Custo de voto aumenta 84% para o governo do Rio Grande do Sul
Juntos, os candidatos ao governo do
Estado planejam gastar até R$ 44,9 milhões, montante 20% menor que os R$
56 milhões gastos em 2010
Nem sempre gastar mais representa vencer a eleição no Rio Grande do Sul |
O custo de cada voto obtido pelos eleitos ao governo do Rio Grande do
Sul nas últimas três eleições aumentou 84%, passou de R$ 1,59, em 2002,
para R$ 2,92, em 2010. Progressivamente o valor das campanhas aumentou
139% neste período, chegando a R$ 56 milhões no último pleito.
Entretanto, em 2014, os partidos parecem adotar uma postura mais
contida, a planejam gastar até R$ 44,9 milhões, cerca de 20% menos que
nas últimas eleições.
O cálculo do custo de cada voto é feito com base no valor gasto pela
campanha vencedora dividida pelo número de votos conseguidos. Em 2002,
Germano Rigotto (PMDB) se elegeu com 3.148.788 votos (52,6%) no segundo
turno em uma campanha que gastou R$ 5 milhões, o que representou um
gasto de R$ 1,59 por voto. Na eleição seguinte, o PMDB aumentou os
gastos para R$ 7 milhões, mas não conseguiu a reeleição.
Em 2006, Yeda Crusius (PSDB) venceu o pleito no segundo turno com
3.377.973 votos (53,9%) em uma campanha que gastou R$ 7 milhões, o que
elevou os gastos por voto para R$ 2,07, um aumento de 31%. Entretanto,
gastar mais nem sempre significa vencer as eleições, ainda mais no Rio
Grande do Sul, um Estado que historicamente não costuma reeleger seus
governantes.
Buscando a reeleição em 2010, a tucana Yeda elevou seus gastos em 62%,
chegando a R$ 23 milhões, o que empurrou os gastos dos candidatos para
R$ 56 milhões. Mas o investimento não suficiente para impedir a derrota
contra Tarso Genro (PT), ainda no primeiro turno, com 3.416.460 votos
(54,35%), em uma campanha orçada em R$ 10 milhões, que representou um
gasto de R$ 2,92 por voto.
Gastos eleitorais devem diminuir em 2014 no Rio Grande do Sul |
Campanha mais “barata”
Apesar da elevação contínua dos gastos eleitorais a corrida para o
governo estadual em 2014 deve ser 20% mais barata que em 2010, apesar do
PT ter aumentado seu orçamento para R$ 15 milhões, 50% maior que o de
quatro anos atrás. O PMDB gastará o mesmo que os petistas, mas
incremento do orçamento é mais tímido, passou de R$ 14 milhões para os
R$ 15 milhões atuais. A senadora Ana Amélia (PP) é a terceira que mais
deve investir na campanha prevendo despesas de até R$ 10,5 milhões.
Veja a previsão de gasto dos candidatos para 2014:
Candidato | Gastos previstos |
Tarso Genro (PT) | R$ 15.000.000,00 |
José Ivo Sartori (PMDB) | R$ 15.000.000,00 |
Ana Amélia Lemos (PP) | R$ 10.500.000,00 |
Edison Estivalete (PRTB) | R$ 2.000.000,00 |
Vieira da Cunha (PDT) | R$ 1.000.000,00 |
João Carlos Rodrigues (PMN) | R$ 1.000.000,00 |
Roberto Robaina (Psol) | R$ 400.000,00 |
Humberto Carvalho (PCB) | R$ 15.000,00 |
Total | R$ 44.915.000,00 |
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