Premiê chinês promete fim do confisco barato de terras agrícolas
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Wen Jiabao
primeiro-ministro chinês |
A China deve dar a suas centenas de milhões de moradores rurais uma
parte maior de lucros obtidos com o confisco de terras agrícolas em nome
do crescimento econômico, disse o primeiro-ministro Wen Jiabao, uma
semana depois de um impasse que gerou uma tensão generalizada sobre a
questão das terras. Wen, que se lançou como o defensor dos agricultores,
também advertiu autoridades do governo a não obrigarem os aldeões a
abrir mão de seus direitos sobre a terra mesmo que eles estejam se
juntando à onda crescente de migrantes para as cidades em busca de
trabalho. O discurso do premiê chinês em uma conferência anual de
política rural destacou os problemas de terras para o Partido Comunista,
que luta para equilibrar a pressão da urbanização e da industrialização
contra os temores sobre a desigualdade rural e a agitação popular. Wen
disse que, depois de décadas de rápido crescimento garantido por terras
aráveis confiscadas com uma indenização baixa, era hora de a China
favorecer os agricultores. Wen Jiabao tem pouco mais de um ano antes de
se aposentar do cargo. Ele prometeu pressionar por novas regras no
próximo ano para combater os abusos e desigualdades nas requisições de
terras. Nos últimos dez dias até a última quarta-feira, moradores de
Wukan, na província de Guangdong, no sul do país, expulsaram autoridades
e protestaram contra o confisco de terras aráveis e contra a morte de
um organizador dos protestos. O fato chamou a atenção para os problemas
do campo ma China por conta dos confiscos de terras e indenizações. Os
protestos terminaram depois que as autoridades fizeram concessões sobre
as terras e sobre a morte do líder do vilarejo, Xue Jinbo, cuja família
suspeita que tenha sido provocada por espancamento durante sua custódia.
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