro e em especial o ex-presidente Lula pela aproximação com o regime do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Maklmalbaf falou em Porto Alegre, onde participou de uma conferência. Ele disse não compreender por que o Brasil, apesar de ter tradição democrática, apóia um líder que governa "como na Idade Média":
"Se o Ahmadinejad oferecer a mão, não pegue a mão dele. O Lula apertou a mão do Ahmadinejad e é uma mão contaminada com o sangue de milhares de pessoas. Ao oferecer a mão para Ahmadinejad, Lula pode se afetar por tocar essa mão contaminada de sangue. Esse contato pode fazer mal para ele, pode fazê-lo adoecer."
Segundo a assessoria de Maklmalbaf, ele esteve viajando nos últimos dias e não soube que Lula anunciou tratamento contra um câncer na laringe.
No período em que ocupou a Presidência, Lula evitou condenar o Irã e deu declarações polêmicas sobre o assunto, como quando falou que tinha "amizade e carinho" pelo iraniano Ahmadinejad. Maklmalbaf citou ainda o ex-presidente brasileiro ao falar de um líder sindicalista iraniano que teve a língua arrancada pela repressão. Afirmou que, no Irã, um líder como Lula poderia sofrer algo do tipo.
O cineasta não falou sobre a presidente Dilma Rousseff. Em março passado, o governo brasileiro votou contra o Irã no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas pela primeira vez em oito anos.
O iraniano Maklmalbaf deixou seu país há sete anos e não divulga onde está morando por questões de segurança. Ele diz já ter escapado de um atentado no Afeganistão que matou um funcionário de sua equipe de produção.


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