segunda-feira, 10 de janeiro de 2011



Cláudio Humberto

Embaixada em Paris pode ser o destino de Jobim
O ministro Nelson Jobim (Defesa) tem demonstrando que ama tanto Paris quanto os caças Rafale, que a França tenta empurrar ao Brasil por R$ 20 bilhões. Jobim ama tanto tudo aquilo que agora quer ser nomeado embaixador brasileiro em Paris, quando em abril deixar o cargo de ministro. É o prazo que a presidenta Dilma Rousseff estabeleceu para bater o martelo na compra bilionária dos caças.
Todos os embaixadores são profissionais de carreira. Nelson Jobim indicado representaria o fim dessa conquista da diplomacia brasileira.
Por sua dedicação aos franceses, Nelson Jobim já faz jus a Legião de Honra, maior honraria deles, e virar embaixador da França em Brasília.
Para apressar Dilma na compra dos caças, Nelson Jobim agora alega que “em 2016 começam a vencer os ciclos de vida dos Mirage-2000”.
Fontes da Aeronáutica desmentem Jobim: os Mirage 2000 da FAB foram recém-repotencializados, com novas armas, aliás, a custo alto.





Agora, só autorizados podem ler ‘Lulinhas’ no twitter

Dois dos filhos de Lula, Marcos Cláudio Lula da Silva e Fábio Luiz Lula da Silva, decidiram restringir o acesso aos seus respectivos microblogs.
Como medida de proteção, recorreram a uma ferramenta do twitter que condiciona a admissão de novos “seguidores” à autorização do titular da conta.
Tomaram a providência no sábado (8), em meio à polêmica da concessão irregular de passaportes diplomáticos a familiares de Lula.
Dos dois, apenas Marcos Lula, 39, frequenta as manchetes como beneficiário do privilégio diplomático. Fábio Lula, o dono da Gamecorp, não foi citado.
O outro filho do ex-presidente que obteve passaporte especial em nome do “interesse do país”, Luiz Cláudio Lula da Silva, 25, mantém o seu canal no twitter, por ora, aberto.
Na sexta (7), antes de restringir os acessos ao seu microblog, Marcos Lula prometera devolver o passaporte.
Inquirido, ele anotara no twitter: "Vou [devolver], aliás, nem vi... Devolvo o antigo também, sem nenhuma escrita nele, branco como chegou".
Horas antes, o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, fizera uma declaração acerba sobre o caso.
Ele exortara os filhos de Lula a restituir os documentos ao Itamaraty. Do contrário, a OAB ingressaria com uma ação judicial.
Luiz Claudio Lula, o único a manter o twitter aberto por enquanto, cuidou de moderar o tom de suas postagens nas últimas 48 horas.
Quando o caso foi revelado pela Folha, ele se esmerava nos chistes. Depois que a notícia ecoou na TV Globo, chegou a pedir: “Me coloquem no BBB”.
Além dos filhos, um neto de Lula, de 14 anos, foi brindado pelo ex-chanceler Celso Amorim com um passaporte especial. De novo, em nome do “interesse do país”.





Lula sentado e sem camisa

Lula aproveita dia ensolarado de férias no Guarujá

Acompanhado de familiares, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, aproveitou muito bem o sol forte e a temperatura de até 32 graus à sombra de domingo. Lula passa férias na Praia do Monduba, que fica no interior do Forte dos Andradas, no Guarujá, a convite do ministro da Defesa, Nelson Jobim.
Lula não chegou a ser visto dando mergulhos na praia, mas os fotógrafos que alugaram um barco para vê-lo mais de perto, captaram imagens do ex-presidente com a mulher, Marisa Letícia, e um grupo de adolescentes, provavelmente seus netos, que o acompanham na hospedagem do forte. Seus filhos e noras também foram convidados.
Ao contrário do que se previa, nem um visitante ilustre esteve no quartel do Exército, conforme garantiram os sentinelas que fazem a segurança do local. "O ex-presidente até pode receber convidados, mas se houvesse a previsão de visitas, os nomes seriam encaminhados para a guarita da portaria, que não recebeu qualquer orientação nesse sentido", informou um dos soldados. De acordo com fontes do governo federal, o ex-presidente tem hospedagem prevista no forte até o próximo dia 18, quando deverá deixar o local.
Um outro fato que chamou a atenção foi que não apareceram curiosos para visitar a fortaleza no fim de semana, a fim de tentar falar com o ex-presidente, como aconteceu no decorrer da semana, desde quarta-feira, quando a população ficou sabendo que, pela sexta vez, Lula optou pelo quartel para passar suas férias.
Em janeiro do ano passado, o ex-presidente também esteve na fortaleza, ocasião em que teve oportunidade de estrear a nova suíte erguida no hotel especialmente para recepcioná-lo. É comum os militares que prestam serviço naquela unidade receberem familiares e amigos para o fim de semana no local, onde, além da praia com águas cristalinas, existem outros atrativos, como o verde exuberante e espécies raras da mata e da flora da região: um verdadeiro paraíso à beira-mar.





BNDES quer conceder à PDVSA de Chavez condições que não aceita de nenhuma empresa do Brasil

Em 2005, Lula e Chavez decidiram implantar a Refinaria Abreu e Lima em Ipojuca, Pernambuco, ao custo de US$ 13 bilhões, valor dividido entre a Petrobrás (60%) e a PDVSA, a Petrobrás da Venezuela. A Petrobrás tomou empréstimo de US$ 9,89 bilhões junto ao BNDES, sozinha, porque Chavez, na bancarrota, não conseguiu apresentar garantias bancárias com prazo capaz de cobrir o contrato (20 anos). Agora, passados cinco anos, a PDVSA habilita-se junto ao BNDES para assumir seus 40%, mas ofereceu e o banco parece aceitar garantias com prazo de apenas 5 anos, coisa que o banco não aceita de nenhum empresário brasileiro e nem aceitou da Petrobrás. Trata-se de uma operação que o jornal O Estado de S. Paulo chama de "intrigante", para dizer o mínimo.





Elio Gaspari
O Ministério da Saúde precisa de uma UPP

Ministério da Saúde precisa de uma Unidade de Polícia Pacificadora. Logo num setor ao qual doutora Dilma prometeu prioridade, instalou-se uma briga digna do Complexo do Alemão. Facções petistas consumiram a primeira semana de governo trocando tiros com o comando do PMDB pelo domínio da área. No centro do conflito estão dois pontos, a Secretaria de Atenção à Saúde e a Fundação Nacional de Saúde.
Um cidadão desatento poderia supor que a divergência envolve concepções antagônicas de políticas públicas. Infelizmente, não é esse o caso. Envolve verbas, e só verbas. A SAS tem um cofre com R$ 45 bilhões. O da Funasa é de R$ 5 bilhões. Isso, para não se falar na briga pelos teclados reguladores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
O novo ministro, Alexandre Padilha, é um médico infectologista, com doutorado no comissariado petista.
Como secretário de Relações Institucionais do governo anterior, deixou no Congresso a memória de um negociador que opera o varejo com a musculatura de um estivador do atacado. O doutor Padilha assumiu com um discurso de nove mil palavras no qual consumiu 1.600 num blablablá de saudações.
Prometeu a criação de um desejável indicador para que se possa medir a eficiência dos serviços de saúde pública, mas ficou devendo os detalhes. Até porque disse coisas assim: "Acredito, inclusive, que este indicador não precise ser de níveis de gestão, ele pode ser de níveis de gestão." Ou ainda: "A contradição é que o SUS é ainda uma referência de modelo de pactuação e estruturação, de uma política pública interfederativa para outros sistemas." Madame Natasha teme que tenha surgido uma nova moléstia: o padilhês.
Se o comissário quer criar um indicador a partir do qual se possa avaliar a qualidade do serviço da sua pasta, poderia começar contando o que aconteceu com o Cartão SUS. Trata-se de uma herança maldita tucano-petista que torrou R$ 400 milhões prometendo um plástico para cada cidadão, capaz de conectá-lo ao seu histórico médico. Se quiser evitar a discussão do que se fez de errado, pode contar o que pretende fazer de certo.





Brasileiros venderam rins a rede de tráfico

Seis mil dólares pelo rim de um brasileiro. Foi o que um grupo de traficantes internacionais pagou a mais de cem brasileiros para venderem seus rins. Os órgãos eram então transportados até a África do Sul e de lá revendidos especialmente para pacientes de Israel, por até US$ 120 mil, 20 vezes mais do que os brasileiros recebiam. O esquema, que no Brasil foi desarticulado pela Polícia Federal na Operação Bisturi, em 2003, rendeu aos traficantes e ao hospital mais de US$ 4 milhões. A empresa que promovia o esquema já foi condenada a pagar mais de US$ 1 milhão em multas diante de um tribunal na África do Sul. Documentos do processo revelam uma rede internacional que retirou rins até mesmo de menores de idade no Brasil. O fenômeno preocupa tanto a Interpol quanto a Organização Mundial da Saúde, que insistem na necessidade de um tratado internacional para atacar o problema. Em geral, os criminosos têm um sistema bem organizado e se aproveitam da pobreza de certas regiões do planeta. Por enquanto, as organizações criminosas são apenas processadas em seus países, sem que toda a rede seja desmantelada. No caso que envolve o Brasil, os traficantes de órgãos são alvo de um processo legal na África do Sul e a empresa tida até então como uma das melhores administradoras de hospitais do continente - a Netcare - revelou que de fato atuou na compra e venda de rins. Documentos dos investigadores mostram que a rota do tráfico tinha origem no Brasil, mais precisamente na periferia do Recife. Entre 2001 e 2003, 109 brasileiros venderam rins ao grupo sul-africano. A maioria das cirurgias ocorreu no conceituado Hospital St. Augustine, em Durban. As confissões e confirmações do esquema ocorreram no fim de novembro, depois de sete anos de negativas por parte dos suspeitos. Os documentos mostram que os "doadores" assinavam declarações indicando que a pessoa que receberia o órgão era seu parente. Por dentro do esquema. Uma das principais testemunhas que determinaram as circunstâncias do tráfico foi Samuel Ziegler. Pelos autos do processo, ele foi uma das oito pessoas acusadas de envolvimento com o tráfico e confessou que era o tradutor no Brasil para a compra dos rins. Confessou as mais de 50 acusações contra ele e confirmou que sabia que o que fazia era ilegal. Quatro cirurgiões, um médico e dois outros ex-empregados da Netcare também são acusados de participação no esquema. Diante da confissão do tradutor, o diretor regional da Netcare, Ian Goble, admitiu o envolvimento do hospital. Mas, apesar da condenação, o tribunal de Durban aceitou trocar a pena de prisão dos envolvidos, entre eles o presidente da Netcare, Richard Friedland, pelo pagamento de US$ 1 milhão.





Deputado gaúcho quer tornar Ronaldinho "persona non grata" no Rio Grande do Sul

O deputado estadual Gilmar Sossella (PDT-RS) não gostou do desfecho das negociações entre Grêmio e Ronaldinho Gaúcho no sábado. Torcedor do clube, em seu site oficial Sossella disse que vai propor à Assembleia Legislativa que o jogador seja declarado "persona non grata" no Rio Grande do Sul. Segundo texto no site, a moção de repúdio deve ser protocolada nesta segunda-feira. "No Rio Grande do Sul, a palavra e o fio do bigode valem mais do que um contrato", diz Sossella. O deputado, reeleito para seu segundo mandato, ainda cita que "esta é a segunda vez que o jogador trai o clube", em referência à transferência de 2001, quando Ronaldinho, ainda com contrato vigente no Grêmio, assinou um acordo com o Paris Saint-Germain, da França. O caso acabou em batalha judicial. O presidente do Grêmio, Paulo Odone, que também é deputado estadual (PPS), anunciou oficialmente no sábado que desistiu da contratação de Ronaldinho.
Ronaldinho vai tomar uma chuva de moedinha quando vier jogar pelo Flamengo contra o Grêmio no Estádio Olímpico. Mas, em Porto Alegre, todo mundo acredita que ele não virá, que alegará algum tipo de lesão para escapar desse jogo.


PS: Na década de 80, a Assembléia Legislativa gaúcha, por iniciativa do então deputado estadual Cesar Schirmer, aprovou moção que declarava o presidente da República, José Sarney, "persona non grata" no Rio Grande do Sul.





Argentina liberta 500 escravos em campos de soja e milho nos pampas

As autoridades argentinas localizaram nos últimos dias pelo menos 500 camponeses que realizavam trabalho escravo em campos de soja e milho nos pampas da Argentina. A última operação judicial permitiu localizar cerca de 276 camponeses que realizavam trabalhos em condições de "redução à servidão" em três fazendas na província de Buenos Aires, o coração dos pampas, indicou o organismo estatal. Na maior das três fazendas, da empresa Status Ager, situada perto da região de Ramallo (195 quilômetros ao norte), cerca de 150 camponeses, incluindo nove adolescentes, "estavam reduzidos à servidão" e viviam em "casas feitas de placa de metal em pleno sol, sem instalações elétricas, nem elementos de segurança", detalhou o Ministério. Os outros 126 camponeses foram encontrados em outros dois campos dos pampas em condições semelhantes. Aos trabalhadores foi prometido um pagamento de 2.700 pesos (R$ 1.145,00) por hectare desflorado, mas, ao chegar nos campos, este valor caiu para 1.300 pesos (R$ 550,50), e a comida consumida era descontada deste valor, segundo os camponeses. A maioria dos trabalhadores são das províncias de Santiago del Estero e Tucumán.





Avião argentino com 900 quilos de cocaína é detido na Espanha

Três argentinos que levavam 900 quilos de cocaína em um avião de transporte médico foram presos no aeroporto El Prat, em Barcelona. Dois dos presos são filhos do ex-chefe da Força Aérea Argentina durante o governo de Carlos Menem (1989-1999), o falecido brigadeiro José Juliá. Um deles, Gustavo Juliá, é sócio de uma companhia aérea especializada em transportes de material médico. O co-piloto, Gastón Miret, é filho do brigadeiro José Miret, que foi secretário de Planejamento durante a última ditadura argentina (1976-1983). O nome do terceiro detido, irmão de Juliá, não foi divulgado.





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