sábado, 18 de outubro de 2014


Falsário inventa vaga de vereador e consegue tomar posse em cidade do Paraná
José Augusto Liberato (PDT) é preso pela Polícia Federal após investigação comprovar falsificação de documentos usados para parlamentar assumir cadeira na Câmara Municipal

Liberato fraudou informação que Câmara teria aumentado vagas
para vereadores na cidade de Itaperuçu

A Polícia Federal prendeu um falsário acusado de enganar a Justiça, o Ministério Público Eleitoral e o Legislativo local para tomar posse como vereador no município de Itaperuçu, região metropolitana de Curitiba. José Augusto Liberato (PDT) criou a vaga fictícia que ocupa desde fevereiro na Câmara Municipal.
O pedetista apresentou à Justiça cópia da edição de um jornal local que traria uma decisão da Câmara de aumentar o número de cadeiras de 9 para 11 vagas. A PF descobriu, contudo, que o jornal e o documento foram falsificados por Liberato. A Câmara nunca aprovou o aumento de cadeiras em mais duas vagas. Ninguém percebeu a fraude, o que permitiu que Liberato, que obteve apenas 391 votos nas eleições municipais de 2012 e era primeiro suplente, e mais um vereador fossem empossados em fevereiro do ano passado. O outro vereador que se beneficiou da fraude não participou do esquema.
A reportagem apurou que presidência da  Câmara denunciou o caso à PF após descobrir a fraude um ano e seis meses depois da posse de Liberato. Uma perícia nos documentos comprovou a fraude nos papeis e levou a PF a prender Liberato na tarde de quinta-feira, 16.out.2014, em sua casa. O vereador, no entanto, continua com mandato até que sua posse seja anulada. A Justiça deve decidir agora sobre a validade dos projetos aprovados pelo vereador.
Ao ser preso, Liberato afirmou aos policiais que não havia falsificado o documento que o levou a tomar posse na Câmara. A reportagem não conseguiu contato com o advogado do vereador. Na casa dele foram recolhidos diversos documentos para análise e, juntamente com o preso, foram trazidos para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para as medidas legais.

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