quarta-feira, 6 de agosto de 2014


CASO CELSO DANIEL

O secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho,
e o ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Jr.

O delegado Romeu Tuma Jr. fez, em livro, revelações comprometedoras sobre o envolvimento do ministro Gilberto Carvalho. O ministro prometeu processá-lo há 241 dias e, até agora, nada! Do que é que “Gilbertinho” tem medo?
A promessa do ministro de processar o delegado, até agora, ficou por isso mesmo. Tuma diz que Gilberto admitiu a ele ter levado dinheiro ilícito, produto de corrupção, diretamente para as mãos do então chefe da Casa Civil, José Dirceu.

O hoje ministro Gilberto Carvalho, uma das estrelas do lulalato, teria admitido a seu então colega de governo Romeu Tuma Junior, secretário Nacional de Justiça, que, quando trabalhava com o prefeito petista de Santo André (SP), Celso Daniel — assassinado em janeiro de 2002 –, levava e entregava pessoalmente dinheiro ilegal proveniente de propinas de empresários ao futuro chefe da Casa Civil de Lula, José Dirceu, para fazer frente a despesas eleitorais do PT.

Romeu Tuma Junior conta o episódio eu seu livro best-seller Assassinato de Reputações — Um Crime de Estado (Topbooks; 557 páginas; 69,90 reais).

Pois bem, mal lançado o livro, o atual secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, anunciou que iria processar criminalmente o delegado, atualmente aposentado da Polícia Civil de São Paulo e sócio de um escritório de advocacia.

O anúncio foi feito pelo ministro no dia 9 de dezembro de 2013.

Já faz, portanto, 241 dias que anunciou o processo. E, até agora, nada.

O delegado Tuma Junior já declarou, publicamente — inclusive quando entrevistado no programa Roda Viva, da TV Cultura –, que se dispõe a fazer em juízo a “exceção da verdade” (ou seja, provar o que diz), ou submeter-se a uma acareação com quem quer que seja.

Por que será que ao ministro Gilberto Carvalho falta tanta pressa em defender sua honra?

O que, afinal, teme “Gilbertinho”?


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