quinta-feira, 16 de outubro de 2014


Ministro do Supremo proíbe Jefferson de dar entrevista durante expediente
Delator do esquema do mensalão cumpre pena no semiaberto e começou a trabalhar em escritório

Roberto  Jefferson  (PTB-SP)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, relator da execução penal do processo do mensalão, proibiu o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-SP) de dar entrevistas durante o expediente, enquanto cumpre a pena de prisão no regime semiaberto. A decisão foi assinada na terça-feira (14.out.2014). O delator do esquema de corrupção foi condenado pelo STF a 7 anos e 14 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Na terça-feira (14.out.2014), ao sair para o primeiro dia de trabalho fora da cadeia, em um escritório de advocacia no Rio de Janeiro, Jefferson deu uma entrevista. A caminho do escritório, ele afirmou a reportagem que o esquema de pagamento de propina na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, é o “epílogo” do mensalão.
Segundo disse, os dois escândalos de corrupção tiveram o mesmo objetivo: "financiar o projeto do PT de se perpetuar no poder”. Na decisão de vetar novas entrevistas, Barroso advertiu que, se o condenado fizer “pronunciamentos públicos", poderá ter o benefício de trabalhar fora da cadeia revogado.
No regime semiaberto, o preso dorme na prisão e pode trabalhar fora durante o dia. "Oficie-se ao Juízo delegatário para que advirta o condenado quanto à impossibilidade de realização, nos horários destinados ao cumprimento das tarefas laborais, de atividades estranhas àquelas previamente informadas pelo empregador à Vara de Execuções Penais, notadamente pronunciamentos políticos públicos, sob pena de revogação do benefício", disse o ministro, na decisão.
Barroso também pediu ao juiz da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro, onde Jefferson cumpre a pena, cópia da decisão que concedeu ao ex-deputado direito ao trabalho externo e os termos de compromisso firmados pelo empregador e pelo condenado.

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