domingo, 18 de julho de 2010

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Revista da Turma da Mônica sobre Drogas

Criada em 1959, os quadrinhos da “Turma da Mônica” fazem sucesso até hoje entre crianças e adultos.
Os personagens têm produtos licenciados em mais de 40 países, entre eles Estados Unidos, Itália, Indonésia e Espanha.
Preservar uma infância que não existe mais é um dos segredos de Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali, Franjinha e tantos outros personagens.
Em vez de pega-pega, esconde-esconde, futebol, vôlei e outras atividades ao ar livre, as crianças vivem encarceradas em condomínios e shoppings. A turma da rua se foi. Certamente, alguns pais se defendem com o argumento da sociedade violenta, que convivemos em um ambiente agressivo, onde predomina a competição selvagem e o egoísmo.
A presença dos pais nas histórias da “Turma da Mônica”, seja com gestos de atenção e carinho, seja com punições e puxões de orelha quando necessários. Em nada lembra os pais contemporâneos, que negligenciam a educação de seus filhos para babás, escolas e dezenas de atividades extracurriculares.
Em uma época de crianças enclausuradas em condomínios e estressadas com rotinas estafantes graças a uma série de atividades extracurriculares, os personagens de Maurício de Sousa servem como válvula de escape para o angustiante cotidiano contemporâneo.
Há quem veja na “Turma da Mônica” um mau exemplo para as crianças. Critica a violência da Mônica, a gula de Magali, os erros de pronúncia de Cebolinha e a aversão ao banho de Cascão. Encontram nos personagens exemplos de bullying.
Além de diversão, “Turma da Mônica” oferece reflexão sobre o mundo em que vivemos.
A dura realidade das drogas está ocupando cada vez mais espaço. E agora faz parte até de histórias que deveriam ser apenas para divertir.
Agora, além de mostrar a importância da amizade, do respeito e de como é bom ser criança, Maurício de Souza, autor e pai de dezenas de personagem também está na luta contra as drogas.
E apesar de parecer quase natural o fato do perigo das drogas rondar escolas e crianças, ter que levá-las de fato para o imaginário é assinar o atestado de desespero por estarmos vivendo, dormindo, comendo e agora até lendo com o inimigo.
Bela iniciativa da editora do pai da "Turma da Mônica".
Mas que pena que precisamos chegar a esse ponto.


Na Sala de Aula

Um aluno do Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) Rubens Gomes, em Barros Filho, no subúrbio do Rio de Janeiro, foi atingido, dentro da sala de aula, por uma bala perdida durante uma troca de tiros entre criminosos e policiais militares.
O garoto Wesley Guilber Rodrigues de Andrade, 11 anos, aluno do 5º ano, assistia a uma aula de matemática quando levou um tiro no tórax e foi levado para o hospital pelos professores. Segundo os educadores, o socorro demorou e, por isso, eles resolveram levar o menino para o hospital estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, também no subúrbio, mas o garoto não resistiu ao ferimento e morreu antes de dar entrada na unidade.
De acordo com a PM, policiais do 9º BPM (Rocha Miranda) realizavam uma operação nas favelas da Quitanda e da Pedreira, em Costa Barros, no subúrbio do Rio. As comunidades ficam na mesma região do Ciep. A PM informou que a operação era para reprimir o tráfico de drogas e armas nas favelas de Costa Barros. Foram apreendidos uma carabina calibre ponto 30, uma submetralhadora, três pistolas, um revólver, oito motos supostamente roubadas e drogas (maconha, cocaína e crack).



Denúncia: Tráfico de drogas atua dentro das unidades de ensino no Rio de Janeiro

A diretora da Regional 2 (Madureira) do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação, Denise Guterres, afirmou que existem pelo menos 200 escolas situadas em áreas de conflito no Rio de Janeiro.
— Tenho feito denúncias à Secretaria de Segurança, mas não existe comunicação entre os setores de educação e segurança. Quando há uma operação policial, as escolas não são avisadas e não têm autonomia para suspender as aulas. A escola é pega de surpresa e tem que funcionar — protestou ela.
Denise denunciou que o tráfico de drogas atua dentro das unidades de ensino do Rio. Um dos colégios subjugados pelos traficantes seria o Ciep Rubens Gomes, onde Wesley foi baleado.
— Os traficantes não agem só no entorno das escolas, eles estão dentro dos colégios e podem ser vistos nas cantinas, pátios e salas de aula. Eles controlam o lado de dentro e os professores ou funcionários que oferecem resistência são ameaçados e nunca mais voltam — relatou ela.


Narcotráfico

Um relatório sigiloso produzido pela inteligência da Polícia Federal informa que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) agem no território brasileiro. De acordo com o documento, datado de 28 de abril de 2010, a guerrilha colombiana não só tem violado sistematicamente a fronteira Colômbia-Brasil como tem utilizado o território brasileiro para seus negócios, especialmente o narcotráfico.
A conclusão faz parte do relatório final da investigação que levou à prisão, no último dia 6 de maio, de José Samuel Sanchez, o "Tatareto", apontado pela PF como integrante da Comissão de Logística e Finanças da 1.ª Frente das Farc, um dos mais importantes destacamentos da guerrilha colombiana.
Tatareto - "gago", em espanhol - foi preso com mais sete pessoas. Ele é acusado de comandar uma importante rota do tráfico que usava rios da Amazônia para fazer chegar a Manaus carregamentos de cocaína produzida na selva colombiana pelas Farc. Da capital do Amazonas, a droga era distribuída para outros Estados brasileiros e para a Europa.
A PF afirma que a guerrilha, cada vez mais encurralada na Colômbia pelas operações militares do governo, chegou a estabelecer bases em plena Amazônia brasileira. Diante da responsabilidade pela arrecadação de recursos para as Farc, diz o relatório, Tatareto "transferiu sua base operacional para o território brasileiro, de onde poderia coordenar (as atividades) com mais tranquilidade, sem o perigo do confronto armado frequente com as forças oficiais da Colômbia".
Os investigadores mapearam as duas mãos do esquema: as Farc enviam coca da Colômbia para o Brasil e, no sentido inverso, os recursos obtidos com a venda da droga são remetidos para acampamentos da guerrilha na Colômbia, seja em dinheiro vivo, seja na forma de mantimentos e insumos para refino da coca.
A mesma investigação descobriu investimentos consideráveis do grupo de Tatareto no Brasil. Com o dinheiro amealhado com o comércio da coca, os colombianos compravam terrenos e barcos de pesca. Até empresas chegaram a ser abertas para "gerenciar" o patrimônio e acobertar as atividades ilegais.



Revista Veja
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