terça-feira, 30 de setembro de 2014


Vice da Camargo Corrêa era contato de Youssef, afirma réu da Lava Jato
Em novo depoimento, Carlos Costa, que atuava como laranja do doleiro, revela que contratos de serviço da GFD eram na verdade pagamento de comissões

O advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, réu na Operação Lava Jato e laranja do doleiro Alberto Youssef, declarou à Justiça Federal, na segunda-feira, 29 de setembro, que os contatos do doleiro na Construtora Camargo Correa eram os executivos Eduardo Leite – vice presidente da empreiteira – e João Auler, membro do conselho de administração.
O advogado foi ouvido como testemunha em uma das ações contra Youssef – personagem chave da investigação da Polícia Federal sobre esquema de lavagem de dinheiro e corrupção que pode ter alcançado R$ 10 bilhões. Carlos Costa decidiu colaborar com a Justiça, por isso foi colocado em liberdade.
O depoimento confirma as suspeitas da PF que já havia interceptado trocas de mensagens entre Youssef, o empresário Márcio Bonilho,  e uma outra pessoa que utilizava o apelido “Leitoso”, que seria um executivo da Camargo Corrêa.  A própria assessoria da empreiteira confirmou que Eduardo Leite é o vice-presidente da empresa.
No depoimento desta segunda-feira (29.set.2014), Carlos Costa voltou a mencionar ainda que as prestações de serviço previstas nos contratos da GFD não eram realizadas e, pela primeira vez, admitiu que eram relativos a comissões das negociações de Alberto Youssef com empreiteiras. “O que me disse o Alberto (Youssef) é que era um comissionamento sobre a negociação de venda de tubos da Sanko para a Camargo Corrêa. Não sei precisar qual o porcentual, não participei da negociação. Minha função era só como procurador da empresa (GFD)”, afirmou o advogado ao ser questionado sobre um contrato da empresa Sanko, cujo diretor comercial era o Márcio Bonilho, com a GFD Investimentos.

VEJA A ÍNTEGRA DO DEPOIMENTO DE CARLOS COSTA À JUSTIÇA (a partir de 16 min ele cita Eduardo Leite)


As empresas do Grupo Sanko (Sanko Sider e Sanko Serviços) são citadas nas investigações do MPF sobre os contratos para as obras da refinaria de Abreu e Lima da Petrobrás, em Pernambuco. O Consórcio CNCC (Consórcio Nacional Camargo Corrêa) foi o vencedor de uma das licitações das obras da refinaria em 2008 e contratou a Sanko Sider, que vendeu tubulações, flanges e conexões para a obra, e a Sanko Serviços.
As empresas do Grupo Sanko, então, firmaram contratos com a MO Consultoria e a GFD Investimentos empresas controladas por Youssef e colocadas em nome de “pessoas interpostas”. A MO era empresa de fachada, enquanto a GFD seria utilizada para ocultação do patrimônio de Youssef. No depoimento desta segunda-feira (29.set.2014), Carlos afirmou que um contrato de prestação de serviços da GFD com a Sanko nunca foi cumprido. “Sim era um contrato de consultoria financeira e não foi prestado esse serviço. Era comissionamento, mas a GFD não podia emitir nota de comissionamento porque no contrato social da GFD não prevê esse tipo de prestação de serviço (pagamento de comissões)”, explicou o advogado.
Segundo a denúncia do MPF, com base na quebra do sigilo fiscal das empresas, a Sanko Sider e a Sanko Serviços receberam R$ 113 milhões do CNCC e da Camargo Corrêa entre 2009 e 2013. Parte deste valor, de acordo com a Procuradoria, incluía contratos superfaturados e desvio de dinheiro de recursos da Petrobrás que seriam utilizados para pagamento de propina a políticos.  Só entre 2009 e 2013 a Sanko Sider e a Sanko Serviços repassaram R$ 26 milhões para a MO Consultoria provenientes de contratos com o CNCC.
Neste mesmo período (2009 a 2013), as empresas do grupo Sanko repassaram, de acordo com o MPF,  R$ 26 milhões para a MO Consultoria provenientes de contratos com o CNCC.

COM A PALAVRA, A CNCC E A CAMARGO CORRÊA
Procurados pela reportagem, o Consórcio CNCC e a empreiteira Camargo Corrêa divulgaram nota negando ter relacionamento comercial com Youssef ou qualquer uma de suas empresas.
Abaixo a íntegra da nota:
“O Consórcio CNCC e a Camargo Corrêa jamais mantiveram qualquer tipo de relacionamento comercial com Alberto Youssef, nem com qualquer uma de suas empresas, e não podem responder por pagamentos de terceiros. A Sanko Sider, fornecedor cadastrado na Petrobrás há mais de 10 anos, foi contratado pelo CNCC por concorrência de menor preço para o fornecimento de mais 200 mil itens de tubulação e serviços nas obras à cargo do Consórcio CNCC na Refinaria Abreu e Lima, que já foram entregues e devidamente prestados após comprovação pela Petrobrás.”

COM A PALAVRA, O GRUPO SANKO
Veja a íntegra da nota divulgada pelo Grupo Sanko:
“É necessário enfatizar que, desde o início, e em todas nossas manifestações, estamos afirmando exatamente isso que agora aparece como “revelação”. Atingidos de forma brutal, buscamos demonstrar de forma transparente nossa idoneidade construída com trabalho e dedicação ao longo de 18 anos, reconhecidos pelo mercado:

1 – Alberto Yousseff foi representante de vendas da Sanko-Sider (todo o trabalho de vendas da Sanko-Sider é terceirizado). Ele fez as vendas; recebeu as comissões de praxe no mercado, tudo mediante notas fiscais contabilizadas e tributadas, com pagamentos via sistema bancário às empresas por ele indicadas. Conforme as investigações vêm confirmando, as informações prestadas pelo Grupo Sanko são absolutamente corretas. E as operações seguem as normas legais vigentes.

2 – Ambas indicadas por Yousseff, a MO foi contratada para a execução de trabalhos técnicos; e a GFD, para representação comercial. Repetimos: a Sanko-Sider não tem equipe própria de vendas, e todo o trabalho do setor é terceirizado.

3 – Estas informações foram por nós prestadas às autoridades há tempos, tão logo se iniciaram as averiguações. Embora sem qualquer solicitação formal, entregamos às autoridades todos os documentos relativos ao relacionamento entre o prestador de serviços e as duas empresas que formam o Grupo Sanko.”


A lista dos perigos

Arnaldo  Jabor
O que acontecerá com o Brasil se a Dilma for eleita?

Aqui vai a lista:

A catástrofe anunciada vai chegar pelo desejo teimoso de governar um país capitalista com métodos "socialistas". Os "meios" errados nos levarão a "fins" errados. Como não haverá outra "reeleição", o PT no governo vai adotar medidas bolivarianas tropicais, na "linha justa" da Venezuela, Argentina e outros.

Dilma já diz que vai controlar a mídia, economicamente, como faz a Cristina na Argentina. Quando o programa do PT diz: "Combater o monopólio dos meios eletrônicos de informação, cultura e entretenimento", leia-se, como um velho petista deixou escapar: "Eliminar o esterco da cultura internacional e a 'irresponsabilidade' da mídia conservadora". Poderão, enfim, pôr em prática a velha frase de Stalin: "As ideias são mais poderosas do que as armas. Nós não permitimos que nossos inimigos tenham armas, porque deveríamos permitir que tenham ideias?".

As agências reguladoras serão mais esvaziadas do que já foram, para o governo PT ter mais controle sobre a vida do País. Também para "controlar", serão criados os "conselhos" de consulta direta à população, disfarce de "sovietes" como na Rússia de Stalin.

O inútil Mercosul continuará dominado pela ideologia bolivariana e "cristiniana". Continuaremos a evitar acordos bilaterais, a não ser com países irrelevantes (do "terceiro mundo") como tarefa para o emasculado Itamaraty, hoje controlado pelo assessor internacional de Dilma, Marco Aurélio Garcia. Ou seja, continuaremos a ser um "anão diplomático" irrelevante, como muito acertadamente nos apelidou o Ministério do Exterior de Israel.

Continuaremos a "defender" o Estado Islâmico e outros terroristas do "terceiro mundo", porque afinal eles são contra os Estados Unidos, "inimigo principal" dos bolcheviques que amavam o Bush e tratam o grande Obama como um "neguinho pernóstico".

Os governos estaduais de oposição serão boicotados sistematicamente, receberão poucas verbas, como aconteceu em S. Paulo.

Junto ao "patrimonialismo de Estado", os velhos caciques do "patrimonialismo privado" ficarão babando de felicidade, como Sarney, Renan "et caterva" voltarão de mãos dadas com Dilma e sua turminha de brizolistas e bolcheviques.

Os gastos públicos jamais serão cortados, e aumentarão muito, como já formulou a presidenta.

O Banco Central vai virar um tamborete usado pela Dilma, como ela também já declarou: "Como deixar independente o BC?".

A Inflação vai continuar crescendo, pois eles não ligam para a "inflação neoliberal".

Quanto aos crimes de corrupção e até a morte de Celso Daniel serão ignorados, pois, como afirma o PT, são "meias-verdades e mentiras, sobre supostos crimes sem comprovação...".

Em vez de necessárias privatizações ou "concessões", a tendência é de reestatização do que puderem. A sociedade e os empresários que constroem o País continuarão a ser olhados como suspeitos.

Manipularão as contas públicas com o descaro de "revolucionários" - em 2015, as contas vão explodir. Mas ela vai nomear outro "pau-mandado" como o Mantega. Aguardem.

Nenhuma reforma será feita no Estado infestado de petistas, que criarão normas e macetes para continuar nas boquinhas para sempre.

A reforma da Previdência não existirá, pois, segundo o PT, "ela não é necessária, pois exageram muito sobre sua crise", não havendo nenhum "rombo" no orçamento. Só de 52 bilhões.

A Lei de Responsabilidade Fiscal será desmoralizada por medidas atenuantes - prefeitos e governadores têm direito de gastar mais do que arrecadam, porque a corrupção não pode ficar à mercê de regras da época "neoliberal". Da reforma política e tributária ninguém cogita.

Nossa maior doença - o Estado canceroso - será ignorada e terá uma recaída talvez fatal; mas, se voltar a inflação, tudo bem, pois, segundo eles, isso não é um grande problema na política de "desenvolvimento".

Certas leis "chatas" serão ignoradas, como a lei que proíbe reforma agrária em terras invadidas ilegalmente, que já foi esquecida de propósito.

Aliás, a evidente tolerância com os ataques do MST (o Stedile já declarou que se Dilma não vencer, "vamos fazer uma guerra") mostra que, além de financiá-los, este governo quer mantê-los unidos e fiéis, como uma espécie de "guarda pretoriana", como a guarda revolucionária dos "aiatolás" do Irã.

A arrogância e cobiça do PT aumentarão. As 30 mil boquinhas de "militantes" dentro do Estado vão crescer, pois consideram a vitória uma "tomada de poder". Se Dilma for eleita, teremos um governo de vingança contra a oposição, que ousou contestá-la. Haverá o triunfo "existencial" dos comunas livres para agir e, como eles não sabem fazer nada, tudo farão para avacalhar o sistema capitalista no País, em nome de uma revolução imaginária. As bestas ficarão inteligentes, os incompetentes ficarão mais autoconfiantes na fabricação de desastres. Os corruptos da Petrobrás, do próprio TCU, das inúmeras ONGs falsas vão comemorar. Ninguém será punido - Joaquim Barbosa foi uma nuvem passageira.

Nesta eleição, não se trata apenas de substituir um nome por outro. Não é Fla x Flu. Não. O grave é que tramam uma mutação dentro do Estado democrático. Para isso, topam tudo: calúnias, números mentirosos, alianças com a direita mais maléfica.

E, claro, eles têm seus exércitos de eleitores: os homens e as mulheres pobres do País que não puderam estudar, que não leem jornais, que não sabem nada. Parafraseando alguém (Stalin ou Hitler?) - "que sorte para os ditadores (ou populistas) que os homens não pensem".

Toda sua propaganda até agora se acomodou à compreensão dos menos inteligentes: "Quanto maior a mentira, maior é a chance de ela ser acreditada" - esta é do velho nazista.

O programa do PT é um plano de guerra. Essa gente não larga o osso. Eles odeiam a democracia e se consideram os "sujeitos", os agentes heroicos da História. Nós somos, como eles falam, a "massa atrasada".

É isso aí. Tenho vontade de registrar este texto em cartório, para depois mostrar aos eleitores da Dilma. Se ela for eleita.


Perdas inegáveis

Dora  Kramer
A menos que a presidente Dilma Rousseff saia em disparada nas últimas pesquisas antes do primeiro turno, esta agora terá sido a eleição em que o candidato com o maior índice de intenções de voto apresenta a menor vantagem em relação ao principal adversário.
O instituto Datafolha levantou os dados dos desempenhos dos candidatos de 1994 para cá, comparando as pesquisas feitas a uma semana do dia da primeira votação. Fernando Henrique Cardoso, há 20 anos, tinha 47% contra 23% de Luiz Inácio da Silva, mais que o dobro; venceu na primeira rodada por 54% a 27%.
Quatro anos depois, a pesquisa registrava proporção semelhante: 46% a 25%; FHC ganhou no primeiro turno por 53% a 31%. A partir de 2002 as disputas ficariam mais difíceis e todas seriam decididas no segundo turno. Naquele ano, Lula aparecia na pesquisa com 45% contra 21% de José Serra, 24 pontos de diferença; na simulação de segundo turno, a distância era de 22 pontos (57% a 35%). O resultado, Lula 61% e Serra 38%.
Em 2006, as pesquisas registravam uma redução da vantagem no primeiro turno com 49% para Lula e 31% para Geraldo Alckmin, 18 pontos. A simulação do segundo apontava a recuperação do petista (54% a 39%, diferença de 15 pontos) confirmada com folga pelo resultado das urnas, 60% Lula e 38% Alckmin.
Na eleição seguinte, Lula no auge da popularidade, governo com aprovação altíssima, a candidata Dilma Rousseff aparecia nas pesquisas uma semana antes da eleição com 46% contra 28% de José Serra; 18 pontos de diferença. Na simulação da segunda etapa a distância entre os dois era de 13 pontos (52% a 39%). Dilma ganhou por 12:56% a 44%.
As pesquisas desta semana é que vão permitir a conferência precisa da situação atual comparativamente aos dados acima. Mas, considerando os números mais recentes a margem é consideravelmente mais estreita: no primeiro turno Dilma tem vantagem de 13 pontos em relação a Marina (40% a 27%) e no segundo, inéditos 4 (47% a 43%).
A menos que as pesquisas finais que começam a sair hoje mostrem que o Brasil resolveu cair de amores pela presidente Dilma Rousseff, os números mostram como nunca foi tão estreita a margem de manobra para o governo do PT.
Está aí em parte explicado o recurso aos ataques ferozes à segunda colocada, arma em geral evitada por candidatos em situação razoavelmente confortável nas disputas, dado o alto risco de haver uma espécie de efeito bumerangue. Não havia outro jeito. Ou a campanha abatia Marina Silva ou entregava de bandeja a Presidência.
Mesmo com a perda já significativa de pontos da candidata do PSB, principalmente nos maiores colégios eleitorais, o ambiente no PT está longe de ser de serenidade e bom humor. No comitê central, em Brasília, a atmosfera está mais para manifestações de junho que para Copa do Mundo.
Na verdade o clima é tenso em todas as campanhas. O PSB teme o derretimento de última hora e no campo dos tucanos o inconformismo é com a confirmação da eliminação precoce pela primeira vez em 20 anos.
De um lado governar com muito menos, de outros fazer oposição com menos ainda.

Corpo mole
Compreende-se que o PSDB tenha investido pesado no Sudeste a fim de tentar tirar nos maiores colégios eleitorais a diferença da vantagem que o PT tem o Nordeste. O que não é compreensível é o desempenho de nanico que o partido apresenta na região.
Em redutos de aliados fortes. No Ceará, onde Tasso Jereissati será eleito, o senador Aécio Neves tem 7% na última pesquisa do Datafolha. No Rio Grande do Norte, terra de Agripino Maia, coordenador da campanha, o Ibope registra 11% para Aécio. Mesmo índice na Paraíba, onde o senador tucano Cássio Cunha Lima está em primeiro lugar para governador.
Os mesmos 11% o candidato do PSDB tem na Bahia, a despeito de o candidato ao governo Paulo Souto (DEM), seu aliado, estar cotado para vencer no primeiro turno.


Yousseff envolve grandes empresas em esquema de corrupção

Além de fornecedores da Petrobras, o doleiro Alberto Yousseff denunciou outras grandes empresas que estariam envolvidas em um esquema bilionário de lavagem de dinheiro. Preso pela Polícia Federal, ele fornece detalhes da corrupção em troca de possível redução de pena.





A disputa eleitoral nos 26 Estados e no Distrito Federal


Índice Band: Dilma tem 15 pontos de vantagem

A presidente Dilma Rousseff (PT) abriu 15 pontos de vantagem sobre Marina Silva (PSB) no primeiro turno a menos de uma semana das eleições. É o que mostra o Índice Band, coordenado pelo cientista político Antonio Lavareda, e que transforma os votos das pesquisas em votos válidos. Segundo o Índice Band, em 19 de setembro Dilma tinha 43% e agora aparece com 45% dos votos válidos. Marina tinha 35% e caiu para 30%. Aécio passou de 20% para 21%.



Pesquisa mostra aumento da vantagem de Dilma no 2º turno

Uma nova pesquisa CNT/MDA mostra Dilma Rousseff (PT) mais folgada na liderança, e um acirramento na disputa pelo segundo lugar. Marina Silva (PSB) segue em queda e Aécio Neves (PSDB) em recuperação. De acordo com a pesquisa, Dilma tinha 36% das intenções de voto na semana passada (23/09) e subiu para 40,4%. Marina caiu de 27,4% para 25,2%. Aécio subiu de 17,6% para 19,8%.



Manifestantes desafiam polícia e mantêm ocupação em Hong Kong

Após uma noite de confrontos, manifestantes pró-democracia continuam bloqueando as ruas de Hong Kong, fechando seu distrito financeiro e ignorando apelos para deixarem o local.
As manifestações se espalharam para outras regiões, incluindo a área comercial e um bairro residencial.
Os ativistas se opõem ao anúncio do governo chinês, feito no mês passado, sobre as eleições de 2017. Os candidatos terão que ser pré-aprovados pelo governo.
Ativistas se mobilizaram contra a medida, o que resultou nos confrontos deste fim de semana.
A polícia de choque se retirou na segunda-feira após confrontos durante a noite. Eles usaram cassetetes e dispararam bombas de gás lacrimogêneo para tentar dispersar a multidão.
A China alertou outros países a não apoiar as "manifestações ilegais".
O Ministério das Relações Exteriores disse que se opõe a qualquer interferência externa nos assuntos internos da China.
Os manifestantes são estudantes e simpatizantes do Occupy Central, um movimento pró-democracia.
No domingo (28.set.2014), dezenas de pessoas foram presas nas ruas de Hong Kong.


Em uma coletiva de imprensa na segunda-feira (29.set.2014), Cheung Tak-Keung, representante da polícia, disse que foi usada "força mínima" na repressão do movimento.
Ele disse que 41 pessoas ficaram feridas nos últimos três dias, incluindo policiais.
Os manifestantes permaneceram acampados em torno da sede do governo, dormindo no chão. Barricadas foram montadas.
Cerca de 3.000 pessoas também bloquearam a estrada principal em frente à baía de Mongkok, na península de Kowloon, enquanto cerca de 1.000 enfrentaram a polícia na zona comercial de Causeway Bay, a leste do centro de Hong Kong.
O governo de Hong Kong pediu que os manifestantes mantivessem a calma e deixassem o local em paz.
Mas as escolas em três distritos foram fechadas e a cidade continua conturbada, com várias vias principais bloqueadas.



Olívio Dutra e a paternidade de dois filhos uruguaios não reconhecidos: Uma questão privada ou de Interesse público ?

Ines  Graciela  e  Olívio  Dutra

Em plena primavera, o jornalista Vitor Vieira revelou que o petista Olívio Dutra, candidato do partido ao Senado Federal pelo Rio Grande do Sul, teve dois filhos com uma tupamara uruguaia que vivia em Porto Alegre no início da década de 80, e não registrou essas crianças até hoje.
Em qualquer país civilizado do mundo essa notícia teria grande repercussão. Mas, no Rio Grande do Sul, foi recebida com um retumbante silêncio, especialmente dos veículos de comunicação da chamada grande imprensa, que se nega a tratar do assunto.
Um político, recentemente, parou na rua o jornalista Vitor Vieira, para dizer, de maneira brusca e sem qualquer sofisticação: "Por que estás mexendo nesse assunto? É uma questão da vida privada. Além disso, seria pior se ele fosse p...".
O questionamento do político já deixa evidente o que vai na cabeça ao menos de uma significativa parcela da população gaúcha. Mas, o assunto não é tão simples assim. A paternidade não assumida de Olívio Dutra dos jovens uruguaios Ana Ines Abelenda Buzo e Rodrigo Alberto Abelenda Buzo não se circunscreve a assunto exclusivo da esfera privada dos envolvidos. Esse assunto envolve uma figura conhecida da política do Rio Grande do Sul e do País. Envolve político que concorreu ao governo do Estado, à prefeitura, que foi deputado constituinte, governador do Estado e ministro de Estado, e sempre escondeu do público esta parte de sua vida, mantida secreta. Já como figura pública, o que acontece com sua vida é de interesse público. Mas, especialmente o assunto é de interesse público uma vez que o petista Olívio Dutra, em atos de campanha, como no debate ocorrido na rádio e televisão Bandeirantes, referiu expressamente o seu envolvimento na defesa das políticas de proteção da mulher e da criança. Ora, assim sendo, o que faz o petista Olívio Dutra nesse campo é de altíssimo interesse público. Quer dizer que é permitido a um suposto defensor de políticas de proteção da mulher e das crianças negar a uma mulher, com a qual teve tórrido envolvimento, o direito de registro de um filho?  Quer dizer que o suposto defensor de políticas de proteção da mulher e das crianças tem um alvará para negar a paternidade a uma menina e um menino por que é petista? Que tipo de coerência é essa? O eleitor tem todo o direito de examinar o caráter de um político que pretende representá-lo, como o petista Olívio Dutra, no Senado Federal. E mais, o eleitor tem o direito de saber o que tem a dizer sobre o assunto a figura do político Olívio Dutra. Por esse motivo, o jornalista Vitor Vieira, encaminhou perguntas sobre o caso ao petista Olívio Dutra por meio da sua página de campanha no Facebook. As perguntas feitas não foram respondidas até hoje.

As perguntas enviadas no dia 18 de setembro e não respondidas até agora, foram as seguintes:
"Sr. Olívio Dutra: como jornalista e editor do site/blog  Videversus, solicito sua atenção para os questionamentos a seguir:
1) no início da década de 80, o Sr. conheceu em Porto Alegre a militante tupamara uruguaia Ines Graciela Abelenda Buzo?
2) o Sr. entreteve uma relação amorosa com a tupamara uruguaia Ines Graciela Abelenda Buzo?
3) como resultado dessa relação amorosa nasceu no dia 5 de abril de 1983 a menina Ana Ines Abelenda Buzo, registrada no dia 25 de abril, no cartório da 4ª zona, localizada na Av. Oswaldo Aranha, sem registro de paternidade;
4) no dia 9 de outubro de 1984, nasceu Rodrigo Alberto Abelenda Buzo, também fruto dessa relação, registrado apenas pela sua mãe no dia 18 de outubro de 1984, no mesmo 4º Cartório de Registro Civil da 4ª Zona, em Porto Alegre, localizado na Avenida Oswaldo Aranha;
5) por que o Sr. não registrou a paternidade destas duas crianças?
No aguardo de suas informações.
Att. jornalista Vitor Vieira".
Rodrigo Alberto e Ana Inês
os filhos uruguaios de Olívio
Nesse mesmo dia 18 de setembro, o jornalista Vitor Vieira enviou questionamento também para a jovem Ana Abelenda, com o seguinte teor:
"Prezada Ana, sou jornalista no Rio Grande do Sul e recebi informações e documentos que dizem respeito à sua vida. Você nasceu em Porto Alegre em 1983? Você foi registrada no cartório da Av. Oswaldo Aranha, na capital gaúcha, 25 dias após o seu nascimento, sem nome de pai. Você tem idéia de quem seja o seu pai? Vejo que você trabalha em uma organização internacional de direitos da mulher. Não é um desses direitos o de ter reconhecida a sua paternidade? Abs".
Também neste caso não houve resposta.
Igualmente no mesmo dia 18 de setembro foi enviado um questionamento ao jovem Rodrigo Alberto Abelenda Buzo, com o seguinte teor:
"Prezado Rodrigo, sou jornalista no Rio Grande do Sul. Preciso de informações sobre você. Seu nascimento ocorreu em Porto Alegre, em 1984? Você é filho de Ines Abelenda? Sua certidão de nascimento consta sem pai? Você sabe quem é seu pai? Abs".
Também no houve resposta.
E, por último, foi enviado no mesmo dia uma mensagem à mãe dos jovens, Ines Graciela Abelenda Buzo, com o seguinte teor:
"Boa noite, Sra. Ines Abelenda. Sou jornalista no Rio Grande do Sul e recebi informações que envolvem a Sra. e seus filhos. Por isso pergunto:
1) a Sra. morou a partir de 1982 em Porto Alegre?
2) seus filhos nasceram em Porto Alegre, em 1983 e 1984, primeiro a menina e depois o menino?
3) seus filhos permanecem até hoje como filhos de pai desconhecido?"
Ines Graciela Abelenda Buzo
Ninguém deu retorno aos questionamentos. Curiosamente, a filha não reconhecida por Olívio Dutra, a uruguaia Ana Ines Abelenda Buzo, trabalha em uma ong internacional, chamada AWID, dedicada a políticas de desenvolvimento dos direitos da mulher. E esteve recentemente, em Acra (Gana), na África, desenvolvendo trabalho nesse sentido. Mas, ela própria não desenvolveu o seu direito de reconhecimento de paternidade até hoje, segue sendo alguém sem pai, sem nome de pai, alguém com história pessoal incompleta, alguém com um pedaço de passado desconhecido.

Os políticos de esquerda costumam se jogar com grande afã nos projetos de recuperação do passado, de descoberta de filhos roubados por ditaduras, em comissões da verdade e situações similares. Mas, não buscam esclarecer sobre os próprios colegas que tem filhos que não reconhecem. Esse é o caráter. Não deixa de ser uma tremenda ironia, no mínimo.
E jornalistas na grande imprensa que se recusam a tratar do assunto nada mais revelam do que seu atrelamento petista. Como se vê, o assunto não é de só de interesse privado. O assunto é, e muito, de interesse público. Alto interesse público. Afinal, é totalmente duvidoso que alguém esteja disposto a votar em outro alguém desprovido de caráter.


O mistério sobre Olívio Dutra

Luis  Milman
As recentes revelações sobre a existência de uma família oculta no Uruguai, do candidato ao senado Olívio Dutra, feitas pelo jornalista Vitor Vieira, têm gerado uma velada, mas, ainda assim, vasta repercussão. O assunto tornou-se obrigatório entre a companheirada petista e seus aliados de campanha, todos temerosos de que algum concorrente do Galo Missioneiro à vaga ao senado desafiasse o ex-governador a explicar como conseguiu esconder do público, por mais de três décadas, os filhos Ana Inês e Rodrigo Alberto, que teve, na moita, com a uruguaia e ex-tupamara Inês Graciela Abelenda Buzo, em 1983 e 1984, em Porto Alegre. Todos vivem, desde 1985, em Montevidéu. Ninguém sabe como nem porque Olívio Dutra sustentou esta prole na clandestinidade por tanto tempo. Nem que tipo de relação ele mantém com os filhos não-reconhecidos até hoje, se é que alguma relação existe. O que se sabe é que o segredo, compartilhado durante anos apenas pelo círculo petista mais fechado, esfarelou-se. E que o ex-governador continua a fazer de tudo para manter o assunto encoberto por um véu de silêncio. Certamente Olívio não quer ou não pode enfrentar o tema que, para ele, tornou-se uma fantasmagoria. Afinal, como alguém que, ao longo de toda a vida pública, sempre se apresentou como pai de apenas dois filhos, conseguiria subitamente admitir que possui, na verdade, mais dois e, mais grave, que os manteve incógnitos, sabe-se lá de que forma, em outro país por tanto tempo? Descontados aqueles que justificam quaisquer desvios de caráter com argumentos desprezíveis, é difícil encontrar alguém que considere aceitável que um homem deixe de reconhecer os próprios filhos quando sabe que são seus. O caso é mais grave ainda quando se trata de um ex-governador e, agora, pretendente ao Senado que, há apenas poucos dias, declarou preocupar-se radicalmente com os direitos das mulheres. Olívio esqueceu, ao que parece, de sua própria história com Inês Graciela ou da história pessoal da filha Ana Inês que, ao longo de seus 31 anos, não pode dizer quem é seu pai. Os detalhes sobre a relação que Olívio manteve com a mãe de seus filhos uruguaios ao longo do tempo não são plenamente conhecidos, mas já se descobriu que ela enviava emissários a Porto Alegre, secreta e periodicamente, ao longo dos anos, para tratar de questões relevantes para família oculta. Ou seja, Inês Graciela sempre manteve contato com Olívio e, por alguma razão, aceitou a clandestinidade para seus filhos. Mesmo depois de revelada a história, o senhor Olívio Dutra fechou-se em copas. Ele nem sequer respondeu às perguntas, que elucidariam o assunto, enviadas há mais de dez dias para sua página de campanha no Facebook. Sua assessoria pessoal optou por abafar o caso e recomendar que Olivio Dutra assumisse uma postura escapista. Ou seja, que se fingisse de morto, pelo menos até o dia das eleições, para salvar sua candidatura de uma exposição ainda mais danosa à imagem de homem público íntegro que ele sempre procurou projetar. Um verdadeiro catão gaudério, só que, agora, com o risco de tornar-se desnudo, como as notícias dos últimos dias revelaram. Por ora, apesar de ser um dos temas mais discutidos nas redes sociais e junto aos partidos políticos, o silêncio de Olívio Dutra tem sido respaldado pela mídia tradicional, que finge ignorar o tema, evitando, assim, desfiar relações enoveladas e meter-se se no centro de um potencial escândalo sobre o candidato petista às vésperas das eleições. A mídia tradicional chama esta postura de cautelosa. Mas, em verdade, trata-se da tática do acobertamento de fatos de matriz privada que, se trazidos a público, poderiam causar danos não apenas ao candidato petista, mas também e potencialmente a seus concorrentes. Em outras palavras, cautela excessiva se transforma em covardia e complacência diante de uma notícia politicamente bombástica. Diga-se, aliás, que o PT de Dutra tem, há bastante tempo, esse efeito sobre a grande mídia, especialmente a regional. As conhecidas diatribes de seus integrantes, inclusive as de Olívio, na época em que era governador, foram sempre objeto de abafa inicial e ceticismo, por mais que se avolumassem evidências de tramoias no tempo de seu governo. Basta lembrar a época da CPI da Segurança Pública. Foi necessário que a gravação da voz do fiel escudeiro de Olívio, Diógenes de Oliveira, idealizador e CEO do Clube da Cidadania, ecoasse em meio a deputados atônitos, solicitando que o Chefe de Polícia de então aliviasse com os bicheiros do Rio Grande para, somente assim, se abrirem as comportas da imprensa local para a enxurrada de denúncias sobre as relações do governo do petista com a jogatina.  O caso envolvendo o ex-governador numa sombria relação com uma ex-militante tupamara, no início dos anos 80, da qual resultaram dois filhos, tem merecido tratamento idêntico. Ou seja: silêncio, ainda que, à boca pequena, a história corra solta. A grande mídia fez do affair da segunda família de Olívio um tabu, pelo menos até aqui. Tocar no assunto, dizem nos bastidores da imprensa, seria invadir a privacidade do ex-prefeito de Porto Alegre e poderia ser entendido como favorecimento a outras candidaturas. Nada mais falso. Todos têm o direito de conhecer aspectos opacos da vida particular de alguém que postula um cargo eletivo, ainda mais quando esses aspectos foram mantidos em segredo máximo por décadas. Ninguém ainda questionou o ex-governador sobre as consequências de seu caso com  a ex-tupamara, que são, sem dúvida, de interesse público.  Afinal, um político  não tem apenas o dever de parecer probo e sincero, mas de provar que de fato o é, quando confrontado com obscuridades da sua vida. Especialmente quando fatos revelados apenas pela imprensa combativa desmentem suas afirmativas sobre a família e os direitos das mulheres, entre eles o de terem seus filhos reconhecidos pelos pais. Quem se diz transparente não pode afirmar, durante décadas, que possui apenas uma família, quando, na realidade tem uma segunda, paralela e sigilosa. Afinal de contas, é impositivo que se saiba quais são as razões do hoje candidato petista ao senado para esconder dos gaúchos seus herdeiros uruguaios por tanto tempo. Assim, mais do que nunca, aguardam-se as explicações do senhor Olívio Dutra.

Rodrigo Alberto e Ana Inês
os filhos uruguaios de Olívio Dutra

segunda-feira, 29 de setembro de 2014


Dinheiro sujo da Petrobras irrigou campanha eleitoral de Dilma em 2010


A reportagem da revista Veja - O Núcleo Atômico da Delação - só não se transformou na bala de prata capaz de abater a candidata Dilma Roussef porque a publicação da Abril mediu ganhos e perdas, concluindo por não dar o relevo que a matéria merecia: uma capa inteira.
Veja limitou-se a uma chamadinha de alto de página.
Assim mesmo, as oito páginas dedicadas ao assunto, não deixam dúvida sobre o material altamente explosivo que ameaça Dilma, porque a denúncia de Paulo Roberto Costa é formal: ele entregou R$ 2 milhões para que o ex-ministro Palocci fosse socorrer a campanha de 2010.
É caso puro e simples de julgamento político.
O caso não ficará por aí, porque ainda esta semana o doleiro Alberto Youssef voltará ao assunto, para confirmar a informação e dizer quem foi a empreiteira corruptora e em que paraíso fiscal enfiou o dinheiro.



Campanha de Dilma em 2010 pediu dinheiro a Costa, diz revista


O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou ter recebido um pedido de contribuição de R$ 2 milhões para a campanha de Dilma Rousseff à Presidência em 2010, segundo publicou a revista "Veja".
O pedido foi feito, segundo a revista, pelo ex-ministro Antonio Palocci, que era um dos coordenadores da campanha de Dilma. A informação foi dada, diz a reportagem, durante o depoimento no processo de delação premiada que Costa fez no fim de agosto, com a Justiça do Paraná, para tentar reduzir sua eventual pena em caso de condenação no caso da Operação Lava Jato.
Deflagrada em março pela Polícia Federal, a operação descobriu um esquema de desvio de dinheiro da Petrobras que envolveu Costa, doleiros e fornecedores da estatal. Segundo a PF, uma "organização criminosa" atuava dentro da empresa.
Em viagem ao exterior, procurado para esta reportagem, Palocci se manifestou por meio de seu advogado, José Roberto Batochio. O petista diz conhecer Paulo Roberto Costa, por causa do cargo que o ex-diretor ocupou na Petrobras, mas "nega veementemente e repudia essa manobra eleitoreira".
À "Veja", Palocci disse que não cuidava de aspectos financeiros da campanha. Ex-ministro da Fazenda, ele não era exatamente um tesoureiro, mas tinha contatos frequentes com o empresariado para angariar apoio à campanha.
Segundo a revista, Costa não detalhou se a contribuição acabou sendo feita e por quem, mas disse que Palocci não o procurou mais depois disso. A reportagem também afirma que o pedido foi encaminhado ao doleiro Alberto Youssef, também preso na Lava Jato e que negocia delação premiada. De acordo com a publicação, Costa relatou que os R$ 2 milhões sairiam da "cota do PP" na Petrobras.
Youssef era o operador financeiro do esquema bilionário que, segundo apontam as investigações, envolvia políticos e pode ter alimentado caixa dois de partidos. O doleiro seria o responsável por lavar dinheiro e repassar os recursos desviados a políticos.
Em reportagem anterior, a revista "Veja" indicou ainda que Costa já havia citado os nomes de parlamentares que recebiam propina do esquema, entre os quais o do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-SP), e do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Todos negam com veemência que tivessem recebido recursos do doleiro.
Costa, que ficou oito anos à frente da diretoria de Abastecimento da estatal e decidiu contar o que sabe para deixar a prisão, deve ser solto a qualquer momento e usará tornozeleira eletrônica em prisão domiciliar no Rio de Janeiro, segundo apurou-se. A saída de Costa da prisão demonstra que as informações de sua delação premiada se confirmam até este momento.



Ao contrário do que diz, Marina votou contra a CPMF

Marina  Silva
Ao contrário do que já afirmou publicamente, a candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva, não votou a favor da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Registros do site do Senado (veja lista abaixo) mostram que Marina, então no PT, ficou contra o tributo em 1995 e em 1999. Em 2002 não registrou seu voto. O apoio à CPMF tem sido utilizado por ela como parte do discurso de que não fez “oposição por oposição” no Congresso Nacional e que espera a mesma postura dos parlamentares, caso seja eleita.
O registro das principais votações durante o governo do PSDB mostram uma atuação típica de oposição. Em 1997, Marina votou contra a criação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a quebra do monopólio estatal e o modelo de concessão para exploração de petróleo e a reforma administrativa, que cortou benefícios de servidores públicos.
De licença médica, não registrou voto na reforma da previdência de 1997. Em 2000 votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, que fixou normas e limites de gastos para a gestão pública. Apoiou apenas projetos na área social em bandeiras compartilhadas por seu partido, como a criação do Fundef com o estabelecimento de financiamento fixo para a educação e a definição de gastos na área de saúde, a chamada emenda 29.
Desde que assumiu a candidatura presidencial neste ano, Marina menciona sua postura quando senadora como modelo de que é possível manter governabilidade sem ter ampla base parlamentar. E cita exatamente a CPMF como principal argumento.
- Quando o presidente Fernando Henrique Cardoso mandou a CPMF para ser votada, o meu partido era contra, mas eu e o Suplicy votamos favorável – disse Marina.
A CPMF foi sucessora do IPMF, criado ainda no governo Itamar Franco, com o objetivo de aumentar investimentos na área de saúde. O ministro Adib Jatene fez campanha no Congresso para conseguir o recurso extra. Em 1995, o tema chegou ao Senado por meio de uma proposta de emenda constitucional (PEC). Marina Silva registrou voto contrário nas duas votações em plenário, em outubro e novembro daquele ano. Quatro anos mais tarde, o tema voltou ao debate no Senado e a candidata votou outras duas vezes contra a cobrança: em 6 de janeiro e em 19 de janeiro.
Em 4 de junho de 2002 a continuidade do tributo foi novamente debatida. Naquele momento o petista Luiz Inácio Lula da Silva liderava as pesquisas de intenção de voto e foi feito um acordo para prorrogar a cobrança. O líder do PT, Eduardo Suplicy, encaminhou favorável à votação.
- Encaminho a votação, pelas bancadas do bloco de oposição e do Partido dos Trabalhadores, favoravelmente à emenda relativa à CPMF, com o entendimento primeiro de que se trata, no caso, de uma necessidade orçamentária para o período de 2002 a 2004 – disse Suplicy em plenário.
A prorrogação teve o apoio de vários integrantes do PT e do então candidato a vice de Lula, José Alencar, crítico do sistema tributário do país.
- Estou aqui para trazer um protesto contra a CPMF, ainda que eu vá votar a favor dela. E assim o farei apenas por que o Brasil não pode prescindir dessa arrecadação, que representa mais de R$20 bilhões – afirmou Alencar na votação.
Presente no plenário, Marina não registrou seu voto. Minutos antes tinha discursado sobre um projeto que liberava a concessão de um empréstimo ao Acre e votou em outra proposta. Sobre a CPMF, não se manifestou. No caso de propostas de emenda constitucional, não votar tem o mesmo peso de ser contrário, uma vez que é preciso ter 49 votos sim para a aprovação. Oito dias depois dessa votação, a matéria foi votada em segundo turno e mais uma vez Marina não registrou voto. Questionada, a assessoria da candidata não se pronunciou sobre a contradição nem apontou qual seria o voto favorável a que ela se refere.

Veja como foram as votações relativas à CPMF em 1995, 1999 e 2002:

PEC 40 de 1995 – primeiro turno (votação em 18/10/1995)

PEC 40 de 1995 – segundo turno (votação em 08/11/1995)

PEC 34 de 1998 – primeiro turno (votação em 06/01/1999)

PEC 34 de 1998 – segundo turno (votação em 19/01/1999)

PEC 18 de 2002 – primeiro turno (votação em 04/06/2002)

PEC 18 de 2002 – segundo turno (votação em 12/06/2002)




"Essa história de caixa dois não existe no Brasil", diz o presidente do TSE
Dias Toffoli argumenta que no Brasil "o caixa 1 contempla tudo, porque você não tem limite de gastos"

O homem que comanda a disputa nas urnas de 2014 é categórico ao negar a existência de caixa 2 nas campanhas políticas no Brasil. Para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro José Antonio Dias Toffoli, trata-se de um "não assunto". Sem limitação estabelecida de gastos para as campanhas, a contabilidade oficial de candidatos e partidos comporta todas as despesas, afirma o ministro.
Aos 46 anos, Toffoli conhece as entranhas da política. Natural de Marília (SP), formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), foi assessor jurídico da liderança do PT na Câmara, advogado do partido em campanhas presidenciais, subordinado de José Dirceu na Casa Civil e Advogado-Geral da União (AGU) no governo Lula.
A relação com a sigla e o ex-presidente valeu a indicação feita por Lula para o Supremo Tribunal Federal (STF). Toffoli tomou posse em 2009, aos 41 anos. Ignorou a pressão para se declarar impedido e julgou o processo do mensalão, no qual o ex-chefe José Dirceu era réu. Em maio passado, ao assumir o TSE, garantiu desprendimento do passado:
– É página virada.


O Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre o financiamento de campanha público ou privado?
Quando provocado, é. Todos que foram eleitos receberam dinheiro de empresas na campanha. O julgamento das doações de empresas já foi um início maduro de discussão. Na França, o limite de doação de pessoa física é de 4,6 mil euros (cerca de R$ 14,2 mil), nos EUA, de US$ 2,6 mil (R$ 6,2 mil). No Brasil, o cidadão pode doar até 10% da sua renda conforme o imposto de renda. Aqui, você não tem uma igualdade como há em outros países. Uma pessoa que teve uma renda de R$ 100 milhões, e existem no Brasil pessoas com essa renda, pode doar R$ 10 milhões. Já quem recebe um salário mínimo (R$ 724) doa pouco.

O senhor é a favor do financiamento público?
Exclusivo, não. O cidadão tem o direito de contribuir para sua campanha como contribui para sua igreja, seu clube. Agora, tem de haver limite para ter igualdade, para que os que têm muito dinheiro não extrapolem sua influência nas eleições. Limite de doação e limite de gastos são importantes.

O limite de gastos é um tema que não anda no Congresso.
Nos EUA, uma candidatura à Presidência teria direito a receber de financiamento público, mais ou menos, cerca de US$ 95 milhões (em torno de R$ 228 milhões). Ainda é menos do que as principais candidaturas declaram no Brasil. Na França, o limite do primeiro turno é de 15 milhões de euros (R$ 46 milhões) e, no segundo turno, de 20 milhões de euros (R$ 61,4 milhões).

E o caixa 2, ministro? A fiscalização e a Justiça Eleitoral conseguem barrar essa prática nas campanhas?
Temos condições de coibir o caixa 2, o problema é que no Brasil o caixa 1 contempla tudo, porque você não tem limite de gastos. No Brasil, você não precisa de caixa 2. O partido chega e fala que vai gastar R$ 400 milhões na campanha para presidente da República. Alguém precisa de caixa 2 no Brasil?

Então, por que os partidos e candidatos fazem caixa 2?
Na campanha para presidente da República, acho que não fazem. Falo com sinceridade, não fazem. Caixa 2 só se justifica quando há limite de gastos, e aí você quer escamotear o limite. Essa história de caixa 2 não existe no Brasil.

Mas e o recurso não declarado, que aparece em investigações e escândalos?
Alguém consegue gastar mais de R$ 400 milhões em uma campanha presidencial? O caixa 1 contempla tudo no Brasil. Nós temos de parar de agir com essas metáforas e mitos, e enfrentar a realidade. Nas campanhas, não há que se falar em caixa 2, porque no Brasil não há limite de gastos. Se tivesse, poderia se falar em caixa 2. A gente fica discutindo um não assunto.

Mas não é o caixa 2 que financia a corrupção?
É outra coisa. Se você tem a possibilidade de pessoa jurídica financiar campanha, você pode dizer que se cria um compromisso entre o financiador e o financiado. Nos EUA, em 1907, isso foi proibido. Em 1947, com o surgimento do sindicalismo, então se introduziu a proibição dos sindicatos contribuírem para as campanhas. Esse debate não é exclusivo do Brasil.

As empresas deveriam doar para as campanhas?
Uma coisa é falar de caixa 2, que acho que não tem nas disputas eleitorais, pois é o próprio candidato que define o seu limite de gastos. As doações são outra discussão. Pessoa jurídica vota? Se pessoa jurídica não vota, por que ela contribui? A questão não é falar em financiamento de candidatura ou de partido. Quem financia a democracia? No Brasil, é o grande capital. Isso é bom para democracia brasileira? Não. No mundo ocidental, tem se mostrado uma corrupção da vontade popular.


Após mais de 7 horas, sequestrador se entrega e liberta refém em hotel 
no Distrito Federal
Sequestro começou antes das 9 horas da manhã.

Imagem mostra o sequestrador e o refém

O sequestrador que invadiu o hotel Saint Peter no centro de Brasília e manteve um funcionário como refém no 13º andar do prédio por mais de sete horas nesta segunda-feira (29.set.2014) se entregou por volta das 16h, segundo a polícia. Ele foi levado à 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte.
O refém deixou o hotel em um carro de polícia e passou despercebido por hóspedes e curiosos que acompanhavam o caso na rua em frente. Segundo a corporação, o funcionário foi direto para casa acompanhado da esposa. Ele estava calmo e não precisou de atendimento médico.
De acordo com a polícia, a arma e os cilindros amarrados à cintura do refém não continham material explosivo.
Segundo o comandante do Esquadrão de Bombas da Polícia Militar do Distrito Federal, capitão Lúcio Flávio Teixeira Júnior, o material era composto por canos de PVC recheados com massa epoxi, serragem e terra.

Policial manuseia supostos explosivos de autor de sequestro em hotel do DF

"Medida desenfreada"
O advogado do autor do sequestro, Carlos André Nascimento, chegou à delegacia por volta das 18h30. Segundo ele, o cliente classificou o ato como uma "medida desenfreada" para "chamar a atenção da imprensa".
Nascimento disse que o sequestrador tem problemas psicológicos e que, segundo a família, tentou suicídio há poucos dias. O advogado acompanha o caso desde as 12h desta segunda-feira (29.set.2014), acionado por familiares do autor.
Ainda segundo Nascimento, o preso será transferido para o Departamento de Polícia Especializada (DPE) porque a polícia teme nova tentativa de suicídio. Até as 18h40, a polícia não tinha se pronunciado sobre a transferência.
Um helicóptero da Polícia Civil sobrevoava o hotel no momento em que as negociações terminaram. Segundo o delegado Paulo Henrique Almeida, da Divisão de Comunicação da Polícia Civil, o homem solicitou uma bandeira do Brasil para usar sobre os ombros no momento da rendição, mas se entregou com medo de ser alvejado pelos policiais. "Ele percebeu que a única saída era a rendição. Graças a Deus a vítima está bem", diz Almeida
O homem pode responder por cárcere privado, cuja pena é de um a três anos de reclusão. Dependendo do resultado da perícia, ele pode ser indiciado por outros crimes.
Minutos antes de se entregar, o homem apareceu na sacada do prédio com um dos punhos unido por algemas ao braço do refém. O funcionário já aparecia sem o colete com a suposta carga de dinamite, que havia sido amarrado ainda no início da manhã. A esposa do refém e uma madrinha do sequestrador acompanhavam as negociações no espaço em frente à entrada do hotel.
Atiradores de elite da Polícia Civil foram posicionados em áreas estratégicas no início da tarde e aguardavam autorização para atirar. Na ocasião, a polícia ainda não sabia se os explosivos eram verdadeiros. O volume de dinamite teria capacidade para danificar a estrutura do hotel, segundo a polícia.
O autor do sequestro tinha expressado exigências políticas – renúncia de Dilma Rousseff, extradição de Cesare Battisti e o que chamou de "aplicação efetiva da Lei da Ficha Limpa", sob ameaça de detonar os explosivos. O delegado Almeida manteve sigilo sobre o prazo dado pelo sequestrador, mas informou que seria inferior a seis horas.
Na casa do suspeito, em Combinado, no Tocantins, a polícia encontrou três cartas de despedida escritas pelo sequestrador. De acordo com o delegado Paulo Henrique Almeida, nos textos ele pedia desculpa à mãe e aos tios, se dizia "desesperado" com o atual "cenário político" e falava que "essa tempestade vai passar".
As cartas teriam sido escritas no dia 26. O homem foi para Brasília no próprio carro, e o automóvel foi apreendido para perícia.



Assista à íntegra do debate entre os candidatos à Presidência na Rede Record

Na noite de domingo (28.set.2014), os candidatos à Presidência, Dilma Rousseff, Marina Silva, Aécio Neves, Eduardo Jorge, Luciana Genro, Pastor Everaldo e Levy Fidelix apresentaram propostas e debateram ideias na tela da Record.
O debate foi marcado por polêmicas como corrupção na Petrobras, programas sociais, aborto, drogas e gays. Candidatos mostraram divergências e opiniões radicais em vários temas.
Um dos principais focos dos ataques, o escândalo da Petrobras foi usado em diversos momentos contra a presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff.


sábado, 27 de setembro de 2014


Tarso reage e empata com Ana Amélia no Rio Grande do Sul, mostra Datafolha

A pouco mais de uma semana do primeiro turno da disputa ao governo do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) conseguiu empatar a disputa com Ana Amélia Lemos (PP), que havia liderado durante toda a campanha.
Segundo pesquisa Datafolha feita em parceria com o grupo RBS, o governador e a senadora tem 31% das intenções de voto.
Em relação à pesquisa anterior, da semana passada, Ana Amélia perdeu seis pontos (tinha 37%) e Tarso ganhou quatro (tinha 27%).
O peemedebista José Ivo Sartori permanece em terceiro lugar, com 17% – subiu quatro pontos desde a semana anterior. Vieira da Cunha (PDT) está em quarto, com 2% (tinha 3%).
Brancos e nulos somam 4%. Não sabem ou não opinaram 14%. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Quando se leva em conta os votos válidos, que exclui brancos e nulos e é o critério de divulgação de resultados pela Justiça Eleitoral, Ana Amélia e Tarso estão com 38%. Na semana passada, a candidata do PP tinha 46%, contra 33% do petista.
Para a eleição terminar no primeiro turno, o candidato precisa de 50%, mais um voto.


SEGUNDO TURNO
No levantamento, o Datafolha também fez uma simulação de segundo turno entre a senadora e o governador, que agora estão em empate técnico: 44% para Ana Amélia e 40% para Tarso.
A rejeição a Tarso, a maior entre os candidatos, ficou estável (24%). Já a de Ana Amélia avançou de 13% para 17%.
Na semana anterior, a ex-radialista e comentarista do grupo RBS vencia o petista nessa simulação por 48% a 34%.
O instituto ouviu 1.374 eleitores em 53 municípios do Estado, entre quinta (25) e sexta-feira (26).


ESTABILIDADE
Ana Amélia e Tarso não haviam oscilado muito na preferência do eleitorado desde a primeira pesquisa, feita antes do início do horário eleitoral, em meados de agosto.
A candidata vinha mantendo uma vantagem de oito a dez pontos percentuais para Tarso.
Desde então, a maior novidade da campanha foi o crescimento do peemedebista Sartori, que se apresenta como terceira via e vem tentando vincular sua campanha à presidenciável Marina Silva (PSB).
Tarso se licenciou do governo na semana passada para poder se dedicar mais à campanha. Na TV e no rádio, os ataques a Ana Amélia se intensificaram.


SENADO
Na disputa pela vaga no Senado, Lasier Martins (PDT) e Olívio Dutra (PT) continuam em empate técnico, mas o petista assumiu a dianteira numérica.
O ex-governador tem 31% das intenções de voto, contra 29% do ex-apresentador do grupo RBS. Pedro Simon (PMDB), que assumiu o lugar de Beto Albuquerque (PSB), que deixou a disputa para ser o vice de Marina na eleição presidencial, marcou 13%.
Olívio cresceu cinco pontos em relação à pesquisa da semana passada (tinha 26%) e Lasier oscilou um ponto para cima (tinha 28%). Simon oscilou um ponto para baixo.
Brancos e nulos somam 5%, e indecisos, 17%.

O levantamento, encomendado pelo Grupo RBS, foi realizada nos dias 25 e 26 de setembro. O Datafolha entrevistou 1.374 eleitores em 53 municípios do Rio Grande do Sul. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral com o número RS-00021/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-00782/2014.



Pesquisa Datafolha - Corrida Presidencial - 26 de setembro de 2014


Dilma dobra vantagem e está à frente de Marina no 2º turno, diz Datafolha

A presidente Dilma Rousseff (PT) dobrou sua vantagem na pesquisa Datafolha de primeiro turno da eleição presidencial e, pela primeira vez na série do instituto, aparece quatro pontos a frente de Marina Silva (PSB) na simulação de segundo turno.
Se a eleição fosse hoje, a petista terminaria a primeira etapa da disputa com 40% dos votos totais, agora 13 pontos a frente de Marina, que alcança 27%. Na pesquisa da semana passada, a dianteira de Dilma era de 7 pontos.
Em relação ao levantamento anterior, Dilma avançou três pontos percentuais (de 37% para 40%), Marina variou três para baixo (30% para 27%), e o senador tucano Aécio Neves oscilou um para cima (17% para 18%).


A tendência de crescimento das intenções de voto em Dilma fica mais evidente olhando para a série mais longa do instituto. No fim de agosto, ela tinha 34%. Foi oscilando para cima seguidamente até atingir os atuais 40%.
No teste de segundo turno mais provável, o Datafolha mostra Dilma com 47% contra 43% de Marina.
É um empate técnico no limite máximo da margem de erro da pesquisa, de dois pontos para mais ou para menos. Mas é também a primeira vez que Dilma surge numericamente a frente da pessebista nesse tipo de simulação. Na semana passada, o placar era 46% a 44% para Marina. No fim de agosto, a ex-ministra do Meio Ambiente tinha dez pontos de vantagem sobre Dilma (50% a 40%).


O Datafolha ouviu 11.474 eleitores em 402 municípios nos dias 25 e 26 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00782/2014.


Paulo Roberto Costa deve ser solto até segunda-feira e usará tornozeleira eletrônica

Paulo Roberto Costa
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa deve ser solto até segunda-feira (29.set.2014) e usará tornozeleira eletrônica em prisão domiciliar no Rio de Janeiro.
Antes de ser preso na Operação Lava Jato, em março, o ex-diretor morava no Rio de Janeiro com sua família. Ele está preso na superintendência do Paraná. A tornozeleira eletrônica foi cedida à Polícia Federal pelo governo do Paraná. Agentes da Polícia Federal farão a segurança da residência do ex-diretor.
A soltura deve ocorrer ao longo do final de semana para evitar que ele seja transportado em avião de carreira. A operação eleitoral da PF já começou, e as aeronaves do órgão ficam comprometidos com a movimentação de policiais entre os Estados.
A liberação de Paulo Roberto ocorre após o ex-diretor fechar um acordo de delação premiada com a Justiça Federal do Paraná. Ele decidiu contar o que sabe para deixar a prisão.
O ex-diretor da Petrobras foi preso pela segunda vez no dia 11 de junho, após as autoridades da Suíça informarem a Justiça brasileira que ele tinha contas com US$ 23 milhões naquele país. Ele havia sido preso inicialmente em 20 de março sob acusação de ocultar provas, mas foi liberado 59 dias depois por decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.
No dia 29 de agosto, Paulo Roberto fez acordo com o Ministério Público Federal e a Polícia Federal para fazer delação premiada após saber que a PF poderia prender suas filhas. A Justiça havia autorizado operações de busca e apreensão em 13 empresas no Rio de Janeiro que pertencem a uma filha, um genro e um amigo de Costa.

A DELAÇÃO
Costa decidiu no fim de agosto revelar detalhes sobre subornos na Petrobras em troca de uma pena menor. Ele citou, segundo a revista "Veja", os nomes de 12 parlamentares que recebiam propina do esquema, entre os quais o do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-SP), e do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Todos negam com veemência que tivessem recebido recursos do doleiro.
Na sexta-feira 19.set.2014, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse que pediria ao STF o acesso a dados da delação pois não confia na informação, vinda da imprensa, de que ao menos um ministro de Estado foi citado na lista de políticos envolvidos com esquema de corrupção na estatal.
A declaração ocorreu no mesmo dia em que Paulo Roberto ficou calado diante de parlamentares que integram a CPI.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014


O medo da degradação econômica ... tchau, Brasil !
Os milionários brasileiros estão investindo cada vez mais fora do país. Há boas oportunidades de ganhar dinheiro no exterior, mas o que essa turma quer mesmo é se proteger

Vista de Miami: alguns bancos já têm assessoria imobiliária
no exterior para clientes brasileiros

Pouco depois do estouro da crise financeira mundial em 2008, os brasileiros despontaram como compradores de imóveis nos Estados Unidos, especialmente na Flórida. Com a queda dos preços provocada pela recessão, casas e apartamentos de luxo em cidades como Miami e Nova York chegaram a ficar mais baratos do que os vendidos em bairros de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Nos últimos meses, porém, ficou claro que os brasileiros ricos não querem só passar férias com a família no exterior. Eles estão investindo uma parcela maior de seu patrimônio fora do país, em ações, títulos de renda fixa e, claro, imóveis, majoritariamente nos Estados Unidos e na Europa.
Os números desse movimento ainda não foram divulgados pelo Banco Central, que só reporta anualmente o total de recursos enviados por investidores para fora do país.
Mas dez executivos de alguns dos principais bancos e assessorias financeiras do Brasil disseram que o percentual do patrimônio que seus clientes aplicam no exterior é o maior dos últimos dez anos. Os ricos, em suma, estão dando um “bye-bye, Brasil” coletivo.
Na GPS, maior assessoria financeira do país, com 17 bilhões de reais sob gestão, a parcela do patrimônio dos clientes de altíssima renda alocada fora do país dobrou nos últimos 12 meses, para 30%. No Santander, o aumento foi de 110% desde dezembro, e hoje a fatia está em cerca de 30% do volume total.
Os demais bancos consultados — Bradesco, HSBC, UBS e outros que não quiseram ter o nome divulgado — disseram que o percentual oscila entre 20% e 30% e que as remessas para o exterior começaram a ganhar força no fim de 2013. A estimativa é que, no primeiro semestre deste ano, cerca de 4 bilhões de dólares tenham saído daqui (em 2013, o total foi inferior a 6 bilhões de dólares).
A imensa maioria desses investidores aplica, no mínimo, 1,5 milhão de dólares no mercado externo: enviar um volume abaixo desse não compensa em razão das taxas bancárias e dos custos de movimentação.
Mas vale a pena investir fora do país agora? Os ricaços brasileiros estão agindo por ganância ou por medo? “Quem manda dinheiro para fora está mais preocupado em proteger seu patrimônio do que ter retornos elevados”, diz o diretor de um banco nacional que pediu para não se identificar.
A principal preocupação dos investidores, segundo os profissionais ouvidos, é a perspectiva de uma nova desvalorização do real — aplicando no exterior, eles conseguem proteger seus recursos desse risco. “Isso costuma acontecer quando há um cenário de incerteza.
Hoje, as dúvidas são provocadas pela eleição presidencial”, diz Paulo Corchaki, diretor de investimentos do banco UBS. A maioria dos economistas acredita que, qualquer que seja o resultado das eleições, o câmbio deverá desvalorizar até o fim de 2015, devido ao aumento do déficit externo.
A projeção média é que o dólar feche o próximo ano em 2,50 reais, o que representa queda de 10% em relação à cotação atual. Mas vai saber como o câmbio vai reagir ao novo governo — e, na dúvida, a turma está comprando lá fora.
Uma parcela dos investidores diz estar mandando recursos para o exterior por temer que as condições econômicas piorem no Brasil. Na conta deles, está o risco de reajustes de tarifas e preços como o dos combustíveis, que estão defasados cerca de 11% em relação aos preços internacionais do petróleo pagos pela Petrobras na importação.
Há ainda os alarmistas, que temem que o novo governo eleve impostos sobre investimentos ou limite remessas para o exterior. Os executivos de mercado disseram que não viam essa “apreensão” entre os investidores desde a primeira eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002.
Na época, o movimento foi muito mais intenso: os investidores mandaram cerca de 9 bilhões de dólares para fora do país, o dólar bateu os 4 reais e o Ibovespa caiu 17% em 12 meses (neste ano, o índice está subindo 16%).
Mas vale olhar também o que está acontecendo lá fora. Além do medo do que pode se passar por aqui, o interesse dos investidores em aplicar no exterior se deve ao bom desempenho de vários mercados. A bolsa de Nova York subiu 79% em cinco anos, e a do Japão, 48%, enquanto o Ibovespa valorizou só 3,5%.
Desde dezembro de 2009, o preço de imóveis nas 20 maiores cidades dos Estados Unidos aumentou quase 20%. Os juros pagos pelos governos de países europeus, como Espanha, França e Itália, caíram drasticamente desde a crise de dois anos atrás — quem apostou na queda ganhou muito dinheiro.
Na tentativa de abocanhar parte desses ganhos, dezenas de fundos multimercados brasileiros passaram a comprar ações e títulos no exterior, mantendo os recursos dos cotistas no país (só em 2013, o patrimônio desses fundos aumentou cinco vezes, para 3 bilhões de reais, segundo a consultoria Risk Office).
Está tudo muito bem até agora, mas o risco parece alto olhando à frente. A dúvida é se essa alta de preços em muitos desses mercados é sustentável ou se tem sido inflada pelos juros baixíssimos praticados nos países desenvolvidos.

É bolha?
Cada vez mais analistas estão apostando na segunda opção: o BIS, o banco central dos bancos centrais, vem alertando em artigos — o último deles publicado em junho — para a formação de bolhas financeiras em diversos países.
Os bancos e as assessorias consultados recomendam que seus clientes endinheirados apliquem no exterior uma pequena parcela do patrimônio, entre 10% e 15% do total. O objetivo, dizem, é diversificar riscos. Atualmente, a principal indicação é aplicar em fundos de ações que invistam nas bolsas dos Estados Unidos e da Europa, que podem ganhar com a esperada retomada da economia.
Os especialistas também recomendam imóveis, principalmente os comerciais, que podem ser alugados e dar um rendimento mensal. O banco Santander montou uma área para assessorar seus clientes nisso, e o Credit Suisse, o HSBC e o Itaú estão vendendo fundos imobiliários nos Estados Unidos e na Europa.
Para quem prefere a renda fixa, o conselho é investir nos países desenvolvidos, porque o risco é menor, mas procurar opções que rendam mais do que os títulos públicos, com suas taxas próximas de zero. As alternativas são papéis de empresas sem grau de investimento e fundos que apostam na alta dos juros nos Estados Unidos e estão ganhando dinheiro.
O rendimento não é nenhuma maravilha — tem ficado em torno de 5% ao ano —, mas pode fazer sentido para quem está querendo dar um tempo no risco Brasil.