Solidão de fim de ano congestiona serviço de prevenção ao suicídio

A procura por atendimento no CVV (Centro de Valorização da Vida) aumenta
20% durante as festas de fim de ano, de acordo com estimativas da
entidade. O objetivo da instituição é atender gratuitamente pessoas que
precisam de apoio emocional imediato. Nesta época, a maior queixa das
pessoas é a solidão de não ter com quem passar o Natal e o Ano-Novo,
segundo a voluntária Adriana Rizzo. Para ela, muitos sofrem ao ver que o
mundo inteiro está em festa enquanto eles não conseguem aproveitar. A
maior procura acontece durante a noite e aos finais de semana e o
atendimento não é interrompido na véspera de Natal ou no Réveillon. Em
muitos momentos, as linhas ficam congestionadas. Anualmente o CVV recebe
aproximadamente 1,2 milhões de ligações telefônicas, o principal canal
de atendimento. Dentre elas, pouco mais da metade são pedidos de ajuda.
Como o anonimato é preservado, não é possivel identificar qual a faixa
etária ou sexo predominante entre os que procuram o serviço. Desde 1962,
quando a entidade foi criada, o foco do atendimento mudou.
Inicialmente, o objetivo era a intervenção com pessoas que estavam
prestes a se matar. Atualmente, a filosofia do grupo é dar oportunidade
para que as pessoas precisando de ajuda possam desabafar e falar de seus
sofrimentos antes de pensarem em suicídio. Os atendimentos do CVV são
feitos 24 horas, a partir da central telefônica 141, por e-mail, Voip,
por correspondência ou pessoalmente em uma das 71 unidades espalhadas
pelo Brasil. O site também oferece um serviço de chat em que se pode
conversar com um voluntário reservadamente. Os atendentes são
voluntários que passam por uma seleção e por um treinamento de três
meses.
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