Médico infectado pelo ebola chega aos EUA
Kent Brantly é o primeiro paciente com a
doença que pisa em território americano. Ele contraiu o vírus durante
trabalho voluntário na Libéria
Imagem mostra o médico americano Kent Brantly na Libéria. Ele contraiu o ebola enquanto realizava trabalho voluntário no país |
Um dos dois médicos americanos infectados pelo vírus ebola chegou a
Atlanta, nos Estados Unidos, onde deverá ser tratado em uma unidade de
isolamento sofisticada do Hospital Universitário Emory. Essa é a
primeira vez em que o país recebe um paciente com a doença.
Kent Brantly e a médica Nancy Writebol contraíram e ebola enquanto
trabalhavam como voluntários em um hospital na Libéria, um dos três
países da África Ocidental atingidos pelo maior surto da doença na
história. Nancy também deverá ser levada ao Hospital Universitário Emory
– a previsão é a de que ela chegue aos Estados Unidos nos próximos
dias.
Brantly viajou em um jato privado equipado com uma tenda portátil
especialmente projetada para pacientes com doenças altamente
infecciosas. A unidade de isolamento do Hospital Universitário Emory foi
aberta há doze anos para tratar de funcionários federais do setor de
saúde expostos às moléstias mais perigosas do mundo.
Em comunicado, o hospital afirmou que Brantly está isolado de outros
pacientes e será tratado com equipamentos e em infraestrutura únicos. A
instituição descartou que exista risco de contágio em massa com a
chegada dos pacientes infectados.
Surto — Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a atual
epidemia de ebola já causou mais de 1.300 infecções e 729 mortes desde
março no oeste africano. Não há cura para a doença, e a sua taxa de
mortalidade pode chegar a 90%.
A OMS considera baixo o risco de um turista contrair o ebola em países
endêmicos, já que a doença é contraída a partir do contato com fluidos
corporais (como sangue e urina) do doente, e não pelo ar, por exemplo.
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