Desvios de R$ 1,1 bilhão

Além de derrubar cinco ministros este ano, as investigações de
desvio de recursos públicos em órgãos federais identificaram ao
menos 88 servidores públicos suspeitos de envolvimento em ações
escusas que acumulam dano potencial de R$ 1,1 bilhão. Esse valor
inclui recursos pagos e também dinheiro cuja liberação chegou a ser
barrada antes do pagamento. A recuperação do que saiu irregularmente
dos cofres públicos ainda dependerá de um longo e penoso processo,
até que parte desse dinheiro retorne ao Erário. Os desvios foram
constatados em investigações da Controladoria Geral da União e dos
cinco ministérios cujos titulares foram exonerados (Transportes,
Agricultura, Turismo, Esporte e Trabalho). Outros dois ministros (da
Casa Civil e da Defesa) caíram este ano, mas não por irregularidades
neste governo. Antonio Palocci (Casa Civil) saiu por suspeitas de
tráfico de influência antes de virar ministro, e Nelson Jobim
(Defesa), após fazer críticas ao governo. A contabilidade exclui
investigações ainda não encerradas pela Polícia Federal, que apura
se houve ou não pagamento de propina a servidores, apontados como
facilitadores dos esquemas de corrupção em Brasília e nos braços
estaduais dos órgãos federais. Somente nas últimas semanas, a
Polícia Federal desmontou três esquemas de corrupção intimamente
ligados às denúncias.
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