- O texto é baseado em artigo de Merval Pereira.
A quebra do sigilo da declaração de Imposto de Renda do vice-presidente de um grande partido de oposição, admitida pelo próprio secretário da Receita Federal em depoimento, não provoca nenhum estremecimento na máquina pública, que deveria existir para servir aos cidadãos, e não ao governo da ocasião.
Os dados de declarações de renda do dirigente oposicionista, que foi ministro de governo passado, foram parar em um dossiê montado pelo comitê de campanha do candidato oficial da situação.
Vários servidores da Receita acessaram os dados fiscais do líder oposicionista e por isso estão sob investigação da Corregedoria-Geral do órgão. Não deve ser difícil saber quais as razões que levaram esses funcionários da Receita, com crachá e permissão para acessar informações de contribuintes, a entrarem nessa determinada conta.
Como não é a primeira vez que um órgão federal quebra o sigilo de um "adversário" do governo, é preciso que a cidadania se escandalize com essa prática antidemocrática, que fere os direitos individuais.A quebra do sigilo do caseiro Francenildo Pereira por parte de pessoas do governo que queriam proteger o então ministro da Fazenda Antonio Palocci acabou condenando o então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Matoso, além de ter provocado a queda do próprio ministro.
Estavam à procura da prova de que o caseiro havia recebido dinheiro para fazer as denúncias contra o ministro, mas o dinheiro que recebera em sua conta devia-se a uma questão familiar.
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