sexta-feira, 17 de outubro de 2014


Pesquisa da CNT mostra que as rodovias concedidas à iniciativa privada são melhores que as administradas pelo poder público

Melhor rodovia do Brasil: SP-310, que liga São Paulo a Limeira

As rodovias concedidas à iniciativa privada apresentaram avaliação bem superior às que são administradas pelo poder público, segundo a edição de 2014 da pesquisa rodoviária da Confederação Nacional de Transportes (CNT), divulgada na quinta-feira (16.out.2014).
Segundo o estudo, 74,1% da malha concedida pesquisada teve avaliação ótima ou boa de suas condições gerais, enquanto as rodovias sob administração pública tiveram 29,3% de avaliação positiva.
A pesquisa da CNT avaliou um total de 98.475 quilômetros de rodovias, dos quais 18.980 quilômetros (19,3%) estão concedidos.
No que se refere especificamente ao pavimento, 79,5% da malha sob gestão privada apresenta condição ótima ou boa. No caso das rodovias administradas por governos (federal ou estaduais), a avaliação positiva do pavimento atinge 43,1% da  malha pesquisada.
A CNT fez ainda um ranking das dez melhores ligações rodoviárias do país. Todas as 10 melhores pistas são concedidas. Em primeiro lugar ficou a ligação entre São Paulo e Limeira, que envolve trechos de três rodovias, SP-310, BR-364 e SP-348. Já os dez piores trechos são todos de administração pública. A pior interligação foi a de Natividade (TO) a Barreiras (BA), que envolve trechos das rodovias BA-460, BR-242, TO-040 e TO-280. Veja a lista abaixo.

As piores estradas do País
Investimento do governo cai e problemas em rodovias crescem em 2014
O estudo divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) aponta um crescimento do número de problemas verificados na malha rodoviária nacional. De acordo com o levantamento, foram identificados 289 pontos críticos nas estradas em 2014, o que representa um aumento de 15,6% em relação ao ano passado.
No mesmo intervalo, os investimentos federais na malha registraram recuo. A CNT aponta que foram destinados R$ 11,93 bilhões às rodovias neste ano, cifra ligeiramente inferior à registrada em 2013, de R$ 11,98 bilhões. Segundo o jornal Valor, uma queda maior é observada quando é considerado o valor efetivamente pago: R$ 8,36 bilhões em 2013 contra R$ 6,54 bilhões neste ano.
"O governo tem severas deficiências gerenciais e administrativas, o que explica a dificuldade em gastar os valores destinados", avalia o diretor-executivo de rodovias da CNT, Bruno Batista. Para ele, o país precisa de R$ 300 bilhões para que a malha rodoviária brasileira passe a ter boas condições operacionais e de segurança.

Pior estrada do Brasil: TO-040, que liga Natividade (TO) a Barreiras (BA)

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